A província canadense de Quebec divulgou, recentemente, seu plano de imigração para 2018 (veja os objetivos para 2017 clicando aqui). Novamente, a provisão é receber diversos imigrantes entre profissionais qualificados, empresários, familiares de residentes permanentes do território e também refugiados.
Como se sabe, as províncias canadenses possuem bastante autonomia na tomada de decisão dentro das suas fronteiras, com o governo federal somente servindo de guia e regulamentando leis nacionais. No que diz respeito a região francófona do país não é diferente. Eles se diferem das outras províncias em quase tudo, começando pela língua. Nos processos de imigração também, sendo exemplo disso que a aplicação e todo o procedimento é feito separadamente e tem suas próprias exigências.
Quebec já anunciou, no início deste ano, que entrou em um período de análise e transição em seu programa de imigração, que passará a funcionar de maneira parecida com o Express Entry, porém ainda não tem data prevista para entrar em vigor (confira aqui outras mudanças a respeito deste anúncio). Enquanto isso, os propósitos para o próximo ano já foram divulgados.
Novidades
O projeto de imigração para o próximo ano revelou dois números importantes: o de pessoas que serão convidadas a receber o Quebec Selection Certificate (CSQ) ou Certificado de Seleção do Quebec e a quantidade de aplicantes que receberão seus cartões de residentes permanentes pela província. O CSQ é um documento emitido pela região, dando direto do titular se estabelecer em seu território. Com o certificado em mãos, o candidato pode dar entrada no seu cartão de Permanent Resident (PR) por meio de um pedido ao órgão de imigração federal, que analisa o pedido baseado em exames médicos feitos com o aplicante e seus antecedentes criminais.
A parte francesa canadense pretende emitir até 29 mil CSQ por meio de seu programa de trabalhadores qualificados (Regular Skilled Worker Program) e contando também o processo intitulado Quebec Experience Program (PEQ). O primeiro se trata de um ranking de pontos, onde os candidatos acumulam um bom número com base na proficiência na língua francesa e inglesa, área de atuação, experiência de trabalho, e relacionamento com a província (viagens, visitas a familiares, estudo, passeio) e, por fim, as mesmas características se aplicam para o cônjuge.
Já o PEQ é um programa a parte, que tem como objetivo fazer com que os estudantes e trabalhadores temporários se estabeleçam definitivamente na província. Os candidatos a este processo de imigração precisam provar uma avançada proficiência em francês.
Números
Abaixo você pode ver as tabelas com os números indicados pelo governo da província para convite e admissão na localidade em 2018. É importante ressaltar que os números são estimativas e, além disso, as categorias podem atingir quantidades menores, dependendo sempre do número de aplicações dos candidatos e se suas qualificações são compatíveis com as exigidas pela província.
Além dos dois programas, Quebec oferece outras modalidades de imigração para empresários, investidores e profissionais autônomos (os interessados devem se atentar ao número limite de aplicações para estas categorias, pois costumam esgotar antes do período de 12 meses).
Abaixo o apanhado de dados revela a quantidade de pessoas que devem receber a residência permanente por meio da província. O governo local ressalta que este número inclui também pessoas que receberam o CSQ antes de 2018.
Para verificar se você é elegível a um dos programas de imigração da parte mais francesa do país, entre em contato com a Immi Canadá e agende uma avaliação de perfil. Você pode acessar www.immi-canada.com/consulta/ ou mandar um email para contact@immi-canada.com.br.
*Inclui caregivers (cuidadores) e imigrantes da categoria econômica.
**Inclui refugiados, tanto os novos como patrocinados por algum integrante da família.
***A categoria inclui imigrantes especiais selecionados por razões humanitárias ou de interesse público.
Fontes:
Fabíola Cottet
O número exato é de 8.495 pessoas. Esta quantia representa a quantidade de brasileiros que imigraram definitivamente para o Canadá nos últimos cinco anos, de 2011 a 2016. O montante se manteve se compararmos com os 8.085 imigrantes entre 2006 e 2010. Os dados foram divulgados na última quarta-feira, 25 de outubro de 2017, pelo governo canadense por meio do Statistics Canada e do Census Program.
A pesquisa feita traz dados interessantes sobre a imigração para o Canadá proveniente de todos os países. A média nacional de estrangeiros vivendo em terras canadenses é de 21,9%, porém a taxa mais alta ficou com a província de Ontário, com 29,1%.
No que diz respeito ao Brasil, o total de pessoas que mudaram para o True North desde 1981 foi de 29.315. Não podemos esquecer que o censo revela dados sobre a população que foi ou está em definitivo no país, eles não contam os estudantes, residentes temporários e visitantes. O nosso país quase se iguala com o Chile, com 26.705, a Ethiopia que, segundo o censo, teve 32.790 moradores mudando desde o mesmo ano, ou ainda a Irlanda, com 28.320 imigrantes morando no Canadá.
A Índia, juntamente com a China, ocupam as duas primeiras posições no ranking das regiões onde mais moradores imigraram, com 668.565 e 649.260, respectivamente. O brasil fica na 46ª colocação entre todos os países.
Idades dos imigrantes
No que diz respeito a idade da população brasileira que imigrou nos cinco anos recentes, podemos dizer que a imensa maioria delas têm entre 25 e 34 anos, como vemos na lista abaixo:
Para ver dados de todos os países de acordo com a idade, clique aqui.
Homens e mulheres
Outro dado interessante é a quantidade de homens e mulheres que vivem no Canadá como residentes permanentes, ou cidadãos, originários de outros países. Quando pensamos em Brasil, o censo canadense revelou que entre 2011 e 2016 o número de imigrantes do sexo masculino foi de exatamente quatro mil. O montante triplicou se compararmos com os cinco anos entre 2001 e 2005, quando foi de 1.405. Sendo que o total de residentes homens brasileiros é de 13.230.
As mulheres imigraram mais que os homens desde sempre. Os indicadores não mentem: 16.085 pessoas do sexo feminino vivem em solo canadense em situação legal de imigrante. No período do censo, 4.495 meninas e mulheres foram do Brasil para as terras do hemisfério Norte. Quase 500 a mais que os homens.
Províncias
Um dado curioso quando vemos o censo canadense por província e territórios é que a região que mais rápido cresceu no percentual de número de novos moradores vindos do exterior foi Prince Edward Island. Entre 2001 e 2005 a província recebeu 555 estrangeiros. Já no último período, foram 3.360 que fizeram da ilha sua morada, ou seja, um aumento de 505%. O país inteiro teve um crescimento de 30% nos mesmos anos.
