Quem já passou por situações de mudança na vida, como mudança de casa, de bairro, de cidade, sabe que mudar nem sempre é fácil. Às vezes levamos conosco alguns desejos, algumas dores, algumas saudades. Quem já se mudou para um outro país, então, conhece a verdade: imigrar nem sempre é fácil.
É importante notar que diferentes pessoas vão experimentar essa aventura de formas diferentes também. Assim, por exemplo, pessoas que são mais aventureiras ou que não têm laços muito fortes com a família ou com o país de origem podem experimentar a imigração como não sendo tão difícil. Agora, no caso de pessoas que são muito ligadas à família e que têm muitos laços fortes com o país de origem, se ver longe de tudo isso pode ser um desafio em si. Mas isso não significa que é impossível. Muito pelo contrário, é um momento muito rico em que cada pessoa terá a oportunidade de avaliar os seus objetivos e o seu bem-estar, e adaptar essa experiência maravilhosa de acordo com as suas prioridades!
No texto de hoje vamos falar um pouco sobre uma questão que é sempre muito bem-vinda nas redes sociais e também em conversas informais do dia a dia: a adaptação! Vamos falar um pouco da cultura canadense e como ela difere da brasileira, e vamos falar também sobre alguns pontos principais que pegam quando o assunto é imigrar sozinho versus imigrar com a família.
A cultura canadense
Conhecemos muito a cultura norte-americana através dos filmes de Hollywood. Tem algumas coisas que chamam a nossa atenção como sendo diferentes, como por exemplo a presença de roommates, o cafezinho no copo de papel que as pessoas carregam consigo o tempo todo, as roupas de inverno, as casas sem portão.
No geral, e principalmente para quem nunca veio para estes lados, parece que é uma cultura que, no fundo, não é muito diferente da brasileira. Hmm… será?
O Canadá é bem parecido com os Estados Unidos em muitos aspectos, principalmente naqueles que escrevemos ali em cima. Coffe shops ou cafés são extremamente populares por aqui, estando presentes em todas as esquinas. E para onde quer que você olhe, sempre vai ter alguém segurando um copo de café.
Os roommates são parte do dia a dia dos adolescentes e jovens adultos, já que dividir o aluguel com alguém, principalmente enquanto se está na universidade, é uma alternativa muito bem vista. Falando em universidade, aqui a mudança para outra cidade ou outra província em busca da melhor universidade ou das melhores vagas de trabalho é bem mais comum do que no Brasil, sendo que os jovens adultos por aqui tendem geralmente a ir morar sozinhos por volta dos 18 ou 19 anos. Isso não é regra, no entanto, mas é fato que é raro encontrar por aqui uma pessoa com seus 23, 25 anos que ainda more na casa dos pais, enquanto que para nós, brasileiros, isso é uma prática muito comum.
Quem já ouviu um gringo falando sobre os brasileiros provavelmente sabe que, aqui fora, os brasileiros são vistos como muito amigáveis e calorosos, que são falantes e sempre abertos a novas amizades. Os gringos, por outro lado, são vistos como mais fechados. E isso é verdadeiro também aqui no Canadá: os canadenses geralmente são mais fechados, sim.
No entanto, canadenses têm uma fama muito grande de serem um povo extremamente educado, e isso também é verdadeiro. Claro que não podemos generalizar, afinal, assim como em qualquer lugar, existem pessoas de todos os tipos, mas é fato que a grande maioria dos canadenses irá parar para ajudar um turista perdido.
Canadenses não são pessoas rígidas, e já saem chamando você pelo seu primeiro nome, mas em compensação não costumam abraçar e beijar pessoas que acabam de conhecer, o que, para nós, é uma prática comum.
A segurança
Quem dera que, no Brasil, pudéssemos levar o nosso laptop para qualquer lugar e usá-lo tranquilamente no metrô!
No Canadá isso não só é possível como também é bem comum. É só ir ao Starbucks da esquina para ver pelo menos 3 pessoas com seus laptops de última geração. No verão, não é preciso ir muito longe de casa para ver pessoas tomando banho de sol nos parques, com suas mochilas, celulares e carteiras no chão, sem problemas.
Mas a segurança não vem só de leis mais rigorosas ou da maior presença dos policiais. A segurança é um produto da cultura canadense como um todo. Ninguém pega o que não é seu, e todos respeitam o espaço alheio. Ninguém se atropela para pegar lugar no metrô, ninguém sai correndo para não pegar fila. Os serviços também são eficientes, e o canadense sabe que quando chega a sua vez é melhor fazer rapidamente o que se tem que fazer, para que a próxima pessoa não precise esperar muito na fila.
Essas características da cultura parecem não ser muito importantes, mas na verdade são essas pequenas coisas do dia a dia que acabam gerando uma sensação de bem-estar e felicidade.
As línguas
Nem sempre as pessoas que falam que não conseguiram se adaptar ao Canadá levam em consideração um fator crucial: a fluência na linguagem!
Imagine se um gringo fosse morar no Brasil. Ele provavelmente teria mais amigos e mais oportunidades se falasse português, certo? Quanto maior sua facilidade com o português, mais integrado à cultura e às pessoas ele poderia ser, certo?
Funciona exatamente da mesma forma aqui no Canadá. Quem não tem fluência no inglês (ou francês, para Québec), com certeza não vai se sentir tão inserido na cultura quanto poderia caso fosse mais fluente no idioma. É claro que nem todos os brasileiros nascem sabendo falar inglês, e muitas pessoas chegam no Canadá com pouco domínio da língua, e isso é normal. Mas praticar o idioma no dia a dia, fazer amizade com falantes do inglês e participar de grupos de conversação, dentre outras coisas, são atividades que todos nós podemos fazer para que a fluência no inglês venha em pouco tempo. E o melhor: essas atividades são todas gratuitas.
E as crianças?
Para quem imigra com a família, uma das grandes preocupações é com as crianças. Em particular, como elas irão se adaptar ao novo país, aos novos amiguinhos, ao novo idioma?
Para os pais preocupados, temos boa notícias!
Um estudo realizado na UNIFESP, em São Paulo, e publicado no início do ano passado, sugere que a aquisição de um novo idioma influencia positivamente as habilidades cognitivas das crianças. Basta realizarmos uma busca simples no Google Acadêmico para verificarmos que muitos outros estudos realizados ao redor do mundo também confirmam esse achado: crianças que são expostas a mais de uma linguagem desde cedo apresentam vantagens em termos de aprendizagem e também em tarefas como solução de problemas e pensamento lógico, em comparação a crianças que falam somente um idioma.
O inglês é a língua universal no mundo moderno. Quem participa de fóruns online, por exemplo, sabe que a língua mais falada é o inglês. Quem já viajou para outros países e não sabia falar a língua local provavelmente descobriu que podia também se comunicar em inglês. Quem foi para a faculdade sabe que a maioria dos artigos científicos de qualidade são escritos em inglês, e que o inglês é a língua mais escolhida para os abstracts, ou resumos, de trabalhos e artigos científicos. Quem já fez intercâmbio sabe que a grande maioria das universidades que aceitam estudantes estrangeiros são de língua inglesa.
Com todas essas considerações, não é difícil chegar à conclusão de que expor a criança a um segundo idioma, particularmente o inglês, só irá trazer benefícios. Além disso, crianças não têm o histórico de experiências de vida que nós adultos temos. Você já ouviu falar sobre como é fácil para as crianças aprenderem novos conceitos e novas línguas, em comparação aos adultos? Isso se deve ao fato de que cérebros jovens são extremamente plásticos, ou, em outras palavras, geralmente é mais fácil para as crianças aprenderem coisas novas e encararem novas experiências como apenas mais uma parte da vida do que é para nós, adultos, que muitas vezes somos acostumados com uma única maneira de fazer as coisas.
Quanto aos amiguinhos, a criança não necessariamente irá perder o contato com eles. Não podemos esquecer que os pequenos são muito mais antenados no mundo virtual do que nós, e as redes sociais são muito úteis para fortalecer as amizades também. As novas possibilidades que se abrem quando nos mudamos para um outro país são imensas, inclusive na questão das amizades.
