Muita gente se pergunta como é afinal o sistema de saúde do Canadá. É público mesmo? Inclusive para estudantes? Como é a qualidade? E a fila de espera? Sim, assim como muitos, eu também sempre tive todas essas (e mais algumas) dúvidas.
Pelo que sei, cada província tem suas próprias regrinhas em relação ao sistema de saúde, por isso, a experiência que tenho de Alberta talvez não seja a mesma de outros lugares Canadá afora.
Aqui em Alberta, além de canadenses e residentes permanentes, qualquer residente temporário que planeje morar por mais de um ano na província tem direito ao Alberta Health Care desde o primeiro dia. Ou seja, isso vale para pessoas com visto de estudo e de trabalho também. A única coisa que você precisa é do seu Social Insurance Number (que você faz assim que chega também – espécie de CPF daqui) e de um endereço fixo. O processo em si não tem burocracia nenhuma e é muito rápido. Não tem carência também – eu mesma faço parte do Alberta Health Care desde meu segundo dia em solo canadense.
Para usar também é muito fácil. Em primeiro lugar, ele é gratuito mesmo: não tem taxa nem nenhuma cobrança. Claro que não envolve absolutamente tudo, mas consultas e a maioria dos exames está coberto pelo sistema. No site oficial você consegue ver bem explicadinho toda essa parte. Para conferir o que o AHC cobre, clique aqui.
No Canadá é muito comum a existência do médico de família, aquele médico que faz todo o acompanhamento do paciente, e só indica um especialista quando é necessário. Aqui em Edmonton existem clínicas espalhadas por toda a cidade, e através de um site, você consegue o endereço e telefone dos médicos disponíveis para te atenderem dentro do sistema. Recentemente, tive minha primeira experiência com o sistema de saúde público. Precisei ir no médico e tive que fazer alguns exames, e pronto, iria estrear minha carteiria de beneficiária.
Achei uma clínica perto de casa e preenchi uma ficha, solicitando ser incluída como paciente de uma das doutoras disponíveis. Depois da análise da ficha, me ligaram para marcar a primeira consulta. Entre eu ir na clínica e ter a consulta não se passou mais do que uma semana.
Achei o atendimento muito bom: a médica era atenciosa (e imigrante também, vejam só!), me fez várias perguntas e foi muito simpática. Saí de lá com alguns pedidos de exame e já pensando que talvez fosse demorar a conseguir marcar. Ledo engano! Todos os exames foram marcados para até 3 semanas depois do pedido, em laboratórios relativamente perto de casa.
Toda a parte laboratorial também foi excelente: ótimo atendimento e ótima estrutura. O período de espera para cada exame foi mínimo e ainda encontrei mais alguns imigrantes trabalhando como enfermeiros. Todos muito simpáticos e educados, puxando assunto comigo e me deixando confortável.
Toda a experiência, de maneira geral, foi muito positiva e não encontrei problema algum. Além da facilidade (bastava apresentar a carteirinha da AHC e mais um documento de identidade – que pode ser o passaporte, por exemplo), não sofri com longas esperas, ambientes mal cuidados, ou atendimento precário. Claro que espero não precisar muito so sistema de saúde daqui, mas ao menos, se precisar, sei que estarei em boas mãos.
Por Juliana Durso
No meu último post sobre as primeiras impressões do College, muitas pessoas me perguntaram sobre os custos de estar estudando em uma instituição de ensino no Canadá, o que deu origem a esse novo texto. Sei que esse é um assunto de grande interesse, principalmente para aqueles que estão em fase de planejamento, pois o custo dos estudos sem dúvidas é o item mais pesado daquela sua tabela de gastos, não é?
Vale lembrar que esses custos podem variar de uma instituição para outra; o que eu vou relatar aqui são os gastos referentes a minha experiência em Vancouver com o Langara College. Então aqui vai para vocês, em detalhes, os investimentos para ingressar nessa instituição:
Primeiramente, a taxa de inscrição (application fee) para o Langara College é de CAD$ 155,00. Após enviar sua inscrição e receber a oferta de admissão da instituição, o estudante internacional deve realizar um depósito de CAD$ 6 mil referente ao primeiro período, ou como é chamado aqui, o primeiro term (cada term corresponde a 4 meses de estudo). A carta de aceitação do College é enviada ao aluno somente depois de efetuar esse pagamento.
O pagamento inicial entra como um crédito em uma espécie de “conta” da qual o estudante tem acesso através do site do Langara College. Antes do início das aulas, o estudante terá um período para se registrar nas matérias escolhidas para aquele term, e então o custo de cada matéria, assim como de outras taxas, serão descontadas daquele valor.
E quais são os custos de cada matéria? O custo pode variar de acordo com o número de créditos que aquela matéria oferece, no entanto, a maioria delas contém 3 créditos. Cada crédito tem o valor de CAD$ 565,00, isso quer dizer que uma matéria de 3 créditos sai por CAD$ 1695,00.
Porém, como expliquei no post anterior, o estudante internacional obrigatoriamente deve cursar no mínimo 3 matérias, ou 9 créditos, por term, (menos do que isso não classifica o estudo como full time). Chegamos então no valor de CAD$ 5085,00 por term cursado no Langara College.
E então, porque aquele CAD$ 6 mil de depósito inicial? De acordo com as suas contas está sobrando dinheiro, certo? Infelizmente não! Ainda existem outras taxas que são cobradas a cada term, como por exemplo:
- Building Legacy Fund: CAD$ 35,05
- IE Developing Fund: CAD$ 25,00
- Health and Dental Plan: CAD$ 244,40
- Student Union Basic Fees: CAD$ 15,69
- Student Union Fees: CAD$ 34,47
- U-Pass: CAD$ 152,00
Além disso, existem custos extras para matérias que envolvem laboratório de ciências ou aulas de artes em geral. Ao final das contas, provavelmente seus custos ficarão bem próximos ao valor do depósito inicial, que caso não seja completamente usado, pode ser solicitado o reembolso ou usá-lo como crédito para o próximo term.