A parte francesa do Canadá, Quebec possui cerca de 1,1 milhão de imigrantes dentro de suas fronteiras. Nos cinco anos recentes eles receberam 215.175 novos moradores, oriundos de todas as partes do mundo. Brasileiros somam 3.015 no mesmo intervalo de tempo (mais informações sobre a imigração para Quebec podem ser acessadas clicando aqui). Já Ontário, famosa por ser uma província bastante popular entre quem deseja morar no país, recebeu 472.170 pessoas entre 2011 e 2016. A surpresa é que os brasileiros foram para a localidade quase na mesma quantidade em que escolheram Quebec: 3.180.
Manitoba, província localizada no centro do Canadá geograficamente, ganhou 63.210 novos habitantes nos últimos cinco anos. Destes, apenas 100 são brasileiros e 440 é o total de pessoas nascidas no Brasil que vivem como residentes permanentes ou cidadãos na região. Saskatchewan tem em sua população 112.490 moradores de outros países do globo, sendo que 47.940 chegaram ao local entre 2011 e 2016. Os brasileiros vivendo por lá somam 185, dos quais 45 chegaram no período compreendido pelo estudo.
Falando a respeito de Alberta, ela tem em seu povo 845.215 pessoas de outras nacionalidades, 207.790 chegaram nos últimos cinco anos. O Brasil têm 2.545 dos seus morando no território e do número 860 desembarcaram na província na contagem do último censo. British Columbia, outro destino bastante famoso entre os imigrantes, recebeu 175.550 pessoas para agregar às suas terras entre 2011 e 2016, destes 1.145 são nascidos no Brasil, sendo que o total de pessoas nascidas no nosso país morando na localidade fica em 3.800.
O censo canadense, além dos dados que mostramos, revela diversos outros números e registros sobre a origem e nascimentos dos imigrantes, com planilhas mostrando o status dos imigrantes no país, por gênero e idade, o período em que os mesmos imigraram, província e territórios. Você pode acessar todos os dados clicando aqui.
Os números mostram que a quantidade de pessoas admitidas no país como residentes só vêm crescendo com o passar do tempo, pois praticamente todos os dados aumentaram consideravelmente quando comparamos as pesquisas entre 2006 e 2010 com os dados de 2011 até 2016. E a estimativa é que isso continue aumentando com o passar dos anos. Como já escrevemos em vários artigos, existem diversas maneiras diferentes de imigrar e a Immi Canadá oferece serviços de qualidade e confiança para todos os processos. Para mais informações acesse www.immi-canada.com ou mande um email para contact@immi-canada.com.
Fonte:
Fabíola Cottet
Depois de todo o esforço, pesquisa e processo para obter o visto, chega o momento mais esperado: arrumar as malas e partir para o território canadense. A partir deste ponto as preocupações ficam menores, correto? Errado. As mudanças, nesta etapa, estão apenas começando, digamos que elas apenas se transformam, ao invés da ansiedade da chegada da permissão, cartão de residência ou visto, temos que pensar em onde morar, no novo mundo, nos estudos e um monte de outros passos. Um dos primeiros é: quais são os documentos que devo carregar comigo para passar pela imigração?
Embora a papelada para obter o visto seja extensa, chegar no país também requer que o candidato carregue consigo algumas comprovações, para apresentar ao oficial caso o mesmo solicite. Ficar tranquilo é a dica mais importante e preciosa, e a atitude também deve ser um dos pontos do seu checklist quando passar pela imigração no aeroporto do Canadá.
Antes da lista, na hora de comprar as passagens aéreas, deve-se verificar sempre em qual ou quais países o voo fará escala. Se for nos Estados Unidos, a família e o aplicante principal precisarão do visto norte-americano, mesmo que seja para ficar poucas horas no país e nem sair do aeroporto. Para os outros locais da América Latina, Central, ou Europa, é indicado pesquisar as exigências do país para os brasileiros (veja quais são eles clicando aqui).
Mais um detalhe importantíssimo é checar o que o país permite ou não na bagagem. No item que se pode levar a mão, dentro do avião, as regras são as mesmas para todos os voos: nada de frascos com mais de 100 ml, armas, objetos pontiagudos e cortantes, material explosivo e substâncias tóxicas. Com relação às malas despachadas, existem várias exigências que mudam de acordo com o destino, no Canadá existem alguns produtos proibidos. Recentemente fizemos um texto informando tudo a respeito do assunto, acesse neste link www.immi-canada.com/mudando-canada-o-que-trazer-na-mala/.
O último conselho, antes de começarmos nossa lista, é não entregar tudo ao oficial de imigração, não falar demais, não travar e responder somente o que for perguntado, assim como as comprovações, entregue só o que o profissional solicitar. Na maioria dos casos, passar pela temida fronteira é bastante tranquilo, sem maiores complicações, então a ordem é se planejar, relaxar e aproveitar cada segundo da experiência. Vamos ao checklist com todos os documentos que são aconselháveis ter na bagagem de mão:
Passagem aérea de ida e volta
Este item é obrigatório para quem está com visto de turismo, curso de idiomas ou outro programa de estudos com duração inferior a 12 meses. Os oficiais canadenses podem pedir para ver a data de volta. Por mais que você ainda não tenha o dia e ele seja exato na sua reserva, se o candidato tiver permissão para ficar menos de um ano, é essencial pelo menos marcar a data do retorno e ter a reserva paga, com o comprovante impresso na pasta de documentos. Para quem tem permissão para mais de 12 meses, isso não será uma exigência do país.
Passaporte + visto
Sim, é batido mas vale sempre lembrar, pois na ansiedade da situação, podemos esquecer o passaporte em casa e perder um voo por isso. Lembre também de checar as permissões das escalas, se for o caso. Além disso, independentemente de quanto tempo for ficar no Canadá, é exigido que seu documento de viagem tenha uma validade mínima de seis meses da data inicial da viagem.
Carta de aceitação da instituição de ensino
A Letter of Acceptance (LOA), nada mais é do que a carta de aceitação do candidato na escola canadense. Caso seu visto seja de estudo, ou mesmo o turismo com imersão no inglês em um curso por menos de seis meses, a LOA deve estar com você na pasta. O oficial pode não pedir nenhuma das outras comprovações, mas esta ele vai pedir. Para ver mais informações sobre os primeiros dias no college, acesse este link: www.immi-canada.com/os-primeiros-dias-do-college-no-canada.