Quanto à adaptação em geral e ao possível estresse da mudança, quem estudou um pouco de psicologia infantil sabe que as crianças baseiam o seu comportamento nos padrões que percebem de seus pais (ou dos adultos com quem têm mais contato). E crianças são atentas, também, então logo percebem quando algo de diferente está acontecendo. Assim, uma criança que simplesmente é levada para um avião sem saber o porquê provavelmente não irá gostar da ideia, mas isso será bem diferente no caso dos pais que explicam o que está acontecendo, falam sobre os motivos da mudança de uma forma que a criança entenda, oferecem uma ideia de como será o futuro, e, mais importante, agem de forma tranquila e alegre, encarando a nova aventura como um sonho que está se tornando realidade… essas crianças provavelmente irão encarar a nova experiência de uma maneira muito mais saudável e despreocupada.
Em suma, não existe nenhuma receita mágica para a adaptação à vida no Canadá. Nem para os adultos, nem para as crianças. O que existe é a possibilidade de fazermos o máximo para aproveitarmos essa experiência da forma mais enriquecedora possível, e isso significa sair da zona de conforto e experimentar coisas novas! Afinal, se não quiséssemos nada diferente, ficaríamos no Brasil mesmo, certo?
Para saber mais sobre imigrar com crianças, você pode ler artigos como este.
Quer saber mais sobre imigrar para o Canadá? Entre em contato conosco!
Empresas canadenses no setor de tecnologia estão enfrentando um verdadeiro impasse na contratação de talentos estrangeiros. Por conta disso, estão pressionando Ottawa para modificar algumas regras no setor de imigração para facilitar a contratação de mão de obra qualificada vinda de outros países.
Segundo esses empreendedores de empresas start-up, o sistema de Express Entry implementado pelo governo em 2015 se mostra muito rígido, e deixam esses empregadores esperando até seis meses para descobrir se poderão ou não trazer esse talento de fora para dentro do Canadá. Segundo Tobi Lutke, CEO do software Shopify Inc., “isso nos traz grande desvantagem quando buscamos recrutar trabalhadores estrangeiros”.
Sob as mudanças políticas decretadas pelos Conservadores, empregadores devem agora validar uma oferta de trabalho por meio da aprovação feita pelo governo do “Labour Market Impact Assessment” (LMIA), mostrando que não conseguiram encontrar canadenses para o trabalho. Enquanto isso auxilia combater aqueles que abusam de trabalhadores temporários no país, acaba por prejudicar empresas de tecnologia que estão crescendo rapidamente, pois muitas das vezes em que submetem uma aplicação para o governo acabam recebendo respostas negativas de Ottawa, dizendo que deveriam contratar canadenses.
“É uma abordagem equivocada”, diz Sarah Anson-Cartwright, diretora de políticas imigratórias na Câmara de Comércio Canadense.
O ministro de imigração John McCallum não estava disponível para conferir comentários. Porém, um porta-voz do departamento disse que o governo planeja rever a plataforma do Express Entry para “verificar se poderá ser melhorada para imigrantes em potencial como executivos estrangeiros de alto nível. Essa revisão irá abranger, entre outras coisas, o requerimento do LMIA”.
As empresas de start-up dizem que as regras não apenas causam atrasos, mas também possuem a uma falta de transparência e consistência, impondo burocracia desnecessária. Em muitos casos, recrutas acabam por aceitar outras ofertas de emprego ao invés de esperar. No caso de estudantes internacionais esperando por suas ofertas de trabalho, muitos acabam tendo de deixar o país quando seu visto vence.
Seis de dez empregadores entrevistados pelo CERC (Canadian Employee Relocation Council) no ano passado, disseram que as mudanças imigratórias acabaram impedindo suas estratégias de planejamento e recrutamento. Um a cada seis optou por criar os empregos no país de origem daqueles que gostariam de contratar para trabalhar no Canadá.
Na semana passada a empresa de software Figure 1, que permite que médicos compartilhem fotos entre si, tiveram de deixar passar a oportunidade de contratar um “ótimo candidato” vindo da Europa, “devido ao fato de terem de passar por esse processo longo de LMIA”, disse o CEO da empresa, Greg Levey. “Esse indivíduo poderia ter liderado toda nossa iniciativa aqui. Mas já passamos por isso antes”.
Em uma instância anterior, Figure 1 tentou contratar uma americana com muita experiência em desenvolvimento de business, porém em Novembro de 2014 o governo negou a aplicação por não aparentar haver escassez nessa profissão. A companhia acabou por contratá-la mesmo assim, mas em Nova Iorque. Agora ela dirige o escritório dos Estados Unidos, que cresceu muito nos últimos tempos, contando hoje com 35 empregados e com a perspectiva de contratar mais 12 pessoas até o fim do ano. “Esse não era nosso plano”, disse Mr. Levey, “porém esse foi o resultado na rejeição da aplicação que recebemos do governo canadense”. “Se temos os melhores profissionais do mundo querendo vir para o Canadá, por que estamos impedindo isso?”
A plataforma do Express Entry foi trazida após o problema de trabalhadores temporários ter virado uma “batata quente” em 2013 nas mãos do governo dos Conservadores. Empregadores estavam sendo acusados de abusar do sistema ao contratar mão de obra estrangeira, pagando a esses trabalhadores um salário inferior ao que pagavam aos canadenses.
Porém, “o governo acabou fazendo escolhas que sacrificam a eficácia da plataforma”, disse a câmara de comércio em um relatório emitido em janeiro.
Defensores do setor de tecnologia esperam que o governo - que tem prometido uma "agenda de inovação" - irá abordar suas preocupações. "Eu realmente espero que haja mais diálogo com o governo [este ano] em torno dessa agenda, e também que seja abrangido o talento estrangeiro e a imigração", disse Iain Klugman, CEO da agência de apoio à indústria de tecnologia Communitech, em Waterloo, Ontário.
Stephen Cryne, CEO da CERC, disse que o governo poderia abordar muitas preocupações com mudanças simples, não legislativas, incluindo a criação de um programa de empregador confiável para permitir que os empregadores acelerem aplicações e deixem de lado a necessidade de LMIAs. Isso "iria melhorar as coisas de forma significativa para os negócios", disse Stephen.
"Estamos desapontados que não houve destinação de recursos [no orçamento] para melhorar os programas económico-migratórios do Canadá, ou desenvolver programas que atraem trabalhadores altamente qualificados", disse Cryne.
McCallum disse recentemente que o Canadá planeja aceitar 300.000 imigrantes em 2016 - um aumento de 7 por cento se comparado a 2015 – porém aceitará apenas 160.600 imigrantes econômicos, comparado aos 181.300 do ano passado.
Fonte de pesquisa: www.theglobeandmail.com
Você já tomou a decisão de imigrar para o Canadá. Agora o passo seguinte é cuidar para que tudo corra da melhor maneira possível, certo?
Mas… por onde começar?
Quer você pretenda imigrar sozinho ou imigrar com a família, aqui vão 7 dicas essenciais para o seu planejamento e também para o sucesso da sua aplicação!
1) Avalie o seu perfil
Quem já começou a pesquisar sobre imigração para o Canadá sabe que as opções são muitas! Existem muitos programas diferentes que podem ser melhores ou piores para cada pessoa, dependendo de cada perfil.
O perfil do candidato é composto por vários fatores, como a idade, o nível educacional e a experiência de trabalho. Fatores como se o candidato pretende imigrar com a família ou não, se possui familiares no Canadá e se já teve ou não um visto negado também são informações úteis para o estabelecimento do perfil.
Todas essas questões podem influenciar positivamente ou negativamente as suas chances de imigrar para o Canadá, mas podemos dizer com segurança que, salvo em ocasiões muito raras (caso você tenha cometido um crime, por exemplo), todo mundo tem chances de imigrar para o Canadá. Só é preciso se adequar aos programas de imigração. E, caso você não se encaixe em nenhum programa de imigração no momento (por motivos como não falar o idioma ou não ter experiência de trabalho suficiente), isso não significa que você não poderá se encaixar em algum programa no futuro. Portanto, avaliar o perfil é um passo fundamental para determinar se você se encaixaria em algum dos programas de imigração existentes, e também para determinar quais são os pontos fracos que podem ser melhorados ao longo dos meses para que você seja um candidato forte no futuro.
A Immi pode te ajudar com isso! Na consulta de imigração um dos nossos consultores especializados em imigração para o Canadá poderá verificar o seu perfil e identificar qual programa de imigração teria maiores chances de sucesso para o seu caso!