Aquele depósito adiantado de CAD$ 6 mil só é solicitado no primeiro período de aula do estudante internacional. A partir do segundo term, o estudante passa a efetuar um depósito de CAD$ 1500,00 antes do período de inscrição das matérias e realizar o restante do pagamento a cada início de aula.
Minha dica para quem está planejando os gastos com o College é deixar sempre separado esse valor aproximado de CAD$ 6 mil a cada período de 4 meses. Pois vamos nos lembrar de incluir nessa conta mais um gasto: os livros! Não, os livros não estão inclusos no custo das matérias; eles devem ser comprados à parte.
Ficaria difícil estimar um valor médio de gasto com livros, pois depende muito da matéria que você estará cursando, por exemplo nesse term meus livros variaram de CAD$ 18,00 o mais barato à CAD$ 160,00 o mais caro. De qualquer forma, é possível economizar comprando livros usados; a própria bookstore dentro do Langara College oferece essa opção, mas se você quiser pagar ainda mais barato acesse a página do Facebook: Langara College - Textbook Buy and Sell e negocie com os valores diretamente com os estudantes, é garantido o melhor preço!
Diferentemente do Brasil, a maioria das instituições no Canadá não oferece a possibilidade de pagamento mensal, então lembre-se que mesmo após pago o primeiro período de estudo do College, é preciso continuar com um bom planejamento para depositar novamente aquela alta quantia 4 meses depois. O que pode funcionar bem é guardar mensalmente CAD$ 1500,00 em sua conta poupança; escolha um dia especifico no mês e deposite sem falta o valor, simulando assim o pagamento da mensalidade dos estudos.
Bancar os custos do College é sem dúvidas um dos desafios de quem planeja recomeçar a vida em outro país, mas é também um dos caminhos para alcançar esse sonho e acima de tudo, é o grande investimento que fazemos em nós mesmos.
Por Maythe Panar
Apesar de todas as informações encontradas e desencontradas, o mistério sobre o eTA para brasileiros ainda estava no ar até o último 15 de Março de 2016.
Desde o último post que fizemos sobre o tema, onde discutimos se era melhor esperar ou não pela Autorização Eletrônica de Viagem (eTA), nada mudou a respeito do que foi repassado pela imigração em seu Site Oficial (www.cic.gc.ca).
Alguns falam que o Brasil foi retirado dessa nova modalidade, porém, o que diz a fonte oficial, até o momento é:
“Não há ainda confirmação de data para a expansão do eTA. No entanto, a expectativa é que seja implementada apenas após o eTA ser totalmente finalizado aos cidadãos que (já) não necessitam (necessitavam) visto para ir ao Canadá.
Até lá, cidadãos do Brasil, Bulgária, México e Romênia continuam necessitando de um Visto de Turista para viajar ao Canadá”
Ou seja, não há datas definidas para que Brasil, México, Bulgária e Romênia sejam inclusos na lista dos países os quais os cidadãos, atendendo aos requisitos, serão isentos do Visto de TURISTA ao Canadá, sendo apenas necessária a solicitação de um autorização eletrônica de viagem.
Neste primeiro momento estão sendo feitos ajustes no Sistema do eTA, voltado para os países que já eram isentos anteriormente.
Você tem planos de ir ao Canadá como turista? Não possui passaporte de um dos países que já são isentos? Então você terá de realizar a aplicação por vias normais, apresentando documentação pessoal, financeira e de vínculos, e esperar a resposta dentro do prazo de processamento da Imigração.
Texto: Immi Canada – A cópia e/ou reprodução é proibido sem prévia autorização.
Fonte: www.cic.gc.ca
Desde Dezembro de 2012, o Canadá e os Estados Unidos firmaram um acordo que permite o compartilhamento de informações entre os dois países, visando informações de cunho Imigratório e de Vistos.
O objetivo é identificar os viajantes que querem entrar em um dos páises e impedí-los de entrar caso os mesmos tenham algum problema com a imigração de algum país, se já tiveram algum visto negado e porque, se já cometeram algum crime grave ou violaram leis nestes ou em outros países, afim de que Canadá e EUA possam decidir sobre a sua admissibilidade ou outros benefícios de imigração. Este acordo permite que as informações dos aplicantes fique guardada em um sistema de dados de ambos os países
Pessoas que já estejam no Canadá e/ou em seu país de origem e solicitem, por exemplo, um Visto ou a Extensão de Estadia e não informem algum dado, como Vistos anteriormente negados ou Estadias sem Status ou além do prazo legal, terão as suas aplicações negadas e considerados como banidos por até 5 anos, por conta da omissão dos fatos.
Nas solicitações de visto para o Canadá perguntas do tipo: Já cometeu algum crime no Canadá ou em outro país? Já teve algum visto negado ou entrada proibida no Canadá ou em algum outro país? São explícitas. Mentir sobre tais fatos, levam ao banimento para solicitações à qualquer tipo de visto ao país.
Em encontro com o atual presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o Primeiro Ministro Canadense, Justin Trudeau, neste mês de março de 2016, os chefes de estado reafirmaram a questão da troca de informações entre os países, principalmente sobre todos os quer cruzam as suas fronteiras diariamente.