Provas financeiras
Independentemente do tipo de visto, lembre-se: você é estrangeiro em um país desconhecido, então leve com você extratos bancários, de aplicações, cartões de crédito e dinheiro em espécie (se atente aos limites estipulados). Caso o oficial peça, tenha ele em mãos para mostrar que tem reservas financeiras para passar o período que deseja no Canadá. Clique aqui e veja mais como funciona a comprovação de fundos.
Reserva de acomodação
Mesmo que o período de estadia seja a extensão de um curso de três anos, os profissionais da fronteira podem solicitar que você tenha alguns dias de acomodação para ficar. Neste caso tenha em mãos a reserva do Airbnb, hotel, hostel, albergue, contato da casa de família ou do amigo que vai hospedar. Este comprovante deve conter endereço e, se possível, o telefone do lugar.
Carta convite
A carta convite se aplica quando o estudante, trabalhador ou turista irá ficar na casa de alguém que ele conhece, um amigo, colega ou parente. Este deve escrever ao oficial da imigração, em uma folha que estará com o candidato a entrar, dizendo onde mora, colocando o número do documento, explicando o propósito da visita, afirmando que irá hospedar a pessoa em sua casa e quanto tempo irá ficar. Além, é claro, de assinar o convite.
Seguro viagem internacional ou saúde
Para quem irá ingressar em um college, na maioria das vezes este item náo é uma preocupação, pois a instituição costuma embutir o seguro saúde no valor do curso, e esta informação está descrita na carta de aceitação que eles fornecem. Mas para os outros membros da família ele é necessário e pode ser solicitado ao entrar no país. Embora com menos frequência do que as outras provas, o seguro saúde está na lista dos documentos que deve estar na mala de mão, também por uma questão de precaução e prevenção.
Perguntas
Os oficiais costumam fazer algumas perguntas aos viajantes, caso a investigação deles fique mais incisiva, os questionamentos ficarão mais pessoais. Por vezes eles fazem a mesma questão duas vezes, para ver se o candidato a entrar no território não está equivocado. Veja abaixo as perguntas básicas:
Fabíola Cottet
Há alguns meses, uma análise do Conselho de Crescimento Econômico, formado por economistas e políticos, dizia que o Canadá deveria receber cerca de 450.000 imigrantes por ano.
Esse objetivo parece distante tomando em conta o contexto atual, marcado por críticas a imigração massiva no Ocidente, assim como a popularidade dos movimentos nacionalistas. No entanto, no Canadá poderia haver espaço para desenvolver esta ideia.
O exemplo mais claro foi um relatório da Conference Board of Canada, publicado no início do mês de Outubro, que analisou o impacto que teria na economia do país o aumento nos níveis de imigração.
Os especialistas não fizeram um diagnóstico para um futuro imediato, mas sim para as próximas décadas. Três cenários foram apresentados: o statu quo, um aumento médio nos níveis de imigração, e um aumento elevado na quantidade de imigrantes que entram no país a cada ano.
No geral, o relatório mostra que, em todos os possíveis contextos, a economia sairia ganhando. Esta conclusão se dá por conta do potencial crescimento do PIB em cada um dos casos analisados.
Se o Canadá mantém o ritmo atual em matéria de imigração, o que significa cerca de 300.000 novos residentes por ano (ou 0,82% da população) o PIB manteria um crescimento de 1,85% de hoje até 2040.
A previsão “média” é a que coloca como referência os 450.000 imigrantes que levantou o conselho de crescimento econômico. Neste panorama, que representaria 1% da população projetada para o ano de 2040, o crescimento do PIB seria de 1,94%.
A Conference Board incluiu outro cenário, o qual representaria 528.000 imigrantes por ano, ou 1,1% da população que se espera em 2040. Nesse caso, o crescimento do PIB seria de 2,05%.
A explicação dos investigadores é que como grupo demográfico, os imigrantes são consideravelmente mais jovens que a população originária do Canadá, então seria a melhor maneira de lidar com o corte geracional, a “aposentadoria” da chamada geração de boomers e as carências na mão de obra que isso poderia ocasionar.
Isso sim, os analistas colocam dois asteriscos em sua proposta: Por um lado, o Canadá teria que manter as proporções atuais entre seus distintos programas de imigração. Isso significa, 60% das chamadas “categorias econômicas” (Trabalhadores Qualificados), 28% na Reunificação Familiar e 12% destinado aos casos de refúgio.
A outra condição é que o Canadá mantenha – e inclusive aumente – os esforços para lidar com os problemas que enfrentam os imigrantes, desde o conhecimento do idioma, a discriminação na busca de emprego e o reconhecimento dos diplomas e experiências adquiridas fora do Canadá.
Um indício da visão que terá o atual governo será conhecido nos próximos dias, quando sejam apresentados os Planos de Imigração para o ano de 2018, o qual incluirá os níveis, assim como a repartição entre os programas que espera cumprir para o próximo calendário.
Leia todo o relatório divulgado pelo Conference Board of Canada AQUI
Fonte: http://nmnoticias.ca/188109/que-pasaria-niveles-inmigracion-canada-450000-conference-board/
Texto: Tradução e Adaptação Immi Canada – Deborah Calazans (É proibida a reprodução ou cópia deste conteúdo, sem prévia autorização)
Há alguns meses, uma análise do Conselho de Crescimento Econômico, formado por economistas e políticos, dizia que o Canadá deveria receber cerca de 450.000 imigrantes por ano.
Esse objetivo parece distante tomando em conta o contexto atual, marcado por críticas a imigração massiva no Ocidente, assim como a popularidade dos movimentos nacionalistas. No entanto, no Canadá poderia haver espaço para desenvolver esta ideia.
O exemplo mais claro foi um relatório da Conference Board of Canada, publicado no início do mês de Outubro, que analisou o impacto que teria na economia do país o aumento nos níveis de imigração.
Os especialistas não fizeram um diagnóstico para um futuro imediato, mas sim para as próximas décadas. Três cenários foram apresentados: o statu quo, um aumento médio nos níveis de imigração, e um aumento elevado na quantidade de imigrantes que entram no país a cada ano.
No geral, o relatório mostra que, em todos os possíveis contextos, a economia sairia ganhando. Esta conclusão se dá por conta do potencial crescimento do PIB em cada um dos casos analisados.
Se o Canadá mantém o ritmo atual em matéria de imigração, o que significa cerca de 300.000 novos residentes por ano (ou 0,82% da população) o PIB manteria um crescimento de 1,85% de hoje até 2040.