2) Procure saber mais sobre a cultura canadense
Falamos um pouco sobre adaptação em um dos nossos últimos textos, e enfatizamos sempre que essa é uma palavra-chave para o seu sucesso no Canadá.
Embora a cultura canadense possa ser parecida com a brasileira em certos aspectos, existem diferenças que podem ser muito importantes, principalmente para os recém-chegados, e podem influenciar vários aspectos, desde fazer novos amigos até conseguir um emprego.
Pesquise o máximo que você puder, em sites, revistas e redes sociais, sobre a cultura e sobre o que esperar dos canadenses. Existem também alguns fóruns online em que você pode fazer amizades com pessoas do mundo inteiro, e essa é uma boa maneira de descobrir mais a fundo algumas peculiaridades da cultura canadense e norte-americana em geral.
Um heads up: os canadenses não são tão calorosos como os brasileiros, no sentido de que não costumam abraçar e beijar pessoas que acabaram de conhecer. No entanto, eles são bem amigáveis e calorosos em seu próprio estilo, e basta poucas horas na companhia deles para perceber que, em geral, são uma companhia muito agradável.
3) Escolha uma província ou uma cidade em que você gostaria de morar
Vancouver, Toronto, Victoria, Calgary, Winnipeg, Montréal, Edmonton, Mississauga… As opções são muitas! Para quem nunca pensou em conhecer mais a fundo esses lugares, vai aqui uma dica muito importante: pesquise. Pesquise muito!
Quando ainda estamos no Brasil, num primeiro momento achamos que qualquer cidade está valendo, que todas são igualmente atraentes. No entanto, quando chegamos no Canadá começamos a perceber que na verdade existem cidades que podem funcionar melhor para o nosso perfil, seja ele qual for.
Um primeiro passo para começar a pesquisar sobre províncias e cidades seria pensar em termos de clima. Parece uma coisa tão sem importância, isso de pensar sobre o clima, afinal todo mundo sabe que o Canadá é super gelado, né? Na verdade não é não! Vancouver, por exemplo, não costuma passar mais do que 6 graus abaixo de zero no inverno, e praticamente não tem neve. Quem vem do sul do Brasil não vê tanta diferença em termos de clima. Os verões também não são tão quentes, e a proximidade do mar e das montanhas faz com que British Columbia seja um paraíso para quem é outdoorsy. Já para quem realmente gosta de neve, Toronto pode ser uma boa ideia… Isto é, se você não se importar com os mosquitos e o calor intenso dos verões por lá. Além do mais, Toronto fica perto de algumas das principais cidades dos EUA, e fica mais perto do Brasil também. Calgary provavelmente seria uma escolha tranquila para quem gosta de uma cidade menor e com gosto de stampede.
Além do clima e das peculiaridades de cada cidade, é uma boa pesquisar sobre os empregos disponíveis nas cidades em que você tem interesse, para ver se você poderia facilmente encontrar alguma coisa na sua área. Como exemplo, Vancouver é um ótimo polo para TI, e Toronto é um ótimo polo financeiro. Lembrando que a regra é que quanto maior a cidade, mais opções de empregos você poderá encontrar.
4) Pesquise o máximo que você puder sobre os programas de imigração
Express Entry, Provincial Nominees, Sponsorhips, Caregiver, Self-employed… Os programas de imigração para o Canadá são muitos!
Cada programa tem a sua própria lista de exigências, e é aqui que aquela autoavaliação que você fez na dica 1, em que você começou a definir o seu perfil, pode vir a calhar! Você teria pontos suficientes para tentar o pool do Express Entry? Você teria boas chances de ser bem-sucedido no programa Self-employed? Todas essas dúvidas e mais algumas podem ser respondidas através de uma pesquisa minuciosa sobre os vários programas de imigração.
Dito isso, existem mais de 50 programas de imigração diferentes!
Quer saber mais sobre isso? Fale conosco!
5) Comece a reunir a documentação
Embora existam muitos e muitos programas diferentes, e embora seja verdade que cada um deles irá exigir documentos ligeriramente diferentes, existem documentos que inevitavelmente serão os mesmos, independentemente do processo escolhido.
São documentos como certidão de nascimento, casamento, certidão de nascimento dos filhos, histórico escolar e diploma do aplicante principal, histórico escolar dos filhos (se a ideia for matriculá-los em uma escola no Canadá quando chegar), contratos de trabalho, holerites, documentos de imposto de renda… Todos esses documentos são comuns, e adiantar a organização deles pode economizar tempo no futuro, quando for a hora de reunir documentos específicos do programa de imigração escolhido, porque aí você já estará com toda a base da documentação pronta.
Além disso, aqui é uma bora hora para começar a pesquisar preços de tradução juramentada. Seus documentos precisarão estar todos traduzidos para o inglês ou o francês para que você possa iniciar a sua aplicação, e o ideal é fazer a tradução logo antes de aplicar, mas você já pode ir pesquisando os preços para inseri-los no seu orçamento. Cada estado possui a sua Junta Comercial, que estabelece preços padrão para traduções juramentadas. No entanto, cada tradutor também conta com um pouco de liberdade para fazer os seus próprios valores.
6) Continue treinando o inglês (ou francês!)
O idioma é essencial não só para contar pontos para os programas de imigração, mas para que você possa se adaptar ao seu novo país da melhor maneira possível!
Se você ainda não tem fluência no inglês (ou francês, lembrando que o francês é mais usado em Québec), essa é uma boa oportunidade para praticar mais, seja por meio de conversação, de escolas de idiomas, ou mesmo assistindo a filmes ou lendo livros em inglês. Quanto mais você estiver imerso no idioma, mais fluência terá.
O idioma não é apenas um meio de comunicação, ele é também um meio de apreender a cultura e a identidade do novo país e das pessoas que moram nele. Existem características da cultura canadense (assim como de qualquer outro país) que não podem ser traduzidas: só é possível compreender e participar delas através da fluência no idioma. Não é preciso lembrar que isso (fluência no idioma e inserção na cultura) também será essencial mais tarde, na hora de conseguir um emprego.
7) Converse com um consultor de imigração
A tarefa de imigrar parece mesmo hercúlea. E temos que concordar: realmente não é nada fácil. Afinal, estamos falando de uma grande mudança, de colocar a vida de cabeça para baixo por um tempo, para depois conseguirmos seguir o nosso caminho da maneira como sempre desejamos.
É nesse momento que ter um profissional por perto pode ser uma boa ideia!
Os consultores de imigração da Immi Canada possuem anos de experiência trabalhando com centenas de clientes que desejam realizar o sonho de imigrar para o Canadá. Com todo o conhecimento teórico e prático que possuem, eles podem avaliar o seu perfil e sugerir programas de imigração que correspondam às suas habilidades e às suas expectativas, sempre tendo em vista o que é necessário para ter sucesso: determinação e foco!
Quer saber mais sobre a consultoria de imigração? Entre em contato conosco! Nós também queremos conhecer você e fazer parte do seu projeto!
Muitos dos nossos clientes nos perguntam como fazer para imigrar para o Canadá com a família. Existem muitas informações a respeito de como fazer para imigrar sozinho, quais são os benefícios e os desafios, mas nem sempre fica claro como funciona o passo a passo para quem deseja imigrar com a família.
Hoje vamos falar um pouco sobre como funciona essa categoria específica de imigração!
Em primeiro lugar, o que é uma família?
Bem, essa pergunta parece meio sem sentido, afinal todo mundo sabe o que é uma família, certo?
Acontece que, para fins de imigração, somente os dependentes diretos do aplicante principal são considerados. Isto é, se desejam aplicar juntos para um mesmo processo. Depois disso, quando já estiverem morando no Canadá, aí sim podem ajudar outros membros da família a imigrar através de programas de sponsorship.
Recapitulando: para um mesmo processo, somente serão considerados familiares os dependentes diretos do aplicante principal, ou seja, cônjuge e filhos.
aplicante principal é quem puxa as rédeas do processo de imigração, e geralmente isso é definido levando em consideração as qualificações da pessoa e o que é exigido pelos programas de imigração.
Outras configurações de família
É interessante levantar algumas peculiaridades dessa definição. Por exemplo, o cenário mais fácil em termos de imigração seria que o casal seja realmente casado e ambos possuam a guarda dos filhos. Mas existem tantas configurações familiares que, na prática, nem sempre é isso que acontece.