Isso demonstra e responde à muitas dúvidas sobre pessoas, que por algum motivo, permaneceram sem status em algum país, como os Estados Unidos, se tal fato poderá prejudicar a tentativa de ida ao Canadá. E o que mostra esse acordo é que sim, isso pode ser um fator impeditivo, uma vez que por ter cometido um ato fora da lei local, faz com que o Canadá analise os riscos dessa pessoa realizar o mesmo em seu país.
Qualquer atitude “fora da lei” pode trazer prejuízos futuros, seja no momento de você tentar um simples visto ou já no momento da tão sonha residência. As leis impostas são para serem cumpridas, como hoje no Canadá a limitação de horas de trabalho por semana para um estudante de nível superior, se isso não pudesse ocasionar algum problema, tal regra não existiria.
É importante salientar, que ser sincero perante ao departamento de Imigração do Canadá ou de qualquer outro país é de suma importância, pois qualquer ato falho pode trazer problemas irreparáveis no futuro.
Texto: Immi Canada – A reprodução e cópia, sem prévia autorização, está totalmente proibida;
Fonte de Pesquisa: www.cic.gc.ca
Está muito frio, então é o momento de ficar mais em casa, certo? Não, não e não! Com a chegada do inverno a diversão está garantida nas diversas atividades especialmente disponíveis nesta época. Entre elas estão as pistas de patinação públicas espalhadas por toda a cidade de Toronto.
Sempre recomendo aos que por aqui estão – morando ou a passeio - a tentarem pelo menos uma vez se arriscar na patinação no gelo (ice skating), sem se apegar à idade ou a habilidade: talvez nesta tentativa a pessoa não pare mais! Portanto, é uma atração que está ao alcance de todos.
Aqueles que são marinheiros de primeira viagem (passei por esta experiência em 2014), para aceitar o desafio basta um pouquinho de coragem e os patins, claro, próprios ou alugados, pois espaço para praticar é o que não falta. Acreditem, por aqui há mais de 50 pistas congeladas em áreas abertas, e não é preciso pagar nada. É só chegar e aproveitar.
E ainda existem uns 40 outros lugares fechados para quem não quer deixar de deslizar no gelo mesmo em dias em que tem muita neve, por exemplo. Desta forma, quando a temperatura cai esta é a atração principal de vários parques dentre os mais de 1600 existentes por estas terras, além de demais espaços.
Meu local favorito para patinar
O cenário lindo do Harbour Front Centre (na altura do número 235 da Queens West), com o Lago de Ontário bem à frente da pista de patinação, e a CN Tower ao fundo, faz deste lugar o meu favorito para arriscar umas voltinhas no gelo. E se prepare para ver por lá pessoas levando a sério essa brincadeira, principalmente os canadenses da gema, que sempre dão um show!
O chamado “Natrel Rink”, é um pequeno lago aonde é possível andar de “pedalinho” nos dias quentes, mas que no inverno se transforma no agitado ponto de encontro da galera dos patins. No complexo é possível alugar o par do principal equipamento da prática por menos de $10, sendo que para criança é um pouco mais barato que o valor regular. E tem ainda outras locações, como a de capacete.
Para locar os materiais é necessário levar um documento de identificação válido, como o passaporte. Nos meses de novembro a março também ocorrem aulas para as pequenos, os adolescentes e até para os adultos que queiram aprender a patinar com mais confiança.
Para saber todos os detalhes desta localidade específica basta acessar o site oficial do Harbour Front.
Anote aí algumas dicas!
- Você gostaria de comprar um par de patins, mas a verba está curta? Já vi boas ofertas no Canadian Tire, pesquise lá. Uma outra alternativa é conferir nas unidades do Value Village (www.valuevillage.com) se tem patins seminovos, que com certeza você pagará pouquíssimos dólares por eles.
- Conforme eu já havia citado em um outro texto, no centro da cidade um dos espaços mais disputados pelos patinadores de plantão é o Nathan Phillips Square (100 Queen Street West), por isso não tem como deixar de citar novamente este lugar. Mas o legal é que com tantas opções, muitas pessoas conseguem aproveitar esta atividade no bairro em que vivem.
- Existem diversos espaços que disponibilizam aulas para quem quer iniciar a arte de patinar no gelo ou ainda se arriscar em manobras um pouco mais ousadas. Assim, sempre é válido verificar se há esta opção no Centro Comunitário perto de onde mora. Uma amiga perdeu o medo numa dessas aulas!
- A prefeitura de Toronto mantém atividades recreativas no período de inverno, o que inclui até aulas patinação artística. Toda a programação pode ser conferida no portal da cidade, o www.toronto.ca. Neste site é possível consultar ainda o mapa com os endereços das pistas de patinação públicas, e para facilitar tem até uma lista em ordem alfabética que vai de “A à Z”.
- Ainda segundo o site oficial da prefeitura, em geral as pistas de patinação ficam abertas no período das 9 às 22 horas, durante os sete dias da semana. Mas é necessário fazer as devidas confirmações para se programar melhor, pois alguns lugares tem atividades e horários um pouco diferentes.
Por isso não perca tempo e se ainda não se arriscou nos patins aproveite agora, antes que o inverno acabe!
Por Mônica Candido
Temos visto em nossas redes sociais um grande interesse por parte de jovens famílias em imigrar para o Canadá. Uma das maiores preocupações dos pais de crianças pequenas é: como funciona o daycare no Canadá? Meu filho tem direito à educação gratuita? Existem subsídios governamentais para as crianças?
Em nosso primeiro texto começamos a falar a respeito das informações sobre daycare no Canadá, com foco nas províncias de Alberta e BC. Agora vamos falar também sobre as províncias de Manitoba e Ontário, abordando também a questão dos subsídios que são oferecidos pelos governos federal e provincial para famílias que são elegíveis.
Vamos lá!