A previsão “média” é a que coloca como referência os 450.000 imigrantes que levantou o conselho de crescimento econômico. Neste panorama, que representaria 1% da população projetada para o ano de 2040, o crescimento do PIB seria de 1,94%.
A Conference Board incluiu outro cenário, o qual representaria 528.000 imigrantes por ano, ou 1,1% da população que se espera em 2040. Nesse caso, o crescimento do PIB seria de 2,05%.
A explicação dos investigadores é que como grupo demográfico, os imigrantes são consideravelmente mais jovens que a população originária do Canadá, então seria a melhor maneira de lidar com o corte geracional, a “aposentadoria” da chamada geração de boomers e as carências na mão de obra que isso poderia ocasionar.
Isso sim, os analistas colocam dois asteriscos em sua proposta: Por um lado, o Canadá teria que manter as proporções atuais entre seus distintos programas de imigração. Isso significa, 60% das chamadas “categorias econômicas” (Trabalhadores Qualificados), 28% na Reunificação Familiar e 12% destinado aos casos de refúgio.
A outra condição é que o Canadá mantenha – e inclusive aumente – os esforços para lidar com os problemas que enfrentam os imigrantes, desde o conhecimento do idioma, a discriminação na busca de emprego e o reconhecimento dos diplomas e experiências adquiridas fora do Canadá.
Um indício da visão que terá o atual governo será conhecido nos próximos dias, quando sejam apresentados os Planos de Imigração para o ano de 2018, o qual incluirá os níveis, assim como a repartição entre os programas que espera cumprir para o próximo calendário.
Leia todo o relatório divulgado pelo Conference Board of Canada AQUI
Fonte: http://nmnoticias.ca/188109/que-pasaria-niveles-inmigracion-canada-450000-conference-board/
Texto: Tradução e Adaptação Immi Canada – Deborah Calazans (É proibida a reprodução ou cópia deste conteúdo, sem prévia autorização)
A partir de 24 de Outubro de 2017, conforme anunciado no início deste ano, o Governo Canadense retoma a idade para menores dependentes nos trâmites em família (exceto nos casos entre Cônjuges/Parceiros em União Estável) para até 22 anos.
De Junho de 2002 a Julho de 2014, os menores com idade até 22 anos eram considerados como dependentes nas solicitações, porém, o Governo Conservador, atuante na época, realizou, em Agosto de 2014, a redução para até 19 anos, fato este que foi bastante criticado.
Com base nos dados do Immigration, Refugees and Citizenship Canada (IRCC), entre 2002 e 2014, dependentes representaram, em média, 28% de todos os pedidos de imigração aprovados anualmente (aproximadamente 72.000 por ano). Destes filhos dependentes, aproximadamente 11% tinham 19 anos ou mais; 7% tinham entre 19 e 21 anos de idade e 4% tinham 22 anos ou mais.
Com a mudança do Governo, este quesito foi revisto pelo atual Governo Liberal, onde todos os detalhes foram novamente analisados.
Um dos principais objetivos nessa alteração é a reunificação familiar, permitindo que permitindo que cidadãos e residentes permanentes tragam seus filhos com idades entre 19 e 21 anos de idade para o Canadá.
A Immi Canada te auxilia em todo o processo de imigração. Mande agora um e-mail para contact@immi-canada.com e saiba mais como funcionam os nossos serviços no site: https://www.immi-canada.com/consultoria-de-imigracao-para-canada/
Fonte Oficial: http://www.gazette.gc.ca/rp-pr/p2/2017/2017-05-03/html/sor-dors60-eng.php
Texto: Deborah Calazans – Immi Canada (A cópia e/ou reprodução, sem prévia autorização, está proibida).
Um tema pouco abordado quando falamos sobre o Canadá é do que vamos sentir falta quando estivermos por lá. O que, no Brasil ou das coisas que deixamos para trás, nos farão ficar com mais saudade. Sim, o país é incrível e tem uma qualidade de vida invejável, porém não é o lugar onde estamos acostumados a viver e tudo é desconhecido e novo no começo. E acreditem, este início não é somente os dois ou três primeiros meses, desbravar o local, entender dos moradores, saber das regras e procedimentos para atividades do dia a dia leva tempo. A duração da adaptação depende muito de cada um.
Não podemos esquecer que, embora o território canadense se destaque em vários pontos se comparado ao Brasil, mesmo assim iremos sentir saudades de várias coisas, algumas delas porque são difíceis de encontrar no Canadá, outras não são comuns no país, algumas você não tem de jeito nenhum e ainda, as mais difíceis, são as pessoas que ficam. Somados a saudade, sempre existem os desafios iniciais: custo de vida, distância, instabilidade na carreira, recomeço, voltar para a sala de aula e outros obstáculos pessoais de cada um (para saber mais a respeito dos desafios que enfrentamos assim que nos mudamos, clique aqui).
Organizamos alguns tópicos, baseados em pesquisa e experiência, falando do que ou de quem os brasileiros mais sentem falta quando moram no Canadá. Caso você ainda esteja em fase de planejamento ou no Brasil, ansioso pela viagem, vale fazer uma lista com suas preferências pessoais e aproveitar as ocasiões e pessoas enquanto ainda está em terras do hemisfério Sul. Vale lembrar que a lista pode ser maior ou menor, dependendo de cada um.
Este com certeza é um item comum a todos os que moram fora do Brasil, não somente no Canadá, mas ao redor do mundo. Deixar quem amamos sempre exige muita coragem. E o mais intenso aqui não está no fato de somente estar perto da família e amigos para abraçar, passar um tempo durante um happy hour ou nos almoços de domingo. O que conta e dá muita saudade é a distância nos momentos difíceis, o fuso-horário para escutar a voz no telefone, as celebrações em datas especiais, as ocasiões em que você com certeza estaria por perto... O que podemos fazer nestas ocasiões? Infelizmente, não muito. Hoje a tecnologia ajuda bastante, mas por Skype não é a mesma coisa. Portanto esteja presente quando puder, carregue no coração e, mais importante, aprenda a lidar com a saudade.
Aqui entram vários aspectos e diversas diferenças. A primeira delas é a forma como os canadenses se alimentam, que é diferente da brasileira. O consumo de fast-food é muito maior e, geralmente, o horário de almoço nas empresas tem no máximo meia hora. Portanto a refeição no meio do dia acaba sendo um lanche rápido ou uma marmita que você leva de casa. Tá aí mais uma diferença, no país é extremamente comum comer em qualquer lugar e levar comida para todos os lugares em que for: shopping, parque, trabalho, passeio, etc.