Assim, o que acontece quando, por exemplo, o casal não é casado? Ou o que acontece quando os pais são divorciados e ambos têm a guarda dos filhos, mas um não quer imigrar? E o que acontece quando existe um filho de um relacionamento anterior?
Existem vários cenários possíveis. Vamos falar um pouco sobre cada um deles.
Quando o casal não é casado, existem duas alternativas: uma delas, como você já deve ter imaginado, é casar. Não existe um tempo mínimo necessário que o casamento precise ter antes de ser possível aplicar para um processo de imigração. A outra opção é comprovar união estável, e isso se faz não somente com a certidão de união estável, que na verdade tem pouco valor para a imigração canadense, mas com documentos que comprovem que vocês estão juntos há pelo menos 12 meses. Esses documentos podem ser extratos de contas conjuntas, contas de casa que vêm no nome dos dois, ou, caso tenham casa própria, um comprovante (se possível) de que o imóvel está no nome dos dois. Em suma, documentos que comprovem que vocês são uma família.
Quando os pais são divorciados e ambos possuem a guarda dos filhos mas um dos pais não deseja imigrar, a solução é, em primeiro lugar, conversar sobre as opções e chegar a um acordo sobre o que fazer. Caso decidam que o filho deve ir junto com um dos pais para o Canadá, o pai que fica deve assinar um documento permitindo que o filho imigre para o Canadá com o outro pai.
Funciona da mesma forma quando existem filhos de relacionamentos anteriores, mesmo que os pais estejam casados novamente. Contanto que haja autorização expressa de ambos os guardiães legais da criança, ela poderá ir junto para o Canadá.
Para filhos adotivos funciona da mesma maneira que para os filhos biológicos.
Programas de imigração: o que muda?
Para os programas de imigração, realmente não existe muito segredo. Basicamente, todos os programas para os quais que você poderia aplicar sozinho também estão abertos para a aplicação de famílias, pois na verdade sempre existe uma pessoa que será o aplicante principal. Lembramos aqui que o “aplicante principal” é a pessoa cujas qualificações se encaixam melhor para um programa de imigração.
Mesmo assim existem duas questões principais que podem funcionar de maneira diferente quando se trata da aplicação de uma família: a comprovação financeira e a pontuação.
Comprovação financeira
Em vez de uma pessoa estão vindo duas, três ou quatro. Ou cinco. Então o valor mensal a ser gasto com aluguel, alimentação e produtos do dia a dia também será maior. É com esse raciocínio que o governo canadense estabelece os valores mínimos a serem comprovados na hora de aplicar para um programa de imigração, seja sozinho ou com a família.
De acordo com o site oficial da imigração canadense, a respeito da comprovação financeira para o Express Entry, o aplicante principal deve demonstrar que possui os meios para sustentar a família após a chegada no Canadá, mesmo que a família não pretenda viajar junto com ele. Os valores a serem comprovados variam de acordo com o número de membros da família. No entanto, não será preciso comprovar essas quantias caso o aplicante possua uma oferta de trabalho no Canadá, ou caso já esteja no Canadá, trabalhando ou com permissão de trabalho (work permit) válida.
Pontuação para o Express Entry
Para o Express Entry, a pontuação é computada de forma diferente para famílias (lembrando que aqui só contam os pontos do aplicante principal e do cônjuge, já que os filhos são classificados como dependentes).
filhos maiores de 19 anos de idade não podem imigrar junto com os pais como dependentes
É importante saber que a pontuação máxima que o candidato pode alcançar é a mesma, independentemente de ser casado ou não. A única coisa que muda é a maneira como esses pontos são distribuídos. Por exemplo, se você aplica sozinho, você é responsável, digamos assim, por todos os seus pontos, mas se você aplica com o cônjuge, os pontos serão divididos entre vocês dois, sendo que o aplicante principal sempre será responsável pelo maior número de pontos.
Assim, para o Express Entry, existem diferentes categorias nas quais o candidato pode somar pontos. Uma delas é a categoria de skills & experience (habilidades & experiência), que conta fatores como idade, educação, proficiência em inglês ou francês e experiência de trabalho canadense. Essa categoria é responsável por computar um total de 500 pontos que farão parte da pontuação final do candidato, e esses 500 pontos são a soma total dos pontos conseguidos nas sub-categorias (idade, etc.). Então não importa se você está aplicando sozinho ou com o cônjuge, o total máximo será sempre 500 pontos.
O que muda? Quando você aplica sozinho, as suas habilidades e a sua experiência contam no máximo 500 pontos. Quando você aplica com o cônjuge, as suas habilidades e experiência contam 460 pontos, mas as habilidades e experiência do cônjuge contam os 40 pontos restantes, totalizando 500.
Adaptação
Um fator muito importante a ser levado em consideração quando se pretende imigrar para o Canadá com a família é a questão da adaptação!
fique atento ao nosso blog: pretendemos publicar logo logo um texto inteiro focado na questão da adaptação ao Canadá, principalmente para famílias com filhos!
É verdade que, independentemente de vir sozinho ou com a família, será preciso se adaptar a uma nova cultura e a novos locais de trabalho e lazer. Será preciso fazer novos amigos e novos contatos profissionais, praticar o idioma, etc. Mas também é verdade que quando se tem uma família as prioridades são diferentes.
Por exemplo, quem tem uma família com filhos provavelmente não estará disposto a dividir uma casa com um roommate desconhecido, como é bem comum no caso de solteiros. Quem tem crianças pequenas irá precisar levar em conta os custos do daycare, e quem tem crianças maiores irá precisar se informar sobre como funciona para fazer a matrícula em uma escola pública, além de precisar se familiarizar com o sistema de ensino canadense, que pode ser bem diferente do brasileiro. Quem tem filhos adolescentes (principalmente a partir de 16 anos de idade) precisa se informar a respeito de assuntos como carteira de motorista, aplicação para universidades, estágios e trabalho. Gastos extras, como passagens de ônibus para os filhos, por exemplo, também precisam ser considerados.
Quando fazemos as contas, o que se gasta no Canadá com uma família é parecido, de certa forma, com o que se gasta no Brasil, pois no Brasil ainda é preciso arcar com as despesas de escolas particulares (que são preferidas por cada vez mais famílias) e planos de saúde. Não esqueça que trabalhando no Canadá você irá ganhar em dólar, então o ideal é não depender muito da conversão que geralmente fazemos entre dólar e real. Essa conversão às vezes assusta, e é normal, mas, uma vez aqui no Canadá e trabalhando, um casal consegue tranquilamente arcar com as despesas de uma família.
Quer saber mais sobre imigrar com a família? Entre em contato conosco!
Saber um pouquinho mais nunca é demais! Às vezes informações simples (ou a falta delas) podem mudar o curso de uma experiência no novo local que se pretende explorar. Essa regra vale diante de diferentes situações, desde quando precisamos comprar algo que não temos ideia onde encontrar ou no desespero quando se sabe que perdeu o show da banda favorita que se apresentou enquanto você estava na cidade.
Antes mesmo de chegar em Toronto eu já havia prestado atenção em dicas de blogs como este, que me ajudaram muito. Por isso, compartilho algumas delas que podem colaborar com aqueles que estão de malas prontas ou que já desembarcaram. Ah! E não importa se o roteiro vai durar uma semana, um mês, um ano ou uma vida inteira... leia até o final que vai valer a pena:
O mundo cabe aqui, até o Brasil
Koreatown, Chinatown, Greektown e por aí. Ser multicultural e está entre as cidades que mais possuem imigrantes no mundo é uma característica famosa de Toronto. Por isso, é necessário aproveitar a oportunidade de conhecer mais sobre as culturas nestes bairros que preservam hábitos e há produtos das terras de origem de seus moradores.
Mas se ficar com saudades de casa se tranquilize pois tem pelo menos umas quatro churrascarias e outros restaurantes com cardápio brasileiro. O engraçado é que não necessariamente os donos dos comércios são da nossa terrinha, mas se pesquisar direito sempre há por trás uma história que se conecta com o Brasil.
Vale lembrar que a área de maior concentração de estabelecimentos com o atendimento de brasileiros está na Little Portugal e Little Italy, principalmente na região da Dundas e Dufferin Street. Portanto, caminhando nesta direção é possível cortar o cabelo ou comer uma feijoada com a hospitalidade da nossa terra, além fazer alguns amigos portugueses e italianos.