Manitoba
A província de Manitoba oferece um serviço conhecido como Early Learning and Child Care, que tem como função licenciar e monitorar os serviços destinados a crianças de 12 semanas até 12 anos de idade.
O site oficial do governo da província oferece um guia com foco em educação infantil especialmente dedicado aos residentes, com informações gerais a respeito do desenvolvimento das crianças, e também com informações sobre tipos de daycare disponíveis e subsídios.
Quanto aos subsídios, para serem elegíveis os pais precisam passar por uma avaliação de renda e também precisam fornecer uma razão para a necessidade do subsídio. A razão pode ser simplesmente que ambos os pais trabalham e por isso precisam de um daycare. Em Manitoba, assim como na maioria das outras províncias, o subsídio paga parte dos gastos com childcare, mas não necessariamente cobre todos esses gastos. É possível utilizar esta ferramenta para calcular a quantia do subsídio que você poderia receber, de acordo com a sua realidade. A eligibilidade leva em consideração vários fatores, tais como a renda conjunta da família, o número de filhos, a razão pela qual existe a necessidade de aplicar para o subsídio, e o número de dias que a família precisaria contar com o daycare.
Um documento interessante que o governo de Manitoba oferece é um checklist para visitas aos daycares. O objetivo é que os pais, durante a visita aos daycares de interesse, não esqueçam de verificar detalhes importantes do ambiente que pode vir a ser aquele em que o filho irá passar uma boa parte do dia.
O governo de Manitoba oferece subsídio anual para o funcionamento de instituições de daycare sem fins lucrativos (non-profit child care facilities) que sejam licenciadas e elegíveis para receberem esse benefício. Para essas instituições em particular, o governo estabelece um limite máximo que a instituição pode cobrar de seus alunos, e é possível verificar aqui quais são essas taxas.
Ontário
O Ministério da Educação de Ontário oferece algumas informações a respeito de childcare na província.
Em agosto de 2015 entrou em vigor o Child Care and Early Years Act 2014, um conjunto de novas regulamentações a respeito da oferta de serviços de educação infantil. Vamos ver quais são essas regras:
Para cuidadores que trabalham em suas próprias casas (home-based childcare), se forem licenciados pela província, podem cuidar de até 6 crianças de até 13 anos de idade. Se não forem licenciados, podem cuidar de até 5 crianças de até 13 anos de idade, sendo que em ambos os casos os cuidadores devem contar seus próprios filhos menores de 6 anos no total de crianças que fazem parte do daycare. Além disso, em ambos os casos os cuidadores podem cuidar de somente 2 crianças (no máximo) que sejam menores do que 2 anos de idade. O número máximo de crianças permanece o mesmo, independentemente do número de adultos ou cuidadores presente na casa.
Para instituições, continuam valendo as regras anteriores que dizem respeito ao número de cuidadores versus o número de crianças por turma e à área do espaço disponível no daycare. Essas informações podem ser verificadas aqui.
O site do Ministério da Educação de Ontário oferece uma ferramenta de busca por daycares licenciados, em que é possível filtrar os resultados por cidade, código postal e idade da criança.
Além disso, o site do governo de Ontário oferece informações a respeito de subsídios a que as famílias podem ter direito. O Ontario Child Care Subsidy, por exemplo, está disponível para famílias com crianças menores de 13 anos de idade, dependendo da renda conjunta da família. Esse subsídio não necessariamente irá cobrir completamente o valor do daycare. O Ontario Child Benefit está disponível para famílias de baixa renda que estão com sua declaração de imposto de renda canadense em dia, e não há necessidade de se candidatar, desde que os pais tenham registrado os filhos para o programa nacional Canada Child Tax Benefit.
A cidade de Toronto oferece sua própria ferramenta de busca por daycares, assim como informações sobre subsídio a que a família pode ter direito.Esse programa de subsídio é oferecido pela cidade de Toronto, e conta com algumas regras para eligibilidade:
Independentemente da província do seu interesse, é de extrema importância verificar se o daycare escolhido possui licença para oferecer esses tipos de serviços. No Canadá, daycares sem licença são ilegais. De acordo com a província, pode ser permitida a oferta de cuidados por pessoas em sua própria casa, que não precisam de licença, desde que sejam obedecidas algumas regras, como um limite máximo de crianças e de faixa etária. Vale a pena verificar essas informações seguindo os links oferecidos ao longo do texto, caso essa opção pareça viável para você.
É também muito importante agendar uma visita e conhecer a instituição em primeira mão, para saber onde o seu filho vai ficar, quais atividades ele vai fazer, quais são as programações disponíveis por idade, se as necessidades individuais da criança serão respeitadas, etc. Para isso, não há outro jeito: é preciso pesquisar bastante e se informar o máximo possível!
Links úteis:
Quando assumiu o poder, em novembro de 2015, o primeiro ministro canadense Justin Trudeau propôs algumas mudanças e reformas no sistema de imigração do Canadá. Na época, logo após as eleições, a Immi Canada lançou este texto explicativo, comentando sobre algumas dessas propostas e eventuais previsões quanto ao impacto que elas teriam para as pessoas que desejam imigrar no futuro.
Nas últimas semanas, a mídia tem estado repleta de informações as mais diversas a respeito de um assunto polêmico que começou logo depois das eleições. Estamos falando dos refugiados sírios e das implicações que as políticas que dizem respeito a eles podem ou não exercer sobre o restante das políticas de imigração canadenses.
Refugiados: quem são?
Infelizmente temos visto algumas pessoas nas redes sociais, elas mesmas com desejo de imigrar, culpando os refugiados pela burocracia do sistema, ou então fazendo comentários preconceituosos (e que revelam uma assustadora falta de informação) a respeito de os refugiados supostamente terem “benefícios” para imigrar.