Outro ponto é que o jantar e o café da manhã acabam sendo as refeições principais, ao contrário do Brasil, onde o almoço ocupa a posição. A questão da comida em si também é distinta: os nativos tem hábitos alimentares mais parecidos com os estadunidenses. Isto significa que eles gostam de ovos, bacon, um tipo de pão, batata frita no estilo hashbrown e sausage no café da manhã. No caso de querer algo doce, os cafés acompanham panquecas, muffins, donuts e uma série de guloseimas.
E acreditem, os restaurantes por quilo farão falta. No país eles simplesmente não existem. Então as opções para almoço são lanches, pratos prontos ou a marmita de casa. Para os amantes de sucos naturais e frutas, muitos brasileiros que moram no True North falam da diferença no gosto e no frescor, além dos sucos raramente serem completamente naturais. O frescor se deve ao inverno rigoroso e ao fato de muitas das frutas e verduras serem importadas.
Nós, brasileiros, temos o costume nacional de comer carne vermelha, com mais frequência ainda no Sul do país. Isso não é uma tradição no Canadá. Eles consomem sim, mas devido ao preço mais elevado, por vezes as opções com porco, frango ou frutos do mar são mais atrativas. Além disso, os cortes do gado são diferentes, as churrasqueiras também, então é tudo um novo aprendizado.
Por fim, abaixo uma lista das comidinhas típicas brasileiras que você dificilmente irá encontrar em território canadense da mesma forma (algumas não estão a venda mesmo em lugar nenhum, outros itens possuem consistência e sabor diferentes e alguns você consegue encontrar em mercados brasileiros ou portugueses):
Mesmo assim é importante ressaltar que os mercados do país possuem muito mais variedades de produtos que os brasileiros. Portanto, caso você queira se arriscar e fazer coxinha ou pastel, por exemplo, você vai conseguir e pode testar diversos ingredientes novos.
Veja quais são as 20 comidas típicas canadenses clicando neste link.
A vida no país acontece de maneira um pouco diferente. Não sabemos se devido ao período longo de frio, onde os dias são mais curtos, ou se devido a cultura mesmo, os canadenses são pessoas mais diurnas. Isso quer dizer que o dia começa mais cedo e termina antes. Os horários de trabalho em escritórios geralmente começam entre 7h e 8h e vão até às 16h ou, no máximo, 17h. Entretanto, os serviços a população, como bancos e órgãos governamentais chegam a funcionar até no domingo em algumas cidades.
Outra diferença na questão de tempo são as horas das refeições. O café da manhã é bem cedo, pois o dia costuma iniciar por volta das 5h30 da manhã. O almoço, ou lunch como é chamado, por volta de meio dia e o jantar, às 18h. As cozinhas dos restaurantes costumam fechar mais cedo, então o costume de jantar tarde em ocasiões especiais não vai acontecer no Canadá. Baladas e barzinhos também possuem limitações de horário de funcionamento e a maioria deles fecha, no máximo, às 2h da madrugada. Neste quesito cada província tem a sua regra para fechamento destes estabelecimentos e venda de bebida alcóolica.
Esta saudade também é praticamente comum a todas as mulheres brasileiras que moram em terras canadenses. Não adianta, é diferente. Além do preço ser mais elevado, os procedimentos são outros e a quantidade de salões de beleza é inferior ao que temos no Brasil. A cultura das mulheres é outra no que diz respeito a manicure, pedicure, corte de cabelo, tratamento de pele e beleza, tintura nos fios e tudo mais no que tange a técnicas de estética. Que fique claro, não é pior e nem melhor, apenas diferente do que estamos acostumados. Em algumas cidades a mulherada consegue encontrar salões brasileiros ou até profissionais que atendem em casa, mas eles são escassos.
Até os mais aficionados por frio sentirão falta das temperaturas amenas, de calor e praia. Embora o Canadá tenha diversas praias de lagos e seja o país que mais possui essa formação natural no mundo, não é a mesma coisa que as abundantes praias do Brasil.
A região do hemisfério Norte tem as estações do ano extremamente bem definidas, porém o outono e a primavera podem ter temperaturas bem menores que o mais rigoroso inverno brasileiro, dependendo da localidade. A dica é se preparar adequadamente para o inverno, com roupas e acessórios (acesse esta matéria e veja como sobreviver no frio canadense), curtir bastante o verão e aproveitar os esportes e programas da estação mais fria do ano também.
Veja mais curiosidades e detalhes das estações do ano no Canadá clicando aqui.
Esqueça o campeonato brasileiro e o futebol, até mesmo o vôlei. Claro, você sempre pode assistir pela internet, acompanhar e até assinar canais de televisão para ver ao vivo. Porém, a paixão nacional do canadense é outra: hockey no gelo. Eles também têm times de baseball e basquete, mas o hockey é unanimidade entre os moradores locais. O jeito é aprender as regras do hockey e passar a acompanhar os esportes canadenses e estadunidenses, que também são vistos com frequência no Canadá. Uma boa maneira é assistir aos jogos ao vivo do time da cidade onde mora. Mas mesmo assim dá pra encontrar alguns brasileiros e marcar o futebol do final de semana.
Saiba mais sobre os esportes mais praticados e assistidos no país clicando aqui.
E vocês, do que sentem mais falta quando estão no Canadá?
Fabíola Cottet
Não é nenhuma novidade que o mercado de trabalho canadense está aquecido. Diversas são as áreas de demanda no país, onde profissionais são requisitados e procurados, pois a demanda do território é maior que a oferta, ou seja, existem mais posições de trabalho do que pessoas para ocupá-las. Segundo o Statistics Canada, órgão que reúne todos os dados sobre o país, até junho deste ano foi registrado um aumento de 45 mil novos postos de trabalho. No período houve uma ascensão de 1,7% nos postos para trabalho em tempo integral e 3% de crescimento na taxa de empregos meio período, ou part-time, como são chamados em inglês.
Com base nestes números preparamos uma lista com dicas e passos para conseguir um bom emprego no Canadá, visto que esta é uma das principais preocupações de quem quer começar uma nova vida em terras do True North. É importante ressaltar que, para trabalhar legalmente no território é necessária uma permissão para tal, que pode ser obtida de diversas maneiras: ter uma oferta de emprego ainda estando no Brasil, obter a residência permanente, ou fazer um curso superior em uma instituição credenciada pelo governo canadense, com duração superior a seis meses.