Help
Se você ligar para o número “311” vai encontrar informações a respeito de serviços e programações da cidade. Este canal que tem o objetivo de ajudar os residentes e visitantes, está disponível em mais de 170 idiomas. Este é um recurso de ajuda 24 horas por dia, durante 7 dias da semana.
Desta forma, quem tem dificuldade em falar inglês, por exemplo, pode ser ajudado em língua portuguesa e saber desde os horários de funcionamento das bibliotecas públicas, até dúvidas sobre o transporte público ou o sistema de água. Na internet o site oficial para esclarecer essas questões é o www.toronto.ca.
Boas maneiras
Não existe placa de sinalização e não está divulgado nas páginas de jornais locais, mas antes de você aprender a regrinha da escada rolante por mal, com alguém olhando de cara feia, aprenda por bem. Ao se locomover pelas escadas rolantes, se está num dia tranquilo e sem nenhuma pressa, fique parado do lado direito.
Entendeu a primeira parte? Muito bem! Agora nos dias em que estiver atrasado para um compromisso e não quer perder nenhum segundo, opte pelo lado esquerdo. Mas nesta ocasião vai subindo os degraus, não pare. Esse sistema funciona bem até o momento que alguém resolve não obedecer esse “código”... mas se leu até aqui com certeza não será você essa pessoa.
Direito de ir e vir
Se a sua estadia na cidade é de um mês, ou mais, compre o Metropass. O simpático cartãozinho que mensalmente muda de visual e vale do primeiro ao último dia do mês, é para muitos (inclusive eu!) o passaporte da alegria. Com ele, 24 horas por dia, você pode entrar e sair do metrô, ônibus e streetcar percorrendo toda a cidade de Toronto.
E colecionar Metropass não é perda de tempo ou atividade recreativa, pois quem precisar declarar as taxas aqui no Canadá (o imposto de renda local) deve incluir esses valores gastos com transporte nos dados de restituição. Para saber os preços atualizados, inclusive os descontos especiais para estudantes e idosos, basta acessar este site www.ttc.ca.
Por Mônica Candido
Vamos falar a verdade: ninguém gostaria de receber a notícia de que teve o visto negado, certo? São tantos meses de planejamento, tantos documentos organizados, às vezes até mesmo traduzidos, tantos sonhos que de repente parece que evaporam diante dos nossos olhos.
Infelizmente esse é um risco que todos nós corremos.
Isso porque quem tem o poder de decisão sobre aceitar ou não a aplicação do visto é o Governo do Canadá, então o que nós podemos fazer, tanto como consultores quanto como aplicantes, é fazer todo o possível para que a aplicação tenha as maiores chances de sucesso logo da primeira vez.
Quando acontece de um visto ser negado, existem sim algumas providências que podemos tomar para aumentar as chances em uma próxima aplicação. Confira!
A carta de recusa
Em primeiro lugar, a imigração canadense irá enviar a você uma carta de recusa. Essa carta pode ser em papel, caso você tenha realizado a sua aplicação através do VAC (visa application centre, no país de origem), ou eletrônica, caso você tenha realizado a sua aplicação online, através do site da imigração canadense.
A carta de recusa segue um formato padrão para vistos de turismo, estudo e trabalho, e você pode verificar o formato geral de como ela é apresentada acessando o nosso texto anterior sobre visto negado.
No cabeçalho da carta sempre irá constar o nome do aplicante e o endereço, um código chamado de UCI e o número da aplicação (application no.). Essas informações são importantes, e vamos retornar a elas ao longo do texto.
UCI é o número de identificação do aplicante junto ao departamento de imigração canadense. Cada pessoa tem um número próprio, mesmo que esteja aplicando junto com outra pessoa (como é o caso de um casal em que um aplica para visto de estudo e o outro para visto de trabalho, por exemplo). O UCI da pessoa sempre será o mesmo, mesmo que a pessoa opte por realizar outros processos imigratórios no futuro. O UCI geralmente possui 8 dígitos.
Já o número da aplicação é relativo àquela aplicação em particular, não podendo ser repetido. Ele geralmente possui 9 números e 1 letra, sendo que a letra pode ser V, para visto de turismo (visitor), S, para visto de estudante (study) ou W, para visto de trabalho (work).
Na segunda (e às vezes terceira) página da carta de recusa você poderá encontrar alguns campos marcados com X, sinalizando algumas razões pelas quais o visto foi negado. Ali, você poderá encontrar frases como, por exemplo, “You have not satisfied me that you would leave Canada at the end of your stay” (Você não apresentou provas suficientes de que irá sair do Canadá após o período de estadia), e ali o oficial da imigração poderá marcar alguns itens que considerou falhos, por exemplo, itens como “travel history” (histórico de viagens), “purpose of visit” (motivo da viagem), ou “current employment situation” (situação empregatícia atual).
No entanto, essas razões delineadas são bastante vagas, já que nessa carta não é indicado nenhum tipo de detalhe quando ao que especificamente não foi satisfatório sobre cada um desses itens. Dessa forma, a reaplicação do visto pode ser delicada, já que não sabemos especificamente as razões pelo visto ter sido negado da primeira vez, não podendo, assim, ter certeza sobre a possibilidade de fortalecer a aplicação numa segunda vez.
Então o que fazer se o visto for negado?
Existe sim um caminho seguro para percorrer antes da reaplicação do visto, para aumentar as chances de que o visto seja aprovado da próxima vez!
Esse caminho, embora mais seguro e esclarecedor, não é obrigatório, então na verdade fica a critério de cada cliente percorrê-lo ou não.
Estamos falando da solicitação do ATIP. ATIP é a sigla em inglês para Access to Information Act, e basicamente é uma lei que define que todo e qualquer cliente tem acesso a todos os dados a respeito de sua própria aplicação. Por serem documentos muito extensos, mantidos arquivados pela imigração canadense, e que contêm todos os detalhes da aplicação de cada candidato, simplesmente não é viável enviar essa documentação como um padrão para todo mundo, e por isso é preciso solicitá-la. O custo é significativamente mais barato do que o custo da solicitação de um visto.
Como falamos anteriormente, pedir o ATIP não é um passo obrigatório. No entanto, nós recomendamos fortemente que seja solicitado, pois somente com o ATIP em mãos poderemos saber o real motivo de o visto ter sido negado. Os documentos mais importantes que serão liberados são as anotações feitas pelo oficial da imigração que analisou o caso, e essas anotações fornecem dicas essenciais sobre os pontos que devem ser fortalecidos numa próxima aplicação.
O ATIP pode ser solicitado pelo próprio aplicante, através do site da imigração canadense, ou então pode ser solicitado por outra pessoa, como um consultor de imigração, desde que com a assinatura do aplicante consentindo que essas informações sejam liberadas para a pessoa designada. Para solicitar o ATIP será preciso informar o nome completo da pessoa, o número do UCI e o número da aplicação (aquele que começa com V, S ou W). Com essas informações o oficial da imigração conseguirá localizar o documento para em seguida poder liberá-lo para o aplicante.
Quanto ao prazo, a imigração estima aproximadamente 40 dias para emitir uma resposta, porém já vimos casos em que a solicitação demorou cerca de 55 dias para ser respondida. Isso não é motivo para preocupação, pois os prazos que a imigração passa são todos estimativas, e todos irão depender da quantidade de processos que os oficiais têm para analisar em um determinado momento. Mesmo assim, caso demore muito mais que o prazo estimado, é possível enviar um e-mail para a imigração pedindo atenção ao caso. O e-mail deve conter o nome do aplicante, o número do UCI e o da aplicação, e a data de nascimento da pessoa.
Caso o candidato esteja aplicando com familiares (cônjuge e/ou filhos), só será necessário informar os dados do cônjuge, que é maior de idade, e esse mesmo cônjuge deverá assinar um documento dando o seu consentimento para que seus dados sejam liberados. Os filhos são automaticamente considerados dependentes, desde que tenham menos de 19 anos de idade. Filhos com mais de 19 anos de idade não podem aplicar junto com os pais, pois seria preciso realizar uma aplicação à parte.
Recebi o meu ATIP. E agora?
A imigração liberou para você as informações sobre o seu caso. Por e-mail, você deve receber 2 ou 3 (às vezes 4) anexos. Um deles será um documento grande, em que irão constar todas as informações a respeito da aplicação realizada, com nomes, códigos, datas, detalhes de documentação apresentada.