Portanto, antes de fazermos qualquer comentário ou mesmo de expormos os fatos a respeito do polêmico assunto, é importante entendermos quem são os refugiados.
Antes de mais nada, de acordo com o governo do Canadá, um refugiado é uma pessoa que não pode retornar para o seu país de origem por um medo legítimo e fundamentado de perseguição por parte do governo local ou de determinados grupos por motivos relacionados a religião, opinião política, orientação sexual, dentre outros. Quando falamos em “medo legítimo”, queremos dizer que essas pessoas, caso voltem para seus países de origem, correm o risco de serem presas, torturadas e mortas. Fora isso, a violência e a guerra civil, juntamente com o risco de ser capturado por organizações terroristas e obrigado a trabalhar para essas organizações, também são motivos para que as pessoas busquem refúgio em outros países. Sim, o assunto é complicado.
É possível ter um insight das vidas dessas pessoas através de entrevistas publicadas em jornais e revistas ao redor do mundo, como esta, publicada no site do jornal National Post em janeiro. Ainda assim, para nós que vivemos em uma sociedade sem bombas e sem guerra, é muito difícil compreendermos como é a vida para os refugiados. A título de exemplo, trechos de uma matéria publicada no site americano Business Insider, em dezembro de 2015:
"Quando eu estava na segunda série, teve um ataque com bomba na escola. [...] é difícil descrever o som [...] mas era como se um prédio estivesse caindo”
"[..] quando passou um mês e a guerra não tinha acabado, eu pensei ‘Talvez dois meses’. Depois, ‘Talvez três meses’. Mas depois de três meses minha mãe me disse que nossa casa havia sido destruída. [...] Não tínhamos um lugar para onde voltar”
"Eu era o único médico da região, então quando a ISIS ocupou nossa cidade eu sabia que eles iriam querer que eu trabalhasse para eles. Deveríamos ter ido embora naquele momento”
Podemos perceber então que refugiados não são simplesmente pessoas que desejam ir morar em outros países, como é o caso de quem nos lê agora. Refugiados são pessoas que não têm outra escolha a não ser deixar tudo para trás em busca de salvar a própria vida e a vida de seus familiares.
A política de imigração canadense para os refugiados
De acordo com uma matéria publicada em 19 de fevereiro no jornal National Post, o governo de Justin Trudeau esperava receber 25.000 refugiados no final de 2015, mas esse prazo precisou ser estendido para 2 meses além da data final. Já as previsões para 2016, de acordo com o ministro da imigração John McCallum, são que até 50.000 refugiados podem chegar ao país até o final do ano. Esses números não são decididos arbitrariamente. Sendo parte de planos governamentais, levam em consideração uma estimativa da quantidade de pessoas que o Canadá dá conta de receber a cada ano, levando também em consideração a existência de moradia, empregos, saúde e educação para todas essas pessoas.
De acordo com o site oficial do governo do Canadá, existem 5 fases para o processo de refúgio em voga atualmente, sendo que segurança é a palavra-chave. O Canadá está trabalhando junto à agência de refugiados das Nações Unidas para identificar pessoas que precisam de asilo, dando prioridade para mulheres em risco e famílias inteiras.
Quanto à segurança, cada candidato ao refúgio no Canadá passará por uma série de passos cujo foco principal é manter um alto nível de controle quanto a quem são as pessoas que estão sendo admitidas no país: novos refugiados passam por um extenso processo de verificação de documentação, coleta de impressões digitais e fotos, assim como dados referentes ao histórico de cada pessoa, contando com atestados de antecedentes criminais. Além disso, candidatos ao refúgio também passam por entrevistas com oficiais de imigração, onde toda essa documentação é verificada. A partir disso será tomada a decisão a respeito da validade da aplicação de cada candidato. Os candidatos também passam por exames médicos antes de receberem o sinal verde para embarcar, e ainda mais exames médicos ao chegarem no Canadá.
De acordo com matéria publicada pelo jornal Huffington Post, é preciso esperar mais algum tempo para se ter uma ideia dos efeitos que irão surgir como consequência da política de imigração para os refugiados. No entanto, é importante ter em mente que o governo de Justin Trudeau pretende ainda fazer mais mudanças no sistema de imigração como um todo, sendo que a política referente aos refugiados é apenas uma parte desses planos. E planos governamentais levam algum tempo para poderem ser implementados, acompanhados e avaliados. Isso não quer dizer que haverá menos espaço, por assim dizer, para as outras classes de imigrantes, e também não quer dizer que imigrantes que já chegaram ao Canadá terão menos benefícios por conta do aumento do número de refugiados. Não temos dados suficientes sobre isso, já que se trata de um programa novo, e qualquer conclusão nesse momento pode ser considerada precipitada. Em suma, é preciso ainda esperar algum tempo para que o governo possa avaliar os resultados de seus planos e compartilhá-los com o público em geral.
Temos visto em nossas redes sociais um grande interesse por parte de jovens famílias em imigrar para o Canadá. Uma das maiores preocupações dos pais de crianças pequenas é: como funciona o daycare no Canadá? Meu filho tem direito à educação gratuita? Existem subsídios governamentais para as crianças?
A educação infantil no Canadá é oferecida de maneira gratuita para todos os cidadãos e residentes permanentes desde os 5 ou 6 anos de idade, dependendo da província ou do território. Para crianças mais novas cujos pais precisam trabalhar, no entanto, é preciso conhecer mais sobre as opções oferecidas em termos de daycare, que não necessariamente são gratuitas.