Outro detalhe importante é que, caso você queira um emprego na sua área no país, deve verificar se sua profissão é regulamentada no local (veja a lista de trabalhos regulamentados). Medicina, direito, engenharia, biologia e nutrição são algumas que se enquadram na lista. Nestes casos, o profissional deve, depois de escolher a província, pesquisar as regras e caminhos para reconhecer a sua ocupação no país.
Links úteis:
- Veja quais são as faculdades que dão direito ao visto de trabalho clicando aqui (a busca deve ser feita por província).
- Veja mais dados sobre o mercado de trabalho canadense neste link.
- Saiba como começar seu planejamento para visitar, estudar ou viver no país clicando aqui.
1 – Idioma
O inglês, ou francês no caso da província de Quebec, deve ser sua primeira meta para conquistar uma boa posição. Visto que as duas línguas são os idiomas oficiais do país, uma delas deve estar, pelo menos, em um nível avançado para uma posição em áreas específicas ou empregos que pagam uma quantia mais alta.
Mas se o meu inglês for intermediário ou básico, eu não vou conseguir emprego? Calma, você pode conseguir sim, mas não será na sua área de atuação e, muito provavelmente, o trabalho vai ser entry level. Isto significa que, para os moradores que não falam bem a língua falada na província, as posições são as de entrada, em lanchonetes, bares, restaurantes, limpeza, serviços gerais, cozinha, etc. Porém é bastante comum os imigrantes iniciarem assim e irem se aperfeiçoando no idioma e na profissão, se destacando aos poucos no país e indo para suas áreas de atuação após alguns meses.
2 – Apresentação pessoal
Da mesma maneira que no Brasil, a apresentação pessoal do candidato conta muito. Cordialidade sem ser invasivo é mandatório. Os canadenses costumam ser mais introspectivos que os brasileiros, então dificilmente irão fazer perguntas pessoais ou querer saber de aspectos da sua vida particular, portanto também não faça este tipo de questionamento ao entrevistador. Estar vestido de maneira adequada, ser pontual e educado é o melhor caminho para começar com o pé direito na entrevista de emprego.
3 – Cover letter
Partindo para o lado prático na busca pelo emprego, a cover letter nada mais é que uma carta de apresentação que antecede o seu “resume” (currículo). O carta não é comum no Brasil, mas é quase obrigatória no Canadá e exigida por diversas vagas e recrutadores. Para se ter uma ideia, o recrutador pode decidir verificar seu currículo ou não após a ler, por isso é indicado dar uma atenção especial a ela.
A cover letter nunca deve ultrapassar uma página e não substitui o resume. Escrita em forma de texto e não em tópicos, a carta conterá frases de impacto e atrativas, contando sua experiência pessoal e qualificações, de maneira mais personalizada e profissional. Ressalte sempre o motivo de achar que é o candidato certo para a vaga, seja sucinto mas passe uma ideia geral do seu perfil e do que lhe chamou a atenção em determinada vaga e revise o conteúdo para que não contenha erros (por isso o ideal é que as cartas sejam feitas de maneira personalizada para cada aplicação).
Veja um exemplo de cover letter no link (da empresa Monster, que é uma grande companhia na área de recrutamento e seleção): www.monster.ca/career-advice/article/cover-letter.
4 – Currículo específico
Da mesma forma que no Brasil, o currículo no Canadá é a sua apresentação ao recrutador. Então ele deve causar uma boa impressão e conter informações como histórico de trabalho, certificações, cursos, objetivos na carreira e contato. Talvez a principal diferença com relação ao brasileiro é que, no canadense, o candidato não deve incluir informações pessoais nunca, em nenhuma circunstância. Ou seja, dados como estado civil, número de filhos, idade, foto e número de documentos devem ficar de fora. Além disso, o seu currículo será para a vaga a qual está se candidatando. Caso o aplicante esteja almejando uma vaga de programador, por exemplo, colocará no currículo somente as experiências e cursos que tenham relação com a vaga.
Veja um exemplo clicando aqui e também neste link.
5 – Referências
Um ponto muito importante do currículo, ou da entrevista, dependendo do caso, são as referências. E não adianta colocar seu ex-chefe brasileiro ou colega de trabalho do Brasil, os recrutadores buscam por bons contatos canadenses. Esta costuma ser uma parte complicada para os recém chegados, mas tão logo você começa a fazer contato, pode criar seu networking.
É importante deixar claro ao empregador que você acabou de chegar no país, porém colocar algum contato no currículo o enriquece, e muito. Pode ser um vizinho, seu coordenador no trabalho voluntário, professor de inglês ou alguém com quem você já tenha uma relação com mais frequência. Sempre pergunte a pessoa primeiro se você pode colocar o telefone dela como referência no seu currículo.
6 – Trabalho voluntário
Para criar uma rede de contatos, ter boas referências e até uma indicação para uma vaga de trabalho, realizar trabalho voluntário é a melhor opção. Além de contar na experiência, o voluntariado faz com que o imigrante se insira ainda mais na cultura local, dando ótimas oportunidades de conhecer pessoas e fazer o bem.
Veja mais informações a respeito de como conseguir um voluntariado clicando aqui.
7 – Networking
Tanto no Brasil como no Canadá, fazer contatos é a melhor maneira de conseguir um trabalho. Porém, ao contrário do Brasil onde as ligações são feitas com o departamento de recursos humanos, o Canadá costuma ter os canais um pouco mais abertos, incluindo telefones e nomes de responsáveis nas vagas. Eles também usam amplamente o LinkeIn como ferramenta para recrutamento (veja mais a respeito acessando este link). Portanto, não ter receio de ligar e ir atrás da vaga é uma qualidade, só é indicado ter parcimônia. Demonstrar interesse é bom mas ser insistente demais pode passar uma má impressão.
8 – Atitude e persistência
Como dito no item anterior, tenha atitude e fale com o maior número de pessoas possível, faça muitos contatos e aumente sua rede de colegas e conhecidos, pois nunca sabemos de onde pode vir uma boa indicação. Mantenha, acima de tudo, uma atitude positiva e persista, muitas portas podem se fechar, porém outras se abrem ao mesmo tempo.
Lembre-se sempre que você está em um país que ainda não conhece direito e também completamente diferente do que está acostumado. Então caso a primeira, segunda, terceira ou décima entrevista não dê certo, se acalme e continue tentando, revise sempre o currículo e busque o maior número de vagas que puder.