Agora, é importante prestar atenção especial às anotações do oficial de imigração. Elas geralmente estão contidas nos arquivos mais leves, e é através delas que podemos realmente compreender o motivo de o visto ter sido negado. Alguns exemplos que já vimos:
Aplicante declara desejar estudar com a esposa e dois filhos menores, no entanto não apresenta provas de que possui fundos suficientes para a estadia.
Ou então:
Aplicante deseja estudar por período determinado, no entanto não apresenta vínculos suficientes com o país de origem. Não estou satisfeito de que ele irá retornar após o período de estudos.
Com essas informações, podemos fortalecer uma próxima aplicação, apresentando documentos extras que possam enriquecer o processo, como por exemplo cartas de custeio ou contratos de trabalho.
A reaplicação nada mais é do que uma nova aplicação, e não é vinculada com a primeira. Todas as mesmas exigências deverão ser respeitadas, e todos os mesmos documentos (e mais alguns, fortalecendo a aplicação) deverão ser submetidos. Além disso, será preciso pagar novamente as taxas exigidas pela imigração, e será preciso esperar o tempo necessário para o processamento.
É importante notar que não existe nenhum limite quanto ao número de reaplicações que é possível fazer. Também não existe um prazo limite para se solicitar o ATIP.
Você teve seu visto negado? Podemos ajudar! Entre em contato conosco! Nossos consultores de imigração podem avaliar a sua aplicação e aumentar as suas chances de sucesso!
Assim como ocorre com todas as profissões regulamentadas no Canadá, cada província possui uma série de requisitos que devem ser atendidos para que o profissional possa se qualificar para obter a licença. Nosso objetivo com essa nova série é informar alguns desses requisitos, para oferecer uma ideia geral sobre como se dá a prática profissional.
A Immi Canada aconselha você a buscar as informações completas a respeito do processo de registro na província onde pretende atuar diretamente com o órgão regulador, através dos links que sempre oferecemos ao final do post!
Na primeira série que fizemos sobre as profissões regulamentadas no Canadá, falamos sobre optometria. Hoje vamos fornecer maiores detalhes sobre essa profissão, como é praticada no Canadá e também como realizar o registro para poder atuar, de acordo com as regras da província onde você pretende trabalhar. Nessa série, estamos abordando 4 províncias principais: Colúmbia Britânica, Alberta, Ontário e Manitoba.
A Canadian Optometric Regulatory Authorities é a organização nacional que compreende os órgãos regulatórios provinciais para a profissão de Optometria.
De acordo com a Canadian Association of Optometrists, um profissional optometrista deve completar um mínimo de três anos de educação universitária, além de quatro ou cinco anos de um programa educacional reconhecido pelo Council on Optometric Education. Para que o profissional seja competitivo no mercado de trabalho, muitos preferem realizar um ano de residência e treinamento após completarem o seu período de educação.
No Canadá, existem 2 escolas reconhecidas de optometria, que são a Universidade de Waterloo e a Universidade de Montréal.
No caso de profissionais que receberam sua educação e treinamento fora do Canadá ou dos Estados Unidos, independentemente da província onde pretendem atuar, o primeiro passo será obter a avaliação das credenciais através da FORAC, ou Federation of Optometric Regulatory Authorities of Canada. A FORAC oferece também uma série detalhada de passos para aplicantes internacionais, composta por 8 passos. São eles:
Colúmbia Britânica
O College of Optometrists of British Columbia é o órgão regulador para a profissão de optometria nessa província.
Para realizar o registro nessa província, o candidato deve obedecer a uma série de passos, que incluem preencher e enviar um formulário de aplicação, juntamente com documentos comprobatórios referentes à educação e à experiência profissional. Também será necessário participar de uma sessão de orientação, obrigatória nessa província, e ser aprovado no exame de jurisprudência.Também existem taxas a serem pagas, referentes a provas e à aplicação em si, o que é bastante comum quando falamos de profissões regulamentadas.
No caso de profissionais treinados fora do Canadá, será necessário realizar um bridging program, um programa de estudos destinado a familiarizar os profissionais estrangeiros com a profissão como é praticada no Canadá. Esse bridging program é oferecido pela Universidade de Waterloo.
Após a conclusão desse programa de estudos, é possível dar continuidade ao processo de certificação junto ao órgão provincial. O primeiro passo para isso é completar o formulário de registro, que deve ter reconhecimento em cartório. Uma taxa no valor de $475 CAD deve ser paga também nesse momento, referente à aplicação. Juntamente com o formulário, também severão ser enviados alguns documentos:
Em seguida ao envio dessa documentação, a mesma será avaliada, e, se estiver tudo em ordem e se a documentação comprovar que o candidato de fato obedece aos requisitos provinciais, o candidato deverá se inscrever para a realização do exame de jurisprudência e da sessão de orientação, ambos fornecidos pelo College. A taxa para essa etapa é de $200 CAD.
Por fim, será necessário pagar as taxas referentes à aplicação, que podem ser encontradas aqui.
Caso o aplicante não seja aprovado em alguma dessas etapas, o College irá fornecer um motivo, e indicar, em uma carta, quais são os próximos passos possíveis, e eventuais áreas para as quais o candidato deve buscar melhorias.
Alberta
O Alberta College of Optometrists é o órgão regulador para a profissão nessa província.
O processo de registro em Alberta pode ser resumido em dois itens:
Porém, no caso de aplicantes internacionais, profissionais que não obtiveram sua educação no Canadá nem nos Estados Unidos, será necessário, como já imaginamos, seguir uma série de passos extras e fornecer uma série de outros documentos. Esses passos e documentos são:
Ontário
O College of Optometrists of Ontario é o órgão regulador para essa província, e oferece em seu site uma página especialmente dedicada ao processo de aplicação para candidatos internacionais.
Lá também é possível encontrar um flowchart ilustrando todos os passos para o registro e obtenção de licença para a prática profissional.
Em primeiro lugar, é preciso completar uma prova de proficiência na língua inglesa, respeitando as notas mínimas exigidas pela FORAC. Em seguida, é necessário completar a avaliação de credenciais oferecida pelo WES, para que enfim seja possível completar o pré-registro junto à FORAC.
Em seguida, a FORAC informa o órgão provincial de Ontário a respeito do resultado da avaliação do candidato. O órgão provincial, por sua vez, irá tomar uma decisão quanto aos próximos passos do candidato.
A primeira decisão possível diz respeito a recomendar que o candidato complete a prova de avaliação junto ao Touchstone Institute. A segunda e a terceira decisões possíveis dizem respeito a cursar um programa completo em optometria, seja em caráter avançado ou não, e, assim que o aplicante fornecer o diploma de conclusão desse curso, pode receber o aval para realizar a prova de avaliação junto ao Touchstone Institute.
Sendo aprovado no exame, o candidato poderá, dependendo de seu resultado, realizar o exame entry-to-practice (CACO), ou então realizar bridging programs que são oferecidos pela Universidade de Waterloo.
Sendo aprovado no exame entry-to-practice, o candidato poderá completar um processo de orientação referente à prática profissional.
Por fim, será possível obter a licença para a atuação na província de Ontário, desde que o aplicante tenha obedecido a todos os requerimentos para o registro, incluindo o pagamento da taxa designada.
A respeito da experiência de trabalho que os aplicantes devem comprovar, é preciso, em primeiro lugar, possuir uma educação referente a quatro anos universitários correspondentes a um curso de optometria, seguida por três anos de experiência de trabalho fora do Canadá. Caso o candidato não possua esse período de experiência de trabalho (lembrando que toda e qualquer alegação de experiência de trabalho deve ser comprovada através de documentos e cartas de referência), é possível que ainda seja elegível caso tenha, antes dos quatro anos universitários específicos de estudos em optometria, estudado três anos em tempo integral de um curso universitário.
Manitoba
Em Manitoba, a Manitoba Association of Optometrists é o órgão regulador para a profissão.
Profissionais que receberam sua educação e experiência profissional fora do Canadá devem obrigatoriamente completar o bridging program em optometria oferecido pela Universidade de Waterloo, sendo que só após essa etapa será possível realizar o exame nacional para a obtenção da licença, oferecido pela CACO. É sempre bom lembrar que o bridging program é um programa de estudos e, como tal, a admissão do candidato irá levar em consideração a avaliação das credenciais para determinar se o candidato é elegível ou não.