Segundo uma matéria publicada no jornal The Globe and Mail em dezembro de 2015, os serviços de childcare são muito procurados por todo o país, sendo que existem enormes listas de espera na grande maioria das instituições. Quanto às taxas, já que a educação antes dos 5 ou 6 anos de idade (dependendo da província) não é gratuita, elas variam de província para província, sendo que em Gatineau, Quebec, os custos são consideravelmente mais acessíveis ($174/mês) do que em Vancouver ($905/mês) ou Ottawa ($1.194/mês), por exemplo.
Outra matéria sobre o assunto, publicada também em dezembro pelo site de notícias CBC News Toronto mostra que os custos médios com childcare nessa cidade são de cerca de $1.000 por mês, e compara esses custos com os oferecidos por algumas cidades da província de Quebec, que ficam na média de $174 ao mês.
Vamos falar sobre os sistemas de daycare em quarto províncias principais: Alberta, BC, Manitoba e Ontário.
Alberta
Em Alberta, de acordo com o Alberta Education, early childhood services são oferecidos para crianças de até 6 anos de idade (o ano letivo começa em setembro, então é preciso que a criança ainda não tenha feito 6 anos no dia 1 de setembro). No entanto, esses serviços não são obrigatoriamente gratuitos.
Através do Ministry of Human Services of Alberta você pode encontrar muitas informações a respeito de childcare. Vamos dar uma olhada:
Basicamente, existem 5 tipos de daycare em Alberta.
Quanto ao subsídio do governo, ele não é fixo. O auxílio está disponível para famílias de baixa renda, que devem passar por um processo de avaliação a fim de determinar se e quanto podem receber. Através desta ferramenta é possível calcular uma média do subsídio a que você terá direito, se você se encaixar no grupo de pessoas que está apto a receber o subsídio.
Além disso, famílias de baixa renda em Alberta (com renda de até CAD$ 41.220 por ano) serão elegíveis para receber Child Benefit a partir de agosto de 2016.
Através deste link e também deste link você pode pesquisar daycares por região ou por programa.
Colúmbia Britânica
Em BC, as crianças começam o ensino fundamental (elementary school) aos 5 anos de idade. Antes disso, o governo da província oferece recursos gratuitos para a educação de pais e crianças em conjunto, programas que basicamente facilitam o desenvolvimento natural da tarefa de cuidar e ensinar.
Quanto ao daycare propriamente dito, no entanto, as opções nem sempre são baratas. De acordo com o site do governo da província, existe uma série de serviços que podem auxiliar os pais que procuram por boas opções de daycare para seus filhos. A busca por uma instituição pode ser feita através deste link, que permite que você selecione apenas os itens que se aplicam ao seu caso. Também é possível filtrar opções por cidade, ou então buscar instituições na província como um todo.
BC oferece uma série de subsídios a que as famílias de baixa renda podem se enquadrar.
O BC early childhood tax benefit, por exemplo, é destinado a famílias com crianças menores de 6 anos de idade, e é calculado com base no número de filhos que a família possui, assim como na renda total da família.
Já o BC family bonus é um auxílio para famílias de baixa renda com filhos de até 18 anos de idade. Assim como o programa anterior, este também é calculado com base na renda total da família e no número de filhos.
A província também oferece um serviço chamado Child Care Resource and Referral, através de centros que oferecem apoio para famílias que buscam daycares de qualidade. Os serviços oferecidos incluem referências e informações sobre daycares na província, workshops para pais, informações sobre subsídios, dentre outros.
A província também oferece um guia para pais, que contém informações diversas a respeito de desenvolvimento e educação infantis.
Uma vez que você tenha encontrado uma escola ou uma residência que lhe pareça interessante, o passo seguinte é entrar em contato com a instituição para saber mais detalhes a respeito do número de vagas, da experiência dos profissionais (cursos, certificações, capacitação em primeiros socorros, etc), dos custos, dos materiais e brinquedos disponíveis, dentre outras muitas informações que podem fazer a diferença.
Links úteis:
Quem nunca pensou em ter uma experiência internacional para colocar no currículo? Um intercâmbio, quer seja através de um simples curso de idiomas, quer seja como um período de estudos em outro país por meio de uma graduação sanduíche, ou mesmo como um extenso período dedicado a uma universidade ou a um mestrado, é muito bem visto por empregadores brasileiros, além de poder abrir algumas portas e oportunidades de trabalho para quem deseja realmente embarcar numa aventura a longo prazo e está pensando em imigrar para o Canadá.
Então como fazer para estudar e trabalhar no Canadá?
O que pode e o que não pode
Quem deseja embarcar nessa rica experiência precisa observar algumas regras importantes.
Em primeiro lugar, é preciso aplicar para um visto de estudos, a menos que você deseje estudar por menos de 24 semanas, o que pode ser feito com um simples visto de turismo. No entanto, com um visto de turismo não é possível trabalhar, ok? Caso o curso desejado tenha duração maior do que 24 semanas, é preciso pedir um visto de estudos logo de cara.
Outro detalhe muito importante é que já há alguns anos não é mais possível trabalhar enquanto se faz um curso de idiomas no Canadá. O motivo é que essa prática estava abrindo as portas para a imigração ilegal, quando pessoas vinham para o Canadá para estudar inglês e acabavam abandonando o curso e permanecendo no Canadá como imigrantes ilegais. Por isso as regras agora ficaram um pouco mais restritas. Mas isso não significa que não existam muitas opções!
Para poder trabalhar, o aluno precisa estar matriculado em um curso de carreiras (vocational program), tal como Hospitality Management, Business Management, etc, em um career college ou então em um curso de desenvolvimento profissional, bacharelado, etc., em uma universidade. Cursos mais longos, tais como um bacharelado ou um mestrado, também dão direito a trabalhar. O que não pode mesmo são cursos de idiomas. Quem pode falar bastante sobre instituições de ensino e opções de cursos é a 3RA, nossa empresa parceira especialista em intercâmbio!