Sites de busca:
Fabíola Cottet
Não é nenhuma novidade que o mercado de trabalho canadense está aquecido. Diversas são as áreas de demanda no país, onde profissionais são requisitados e procurados, pois a demanda do território é maior que a oferta, ou seja, existem mais posições de trabalho do que pessoas para ocupá-las. Segundo o Statistics Canada, órgão que reúne todos os dados sobre o país, até junho deste ano foi registrado um aumento de 45 mil novos postos de trabalho. No período houve uma ascensão de 1,7% nos postos para trabalho em tempo integral e 3% de crescimento na taxa de empregos meio período, ou part-time, como são chamados em inglês.
Com base nestes números preparamos uma lista com dicas e passos para conseguir um bom emprego no Canadá, visto que esta é uma das principais preocupações de quem quer começar uma nova vida em terras do True North. É importante ressaltar que, para trabalhar legalmente no território é necessária uma permissão para tal, que pode ser obtida de diversas maneiras: ter uma oferta de emprego ainda estando no Brasil, obter a residência permanente, ou fazer um curso superior em uma instituição credenciada pelo governo canadense, com duração superior a seis meses.
Outro detalhe importante é que, caso você queira um emprego na sua área no país, deve verificar se sua profissão é regulamentada no local (veja a lista de trabalhos regulamentados). Medicina, direito, engenharia, biologia e nutrição são algumas que se enquadram na lista. Nestes casos, o profissional deve, depois de escolher a província, pesquisar as regras e caminhos para reconhecer a sua ocupação no país.
Links úteis:
- Veja quais são as faculdades que dão direito ao visto de trabalho clicando aqui (a busca deve ser feita por província).
- Veja mais dados sobre o mercado de trabalho canadense neste link.
- Saiba como começar seu planejamento para visitar, estudar ou viver no país clicando aqui.
1 – Idioma
O inglês, ou francês no caso da província de Quebec, deve ser sua primeira meta para conquistar uma boa posição. Visto que as duas línguas são os idiomas oficiais do país, uma delas deve estar, pelo menos, em um nível avançado para uma posição em áreas específicas ou empregos que pagam uma quantia mais alta.
Mas se o meu inglês for intermediário ou básico, eu não vou conseguir emprego? Calma, você pode conseguir sim, mas não será na sua área de atuação e, muito provavelmente, o trabalho vai ser entry level. Isto significa que, para os moradores que não falam bem a língua falada na província, as posições são as de entrada, em lanchonetes, bares, restaurantes, limpeza, serviços gerais, cozinha, etc. Porém é bastante comum os imigrantes iniciarem assim e irem se aperfeiçoando no idioma e na profissão, se destacando aos poucos no país e indo para suas áreas de atuação após alguns meses.
2 – Apresentação pessoal
Da mesma maneira que no Brasil, a apresentação pessoal do candidato conta muito. Cordialidade sem ser invasivo é mandatório. Os canadenses costumam ser mais introspectivos que os brasileiros, então dificilmente irão fazer perguntas pessoais ou querer saber de aspectos da sua vida particular, portanto também não faça este tipo de questionamento ao entrevistador. Estar vestido de maneira adequada, ser pontual e educado é o melhor caminho para começar com o pé direito na entrevista de emprego.
3 – Cover letter
Partindo para o lado prático na busca pelo emprego, a cover letter nada mais é que uma carta de apresentação que antecede o seu “resume” (currículo). O carta não é comum no Brasil, mas é quase obrigatória no Canadá e exigida por diversas vagas e recrutadores. Para se ter uma ideia, o recrutador pode decidir verificar seu currículo ou não após a ler, por isso é indicado dar uma atenção especial a ela.
A cover letter nunca deve ultrapassar uma página e não substitui o resume. Escrita em forma de texto e não em tópicos, a carta conterá frases de impacto e atrativas, contando sua experiência pessoal e qualificações, de maneira mais personalizada e profissional. Ressalte sempre o motivo de achar que é o candidato certo para a vaga, seja sucinto mas passe uma ideia geral do seu perfil e do que lhe chamou a atenção em determinada vaga e revise o conteúdo para que não contenha erros (por isso o ideal é que as cartas sejam feitas de maneira personalizada para cada aplicação).
Veja um exemplo de cover letter no link (da empresa Monster, que é uma grande companhia na área de recrutamento e seleção): www.monster.ca/career-advice/article/cover-letter.
4 – Currículo específico
Da mesma forma que no Brasil, o currículo no Canadá é a sua apresentação ao recrutador. Então ele deve causar uma boa impressão e conter informações como histórico de trabalho, certificações, cursos, objetivos na carreira e contato. Talvez a principal diferença com relação ao brasileiro é que, no canadense, o candidato não deve incluir informações pessoais nunca, em nenhuma circunstância. Ou seja, dados como estado civil, número de filhos, idade, foto e número de documentos devem ficar de fora. Além disso, o seu currículo será para a vaga a qual está se candidatando. Caso o aplicante esteja almejando uma vaga de programador, por exemplo, colocará no currículo somente as experiências e cursos que tenham relação com a vaga.
Veja um exemplo clicando aqui e também neste link.
5 – Referências
Um ponto muito importante do currículo, ou da entrevista, dependendo do caso, são as referências. E não adianta colocar seu ex-chefe brasileiro ou colega de trabalho do Brasil, os recrutadores buscam por bons contatos canadenses. Esta costuma ser uma parte complicada para os recém chegados, mas tão logo você começa a fazer contato, pode criar seu networking.
É importante deixar claro ao empregador que você acabou de chegar no país, porém colocar algum contato no currículo o enriquece, e muito. Pode ser um vizinho, seu coordenador no trabalho voluntário, professor de inglês ou alguém com quem você já tenha uma relação com mais frequência. Sempre pergunte a pessoa primeiro se você pode colocar o telefone dela como referência no seu currículo.
6 – Trabalho voluntário
Para criar uma rede de contatos, ter boas referências e até uma indicação para uma vaga de trabalho, realizar trabalho voluntário é a melhor opção. Além de contar na experiência, o voluntariado faz com que o imigrante se insira ainda mais na cultura local, dando ótimas oportunidades de conhecer pessoas e fazer o bem.
Veja mais informações a respeito de como conseguir um voluntariado clicando aqui.