Assim como funciona para as outras províncias, em Manitoba também será necessário centralizar uma parte do registro junto à FORAC, o órgão regulatório nacional que compreende os órgãos provinciais, do qual falamos neste texto.
Assim como funciona para todas as províncias, para obter o registro em Manitoba também será necessário fornecer documentos, tanto originais (ou cópias autenticadas, quando for permitido) quanto as respectivas traduções juramentadas (essencial para todo o qualquer documento cuja língua original não seja inglês ou francês), e também, eventualmente, cartas de referência de colegas ou professores atestando quanto à boa prática profissional do candidato. Fora isso, é sempre importante providenciar documentação que comprove eventuais períodos de experiência profissional, tais como declarações de clientes e/ou de instituições onde o profissional tenha trabalhado.
Muito comum no caso das profissões regulamentadas, um background check pode ser pedido.
Por fim, é necessário pagar as taxas correspondentes à aplicação e às provas de qualificação, além do valor correspondente à anuidade do bridging program em si.
É possível encontrar aqui maiores informações a respeito da documentação que pode ser exigida dos candidatos, uma vez que, como regra geral, é exigido de candidatos internacionais a mesma documentação que é exigida de candidatos domésticos, porém com alguns adicionais, como é o caso de traduções, prova de proficiência no idioma, bridging programs, etc.
Órgãos reguladores e informações para contato:
Canadian Optometric Regulatory Authorities
Canadian Association of Optometrists
234 Argyle Ave.
Ottawa, ON K2P 1B9
613-235-7924
Toll Free: 888-263-4676
Fax: 613-235-2098
General Inquiries: info@opto.ca
Website: www.cora-acro.com
College of Optometrists of British Columbia
#1204 700 West Pender Street
Vancouver, British Columbia V6C 1G8
Phone: 604-623-3464
Email: optometry_board@telus.net
Website: www.optometrybc.com
Alberta College of Optometrists
#102 8407 - Argyll Road NW
Edmonton, Alberta T6C 4B2
Phone: 780-466-5999
(Toll Free in Alberta) 1-800-668-2694
Email: admin@collegeofoptometrists.ab.ca
Website: www.collegeofoptometrists.ab.ca
College of Optometrists of Ontario
6 Crescent Road 2nd Floor
Toronto, Ontario M4W 1T1
Phone: 416-962-4071
(Toll Free in Ontario) 1-888-825-2554
Email: registrar@collegeoptom.on.ca
Website: www.collegeoptom.on.ca
Manitoba Association and College of Optometrists
200B - 392 Academy Road
Winnipeg, Manitoba R3N 0B8
Phone: 204-943-9811
Email: mao@optometrists.mb.ca
Website: www.optometrists.mb.ca
Em outubro nós publicamos um texto a respeito dos direitos dos locatários no Canadá. Lá, falamos bastante a respeito das leis e também das diversas modalidades de aluguel que existem por aqui, como a possibilidade de alugar um imóvel junto com roommates, ou então as regras que são específicas aos strata buildings.
Neste texto vamos falar um pouco a respeito da tarefa que vem antes que seja preciso se preocupar com leis e contratos. Vamos falar sobre como encontrar um apartamento (ou uma casa) para alugar no Canadá, e vamos falar também sobre as vantagens de possuir mais de uma estratégia de busca.
O site oficial do Governo do Canadá tem uma seção específica a respeito de como os recém-chegados podem encontrar um imóvel no país. O site oferece seis possíveis estratégias que as pessoas podem utilizar para esse fim:
Narrowing down
Antes de fazer tudo isso, no entanto, é necessário estabelecer alguns pontos importantes, afinal estamos falando de um apartamento (ou uma casa) que vai ser sua, por assim dizer, por um período grande de tempo, já que é muito comum que os contratos de aluguel sejam fechados em um prazo mínimo de 6 meses a 1 ano. Para isso, sugerimos algumas questões para você pensar, a fim de facilitar a sua procura:
Qual região da cidade seria melhor para você?
Aqui você pode pensar em termos de vizinhança (boa ou má reputação), proximidade do centro (ou do seu trabalho ou do seu college, por exemplo), disponibilidade de serviços (comércio, hospitais), proximidade de parques ou praias… As opções são muitas. Se nesse momento nenhum desses detalhes faria muita diferença para você, vamos para a segunda questão.
Qual região da cidade seria pior para você?
Aqui você pode pensar em termos de disponilidade de transporte (proximidade de pontos de ônibus ou estações de metrô), ou tempo de deslocamento entre o trabalho/college e a sua casa. É uma boa ideia pagar mais barato no alguel mas talvez pagar mais caro com passagens de ônibus? Será que passar 2 horas no trânsito compensa? (4 horas por dia, 20 horas por semana, etc. que poderiam estar sendo usadas para outras atividades). Não existe uma resposta certa, por isso é importante ver o que funcionaria melhor para você.
Quanto você está disposto(a) a gastar com o aluguel?
Em dólares, quanto você gostaria de pagar no aluguel? Por exemplo, se CAD$1.000 for muito fora do seu orçamento, você está disposto a dividir o aluguel com amigos ou mesmo desconhecidos? Ter roommates é uma prática muito comum em todo o Canadá. Ainda sobre o valor, o ideal é você estabelecer não um valor fixo, mas uma margem de valores que funcionariam, por exemplo: “Eu poderia pagar entre 800 e 1.100 dólares por mês”. Assim você abre espaço para aproveitar (ou considerar) mais oportunidades.
Qual o tamanho do imóvel ideal nesse momento?
Um estúdio? 1 quarto? 2 quartos? Um quarto para cada filho e outro para o casal? Tudo isso também irá depender do seu conforto e da sua realidade.
Quando você tiver definido esses primeiros dados, a sua busca ficará mais focada. Em vez de gastar tempo procurando vários tipos de imóveis em todas as regiões possíveis da cidade, você agora tem um foco, que pode ser, por exemplo, estúdios próximos do centro, ou então casas de 2 quartos a 1 hora de distância do trabalho.
A busca por um imóvel para alugar
Para ter uma melhor ideia do que esperar em termos de imóveis disponíveis no Canadá, você pode começar a procurar imóveis para alugar desde antes da sua chegada. No entanto, é bom lembrar que não é uma boa ideia assinar nenhum contrato antes de ver o apartamento (ou a casa) com os próprios olhos, pois só assim é possível inspecionar detalhes e verificar a manutenção do imóvel - detalhes que muitas vezes não aparecem nas fotos. Ainda falando sobre isso, não se deixe impressionar muito por fotos em sites, pois muitas dessas fotos são tiradas por profissionais que usam de sua experiência para fazer com que o imóvel seja mais atraente do que realmente é. É preciso ficar atento.
Alguns sites muito bons para fins de exploração - para se ter uma ideia do que existe na cidade onde você está pensando em morar - são o Craigslist e o Kijiji. É importante enfatizar que é preciso tomar muito cuidado com esses sites, pois são bem conhecidos e permitem que qualquer pessoa poste o que desejar. Portanto, antes de querer fechar qualquer negócio, é preciso verificar com quem se está lidando.
Apesar dos cuidados que é preciso ter com esses sites, eles podem ser muito úteis, já que muitas imobiliárias e rental agents costumam postar seus imóveis ali para que tenham maior visibilidade.
Serviços oferecidos especialmente para imigrantes podem ser uma boa ideia para quem é recém-chegado no Canadá. Esses serviços são oferecidos pelo governo, e estão disponíveis em todas as províncias e territórios. São serviços gratuitos, com foco em auxiliar os recém-chegados com uma variedade de tarefas, desde procurar apartamento até encontrar um emprego.
Além disso, as redes sociais, como o Facebook, podem ser grandes aliadas na busca por um imóvel. Procure, por exemplo, por grupos de brasileiros na cidade onde você está pensando em morar. Outra opção é o bom e velho Google. Lá você pode usar frases-chave como rental agencies [cidade] ou então apartment for rent [cidade].
As opções são muitas, e os preços também são muito variados. É sempre bom pesquisar bastante e verificar pessoalmente os imóveis de interesse, já que 1) nem sempre as fotos dos sites são confiáveis e 2) podem existir vários imóveis bem diferentes pelo mesmo preço.