Quando o aluno trabalha durante o curso, existem também regras adicionais. Uma das principais é que só será possível trabalhar durante 20 horas na semana. Isso é bastante razoável, levando em consideração que você também terá aulas, provas e trabalhos para fazer no seu tempo livre. Quem procura trabalhar mais do que 20 horas na semana corre o risco de ter sua permissão de trabalho anulada e também corre o risco de ser expulso do programa de estudos, precisando então retornar ao país de origem. Isso pode gerar complicações mais tarde caso a pessoa decida estudar novamente fora do Brasil, ou então caso decida imigrar. Por isso, sempre recomendamos que as regras da imigração canadense sejam seguidas à risca!
Como conseguir um visto de estudos?
O passo a passo funciona da seguinte forma:
1. Identificar um curso que seja da sua área de interesse. Isso é importante porque você irá permanecer nesse curso por alguns meses, então é interessante que o assunto seja importante para você, e além disso você provavelmente também irá trabalhar nessa área, se o seu programa for co-op (se tiver um período de “estágio remunerado” no final).
2. Fazer a matrícula na escola de interesse. Dependendo da escola, pode ser necessário enviar uma série de documentos e também uma prova de proficiência em inglês ou francês, como o IELTS ou o TEF, por exemplo. Outras escolas, como é o caso de alguns career colleges, aceitam que o aluno realize um teste mais simples, oferecido pela própria escola.
3. Em seguida à matrícula (que deve ser feita com alguns meses de antecedência do início das aulas), a escola irá fornecer uma carta de aceitação, ou Letter of Acceptance (LOA), em que irá informar o nome e o código do aluno e detalhes sobre o curso, tais como a duração total, a data prevista para o início do curso e também a data prevista para o final do curso. Outra coisa que a carta irá informar será o valor do curso, chamado de tuition.
4. Com a Letter of Acceptance em mãos, é hora de dar entrada no seu visto de estudos. Nós podemos ajudar com isso, desde o checklist da documentação até a chegada do seu visto!
5. Com o visto colado no passaporte, é hora de embarcar! Detalhe: é importante prestar atenção às datas de validade do seu visto e também ao início do seu curso. Chegar no Canadá muito tempo antes do início do curso pode criar problemas, mas chegar com 1 mês de antecedência pode ser tranquilo, afinal você precisa cuidar de algumas coisas, como encontrar um apartamento para alugar.
Visto é diferente de permit!
O visto é aquele adesivo que vai no seu passaporte. Ele pode ou não conter a sua foto, e contém informações sobre o tipo de atividade que você pretende fazer (visitar, estudar, trabalhar ou imigrar). Ele também terá data de emissão e data de expiração.
Ao desembarcar no Canadá, você passa por uma entrevista com um oficial da imigração, que irá verificar as suas intenções no país. Mesmo que você esteja com o visto em mãos, é esse oficial que irá, nesse momento, decidir se você irá ou não entrar no país. Ao ser aceito como residente temporário (no caso, estudante com permissão de trabalho), você irá receber desse oficial dois documentos, duas folhas timbradas do governo do Canadá, que são chamados de permits. Esses permits são as suas permissões de estudo e de trabalho, que não poderão ter validade superior à do seu visto.
Em suma, um visto é a permissão para entrar no Canadá com a intenção de estudar/trabalhar, e um permit é a permissão para permanecer no Canadá por um certo período de tempo, estudando/trabalhando.
Posso renovar o meu visto de estudos?
Sim. Quando você recebe o seu permit, logo no momento da entrevista com o oficial da imigração, você vai poder verificar 2 datas no documento: a data de emissão e a data de expiração. É muito importante prestar atenção à data de expiração, pois ela não necessariamente irá corresponder ao final do seu curso, especialmente se o seu curso for longo.
Nesse caso, é preciso pedir uma extensão do seu visto de estudos, e isso deverá ser feito com pelo menos 30 dias de antecedência à data de expiração do seu permit. Nós podemos ajudar com essa fase também!
Quais documentos preciso reunir?
Como sempre, fazer um visto para um outro país exige uma série de documentos, e essa documentação precisa ser o mais completa possível para que o processo tenha as maiores chances possíveis de sucesso. No final, quem será responsável por processar a sua aplicação e dar a palavra final sobre se você pode ou não estudar e trabalhar no Canadá é o Governo Canadense. Nós da Immi fazemos todo o possível para que a avaliação do governo seja positiva!
Para quem aplica para o visto de estudos a partir do Brasil, o tempo de processamento está em aproximadamente 8 a 10 semanas. Esse tempo é só uma estimativa, e pode ser maior ou menor dependendo do número de aplicações que os oficiais têm para processar junto com a sua. Você pode verificar aqui a previsão do tempo de processamento.
Quanto aos documentos necessários, além do passaporte e dos formulários para preencher, você também irá precisar da carta de aceitação da escola (LOA), como falamos acima, de documentação que comprove que você possui os meios financeiros para estudar no Canadá, e também de uma carta de intenção. Ah, também será preciso fazer um exame médico, com um médico credenciado. Esse exame serve para comprovar que você não tem nenhuma doença transmissível que possa ser um risco para a população canadense, como tuberculose, por exemplo.