7 – Networking
Tanto no Brasil como no Canadá, fazer contatos é a melhor maneira de conseguir um trabalho. Porém, ao contrário do Brasil onde as ligações são feitas com o departamento de recursos humanos, o Canadá costuma ter os canais um pouco mais abertos, incluindo telefones e nomes de responsáveis nas vagas. Eles também usam amplamente o LinkeIn como ferramenta para recrutamento (veja mais a respeito acessando este link). Portanto, não ter receio de ligar e ir atrás da vaga é uma qualidade, só é indicado ter parcimônia. Demonstrar interesse é bom mas ser insistente demais pode passar uma má impressão.
8 – Atitude e persistência
Como dito no item anterior, tenha atitude e fale com o maior número de pessoas possível, faça muitos contatos e aumente sua rede de colegas e conhecidos, pois nunca sabemos de onde pode vir uma boa indicação. Mantenha, acima de tudo, uma atitude positiva e persista, muitas portas podem se fechar, porém outras se abrem ao mesmo tempo.
Lembre-se sempre que você está em um país que ainda não conhece direito e também completamente diferente do que está acostumado. Então caso a primeira, segunda, terceira ou décima entrevista não dê certo, se acalme e continue tentando, revise sempre o currículo e busque o maior número de vagas que puder.
Sites de busca:
Fabíola Cottet
Depois do cartão de Permanent Resident (PR), ou residência permanente em português, o próximo passo é o tão sonhado passaporte e com ele a cidadania canadense, que carrega todos os direitos que um nativo possui, inclusive o de votar e se candidatar a alguns cargos públicos específicos. Como já anunciado no Facebook da Immi Canadá, no dia quatro de outubro deste ano, o Citizienship and Immigration Canada (CIC) anunciou mudanças significativas no Citizienship Act, que é a lei que determina as regras para quem quer obter a cidadania. A novidade é que as novas determinações são mais flexíveis que as anteriores e entraram em vigor no dia 11 de outubro, última quarta-feira.
No pronunciamento, o Ministro da Imigração Ahmed Hussen ressaltou que o principal foco do país é remover as barreiras, pois querem que todos os residentes permanentes virem cidadãos. Ele também frisou que a cidadania é o último passo e almeja, com estas medidas, que os antigos imigrantes se integrem ainda mais na cultura e sociedade do país.
Para acabar com as dúvidas relacionadas às diferenças entre PR e cidadania, acesse este link: www.immi-canada.com/diferenca-entre-pr-e-cidadania/.
Mudanças
Anteriormente os candidatos deveriam estar fisicamente presentes no Canadá por quatro anos, em um período de seis, para a obtenção da cidadania. Com a nova lei, o tempo diminuiu. Agora os residentes precisam comprovar uma permanência de três anos, em cada cinco, para ser elegíveis a cidadania canadense. Isso facilita pois muitos dos moradores do território são imigrantes e, por vezes, passavam tempo em outro país ou onde nasceram, complicando e atrasando a requisição do documento. Uma outra complicação que também barrava muitas aplicações era a de que a pessoa deveria estar no território do país por 183 dias no ano para ser válido o requerimento e contar tempo dentro dos anos exigidos. Com o novo ato esta exigência foi abolida.
Outra boa novidade é que o período gasto no Canadá antes de obter o status de residente permanente também pode entrar na conta. Ou seja, se o candidato passou meses ou anos com visto de estudo, permissão de trabalho ou como refugiado, pode agregar a soma final. Porém existe um limite de 365 dias na categoria e as horas não são contabilizadas em tempo integral, o que quer dizer que para cada dois dias reais com status legal de residente temporário no país, um dia será contado para a elegibilidade da cidadania. Antes o tempo não contava para virar um cidadão canadense.
Acompanhado a redução dos anos, vale o mesmo para a apresentação do imposto de renda canadense, ou declaração de tax return. Quem tem renda para fazer o procedimento tinha que apresentar ao governo as comprovações de quatro anos dos últimos seis. A partir de agora só serão exigidos os registros de três anos dos últimos cinco.
Na leva de mudanças na legislação, o Canadá exige uma espécie de teste de conhecimentos gerais e linguagem de pessoas em determinada faixa etária que aplicam para a cidadania. Na lei anterior, isto era requerido para indivíduos entre os 14 e 64 anos. Agora somente os candidatos entre 18 e 54 anos devem atender ao teste.
Testes
Os testes são de conhecimento gerais que englobam temas sobre a cultura, história e política do país, além de uma prova com questões que avaliam o nível de linguagem do candidato. Para se preparar, o aplicante pode encontrar bibliografia disponível nas grandes livrarias ou online, disponível em duas versões: inglês ou francês. O material, desenvolvido pelo governo canadense, é bem completo, com guias de estudo e jogos de perguntas e respostas.
Primeiros passos
A tão sonhada cidadania canadense é um objetivo a médio e longo prazo para a maioria dos imigrantes, pois ela é a última etapa do processo. Porém o país oferece dezenas de maneiras e formas diferentes de imigrar, sendo que o mais rápido e com menos despesas financeiras é o Express Entry (EE), que abriga outras categorias de profissionais e imigração dentro dele (para saber mais a respeito clique aqui e também neste link).
O Canadá é um local que aceita imigrantes e tem um histórico de também abrigar refugiados. Por isso, milhares de pessoas chegam ao seu território todos os anos com a esperança de ficar. Para se ter uma ideia, além do EE, temos os processos provinciais, programas para quem quer imigrar como empresário ou investidor, para profissionais autônomos de algumas áreas, um processo especial para os falantes da língua francesa na província de Quebec e ainda outros, como um residente patrocinar algum membro da família.
A obtenção da cidadania também pode vir com o início baseado em estudar uma das línguas oficiais no Canadá (inglês ou francês), depois fazer um curso superior, conseguir um trabalho e aí então aplicar para um dos processos. Por isso é importante planejar e encontrar a melhor maneira que se enquadre no perfil de cada um. A Immi Canadá oferece consulta online e presencial, consultoria e assessoria para os vistos, sempre com profissionais especializados e qualificados. Para mais informações acesse www.immi-canada.com/consultoria-de-imigracao-para-canada/ ou mande um email para contact@immi-canada.com.
Você pode acessar a legislação completa no que diz respeito a cidadania canadense clicando aqui.
Fontes:
http://www.cic.gc.ca/english/citizenship/index.asp
http://www.cic.gc.ca/english/citizenship/improvements/citizenship-act-changes-2017.asp
Fabíola Cottet