Mãos à obra, e boa sorte!
Já falamos sobre a importância do inglês para quem tem o Canadá como destino de viagem, estudos, trabalho ou mesmo imigração. Todo mundo sabe que o Canadá é um país bilíngue: suas línguas oficiais são o inglês e o francês. Mas permanece a dúvida: quão importante é o francês para quem quer vir para o Canadá? Vamos falar sobre isso neste artigo!
Para quem ainda não conhece muito a fundo a história do Canadá, o país foi colonizado efetivamente quando os britânicos e os franceses ocuparam o território que hoje é o Canadá, durante o século XVI. Como consequência de alguns acordos políticos referentes à divisão dos territórios, a região onde hoje é Quebec passou a ser dos franceses por direito, que contaram com a liberdade de inserir sua própria língua, que permanece por lá até hoje.
Sendo a maior província do país e contando com a segunda maior população por província no Canadá, Quebec é a única província do país que conta com uma população que fala predominantemente o idioma francês, sendo também a única província a ter somente o francês como idioma oficial (muito embora o Canadá em si possua duas línguas oficiais).
Por conta de suas diferenças culturais e de idioma, Québec conta com muitas pessoas que são partidárias da independência da província, sendo que o partido político mais forte da região realizou duas votações nas décadas de 80 e 90 a respeito do assunto. Embora a maioria dos cidadãos da província tenha votado contra a efetivação da medida, a Câmara dos Comuns reconheceu Quebec, em uma cerimônia simbólica em 2006, como “uma nação que pertence a um Canadá unido” (a nation within a united Canada). É também por esses motivos Quebec apresenta tanta diferença em suas regras com relação ao restante do país, o que é fácil de perceber quando lemos textos que vão mais ou menos assim: ''No Canadá acontece tal e tal coisa (exceto em Quebec).''
Na prática, a língua francesa está de certa forma presente em todo o país, seja em forma de empresas bilíngues, ou escolas que oferecem ensino bilíngue, e, no dia a dia dos canadenses, o francês está presente em praticamente todos os produtos disponíveis no mercado, com rótulos e bulas disponíveis quase sempre nas duas línguas.
Em todas as outras províncias e territórios do Canadá, o inglês é a primeira língua e, embora o país continue sendo bilíngue em teoria, na prática a grande maioria das pessoas, incluindo os próprios canadenses, falam apenas inglês.Para fins de estudo e imigração, no entanto, nem sempre é necessário ter conhecimento do francês, isto é, se você não pretender ir direto para Quebec.
Geralmente os testes de nivelamento do inglês ou do francês são definidos pela própria escola no que diz respeito às notas mínimas que o candidato precisa ter para poder ser aceito. Se o ensino será em inglês, o teste de proficiência deverá ser um teste de língua inglesa aceito pela escola. Nesse caso, não será necessário ter conhecimento do francês.
Para os programas de imigração, no entanto, o conhecimento do francês pode ser útil. Para o Express Entry, por exemplo, a proficiência em francês pode somar pontos adicionais na aplicação. Seria preciso ter uma nota equivalente ao CLB 5 (Niveax de compétence linguistique canadiens - NCLC 5) em todas as áreas de avaliação: leitura, escrita, compreensão verbal e fala.
Para quem é fluente em francês e tem pouco conhecimento de inglês, parte-se do mesmo princípio para fins de imigração: é preciso conseguir uma boa nota no teste de proficiência da língua em que se tem maior facilidade (lembrando que quanto melhor for a nota mais pontos o candidato pode ganhar), e a segunda língua, que no caso seria o inglês, pode vir a calhar caso o teste de proficiência resulte em uma nota equivalente ao CLB 5.
No entanto, embora o conhecimento da segunda língua oficial possa somar pontos, dificilmente isso fará uma grande diferença quando vemos a aplicação como um todo, já que existem vários outros fatores muito mais importantes na questão dos pontos, como, por exemplo, o nível educacional e a experiência de trabalho.
Falando em trabalho, no mundo globalizado em que vivemos saber falar idiomas adicionais pode ser uma vantagem para quem quer aumentar suas chances no mercado de trabalho!
Para turismo não existe nenhum requerimento quanto a saber ou não falar inglês ou francês. No entanto, ter conhecimento de uma dessas línguas pode ser muito útil para que a pessoa possa se comunicar durante a viagem, seja em restaurantes, em lojas, ou mesmo para pedir direções para chegar a algum ponto turístico. Nunca é demais lembrar que, fora de Quebec, o inglês é muito mais falado pelas pessoas do que o francês.
Diferenças regionais também podem ser percebidas com relativa facilidade quando se fala a língua local. Sabe como percebemos a diferença gigantesca que existe entre a maneira de falar de um baiano, um gaúcho e um português? Os sotaques também existem na língua francesa, o que faz com que o idioma seja mais fácil ou mais difícil de se apreender. O francês pode soar muito diferente quando se ouve um parisiense, um haitiano e um quebecois falando.
A linguagem é uma das marcas mais importantes de uma determinada cultura, sendo mesmo a expressão da identidade da região ou do país. É por isso que, para algumas pessoas, saber falar um pouco da linguagem do local que se está visitando é essencial para poder apreender um pouco melhor a cultura do local e o modo de vida das pessoas, o que pode fazer com que a viagem seja muito melhor aproveitada.
Parece que o frio bateu nas portas de Vancouver e a cidade o deixou entrar com tudo nesse inverno. O topo das montanhas está ainda mais branco do que no ano passado, tornando-se um irresistível convite para explorar as redondezas da nossa cidade.
Um lugar que não pode faltar nos seus planos de viagem nesse inverno é Whistler. É o destino perfeito para quem está em Vancouver e quer curtir um final de semana fora da cidade, pois o local fica apenas a duas horas de distância daqui. Além disso, Whistler é um dos hot spots favoritos de British Columbia, e não é por menos já que na pequena e charmosa Vila de Whistler estão localizadas duas montanhas que atraem não só turistas, como também esquiadores profissionais, de todas as partes do mundo.
As montanhas, conhecidas como Blackcomb e Whistler, certamente são as atrações principais da vila, com diversas opções de esportes como esqui e snowboard, snowmobile, zipline e muito mais. O ticket Peak 2 Peak 360 Experience ($49,95 CAD) dá acesso ao pico das duas montanhas em uma subida estonteante, que mesmo para quem não pensa em praticar nenhum dos esportes vale a pena comprar o ticket pela experiência de ver o marco olímpico (para quem não sabe Whistler já foi sede das Olimpíadas de Inverno em 2010), tomar um delicioso chocolate quente no restaurante no topo da montanha e apreciar uma vista maravilhosa.
Já para os que gostam de se aventurar, equipamentos para qualquer um dos esportes pode ser alugado ali mesmo na vila. Se você ainda não tem experiência com esqui ou snowboard, não se sinta intimidado pela grandeza de Whistler, pois antes de chegar ao topo da montanha existe a possibilidade de parar na área de iniciantes e treinar suas habilidades em uma decida nem um pouco assustadora. E aqui vai uma dica da minha experiência pessoal: se você nunca fez nenhum desses esportes comece com o esqui que é infinitamente mais fácil que o snowboard!
O Tube Park é uma atração que não requer a compra do ticket Peak 2 Peak, ele dá acesso de graça a gondola que te leva ao Tube Park para praticar o snowtube ($20 CAD por hora). Essa atração é ideal para crianças, famílias ou para os que preferem atividades com pouca adrenalina como brincar de deslizar na neve sentado em uma bóia gigante.
Sim, como disse anteriormente, as atividades nas montanhas são as principais atrações de Whistler, mas isso não quer dizer que são as únicas e por isso passar um final de semana na vila pode ser uma ótima pedida. Restaurantes, bares, lojas, cafeterias, chocolaterias, patinação no gelo, spas e hotéis românticos e aconchegantes também fazem parte da Vila de Whistler. Além do mais, uma outra dica é aproveitar a viagem para dirigir alguns poucos quilômetros ao redor da cidade e ver beleza de alguns lagos que congelam no inverno, como por exemplo o Green Lake ou o Lost Lake.
Whistler está entre os destinos mais procurados no Canadá, é definitivamente um dos meus favoritos e eu me sinto privilegiada por tê-lo assim tão pertinho da nossa querida Vancouver!
Por Maythe Panar