A carta de intenção é um jeito que o Canadá encontrou para conhecer melhor o candidato, já que o processo não envolve nenhum tipo de entrevista antes da chegada ao Canadá. Nessa carta, você irá se apresentar, falar um pouco sobre a sua educação e o seu trabalho, e irá contar ao oficial da imigração o motivo pelo qual você quer estudar no Canadá, o que você pretende ganhar com essa experiência, como essa oportunidade se encaixa no seu planejamento de carreira e, claro, fechando com a informação de que você pretende voltar para o Brasil depois do seu curso. E mesmo que você tenha planos de aplicar para o Post Graduation Work Permit no futuro, não precisa mencionar isso agora. Um passo de cada vez.
Sobre a comprovação financeira, o site do governo do Canadá informa que o mínimo necessário é o equivalente ao total do valor do curso (tuition), mais 10.000 dólares para cada ano que você pretender ficar no país. 12 meses = tuition + $10.000. 24 meses = tuition + $20.000, e assim por diante. Os valores precisam sempre ser em dólares canadenses. Você pode usar um site de conversão de moedas para ter uma ideia de quanto será necessário ter em sua conta, de acordo com a cotação do momento. Caso você pretenda vir para o Canadá com o seu cônjuge, será preciso ter mais 4.000 dólares canadenses disponíveis para cada período de 12 meses que vocês forem ficar (12 meses = tuition + $10.000 + $4.000; 24 meses = tuition + $20.000 + $8.000).
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Quem já pesquisou lugares para alugar durante uma temporada de férias em uma cidade diferente muito provavelmente já ouviu falar do Airbnb.
O Airbnb é uma iniciativa relativamente nova em termos de hospedagem, em que você pode oferecer a sua própria casa para hóspedes que têm interesse tanto em pagar mais barato do que um hotel quanto em apreender um pouco mais a respeito da cultura local através da convivência direta com pessoas que realmente moram naquela região.
A empresa Airbnb Inc. foi lançada originalmente em 2008. Com sede em San Francisco, na Califórnia, hoje conta com o site que hoje é conhecido por milhares de pessoas em 34.000 cidades em 190 países ao redor do mundo. A iniciativa já existe também no Brasil, e está ficando cada vez mais popular entre turistas e viajantes de todo o mundo por ser uma alternativa mais barata e que desafia a tradicionalidade dos hotéis.
Funciona assim: quem tem interesse em ofecer a sua casa para hóspedes em viagem pode utilizar o site para mostrar o espaço disponível. Quanto mais detalhes, mais atraente o espaço vai ser para possíveis hóspedes, que vão poder saber quais amenidades terão, quais são as regras da casa, assim como poderão também se informar a respeito de distâncias de pontos turísticos e opções de transporte. O anfitrião deve fornecer fotos (que podem ser tiradas por um fotógrafo profissional como um serviço disponível através da própria empresa Airbnb) e deve deixar claros os dias que estão disponíveis para o recebimento de hóspedes.
A grande sacada do empreendimento é que fica a cargo do anfitrião aceitar ou não o hóspede interessado, podendo conversar com ele através de um sistema de mensagens privadas, assim como definir o preço a cobrar por noite, podendo fazer modificações de preço nos finais de semana e nas altas temporadas da região onde mora. E não é obrigatório deixar a casa disponível por nenhum período mínimo nem máximo, sendo que tudo isso fica a cargo do anfitrião.
Através do site, também é possível escrever comentários e reviews a respeito do espaço, do anfitrião, e, no caso do anfitrião, também é possível escrever reviews sobre os hóspedes. Assim, futuros anfitriões e também futuros hóspedes podem saber o que esperar daquele espaço que lhes interessa ou daquela pessoa que está interessada em se hospedar.
Quanto à segurança, a Airbnb oferece um seguro e também recomenda que o anfitrião tome providências adicionais para que o período de estadia seja o mais agradável possível.
Embora a prática de ganhar um dinheiro extra através do Airbnb esteja se tornando cada vez mais popular por ser aberta para todos, é preciso notar, no entanto, que alguns contratos de aluguel não permitem sublocação através desse sistema. Como falamos em um texto de outubro aqui no nosso blog, existem regras específicas para strata buildings, que também podem ser um empecilho para fazer negócios através do Airbnb. Isso não significa, no entanto, que você não possa utilizar os serviços como um hóspede, quando decidir ir conhecer outras cidades no Canadá ou fora dele.
De acordo com uma matéria publicada em fevereiro no site de notícias CBC News Ottawa, a prática do Airbnb está modificando o modelo tradicional da indústria de hospitalidade, e os hotéis estão perdendo clientes para os novos anfitriões. A província de Ontário, que já permite a prática do serviço de car sharing Uber, quer “abraçar essas mudanças”, segunndo o ministro das finanças Charles Sousa. Ele ainda diz que a nova economia que se abre com serviços como Uber e Airbnb representa um "potencial significativo para a criação de empregos e para acelerar o crescimento, a produtividade e a inovação”.
Segundo matéria publicada também em fevereiro no jornal Huffington Post, o governo de Nova Scotia também está estudando a possibilidade de aproveitar melhor essas mudanças, de acordo com Martha Stevens, CEO em exercício do Tourism Nova Scotia. “Isso [inovações como Airbnb e Uber] veio para ficar, e queremos entender e melhorar algumas dessas novas tecnologias porque é isso que os consumidores estão pedindo”.
Como resultado, a economia está mudando através da tecnologia e da inovação. Os consumidores, principalmente os mais jovens, não estão mais interessados em serviços tradicionais que oferecem relativamente poucos benefícios por um preço alto, como é o caso de alguns hotéis (também aqui entra a dificuldade de encontrar hotéis disponíveis em alta temporada em certos destinos), de agências de turismo ou mesmo de companhias de táxi. No final da história, é o consumidor que decide pelos serviços que quer utilizar, e, como consequência, as empresas e também os governos precisam abraçar essas mudanças, como já acontece (ao menos em teoria) em Ontário e Nova Scotia.