Empregadores canadenses estão planejando uma quantidade razoável de contratações para os próximos meses. O Grupo Manpower acaba de lançar seu relatório Employment Outlook para o segundo trimestre de 2016. Esta pesquisa de intenção de contratação prevê o aumento de empregos para esta primavera canadense.
Para esta pesquisa, em torno de 1.900 empregadores e líderes empresariais de todas as regiões e indústrias foram convidados. 15% disseram que planejam contratar mais pessoas. A maioria, 78% indicaram que pretendem manter a sua força de trabalho atual. Já 2% disseram que ainda são incertos os planos. Os restantes 5% dos empregadores pesquisados disseram que eles preveem cortes de pessoal na primavera de 2016.
Com muitas manchetes preocupantes sobre a lentidão na indústria de petróleo e gás e a queda do “Loonie”, é encorajador ver o relatório que indica que as perspectivas de contratação está inalterada, quando comparada ao trimestre anterior e relativamente estável todos os anos.
"Os níveis gerais de emprego permaneceram, pouco mudou em todo o Canadá", disse Michelle Dunnill da Manpower. "Estamos percebendo aumentos em algumas áreas, o que compensa as reduções em outras. No entanto, como o dólar canadense está caindo, esperamos ver a área de Manufatura (manufacturing) decolar, aumentando a demanda por mão de obra qualificada", completou.
O relatório Q2 Employment Outlook prevê a contratação mais robusta na Administração Pública, Finanças, Seguros e Imobiliário, e os setores de Transporte e Serviços Públicos. Os candidatos a emprego no setor de mineração devem esperar para ver apenas um limitado aumento para a Primavera de 2016.
As projeções de contratação mais otimistas para o segundo trimestre de 2016 estão nas Províncias do Atlântico e Ontário, enquanto Quebec e as províncias ocidentais ficaram para trás com as previsões mais modestas de contratações.
Regiões com previsão para um elevado número de contratações:
Richmond-Delta, BC
Charlottetown, PE
Regina, SK
Surrey, BC
Belleville, ON
Regiões com previsões mínimas de contratações:
Mississauga, ON
Red Deer, AB
Northumberland, ON
Calgary, AB
St. Catharines, ON
Niagara Falls, ON
Texto/Tradução: Immi Canada – É proibida a reprodução/cópia sem prévia autorização.
O Governo Liberal anunciou nesta terça-feira (08) a sua intenção de aumentar os níveis de Imigração do Canadá para este ano de 2016, segundo comunicado do Ministro John McCallum durante a coletiva de imprensa em Brampton, Ontário.
Esta semana o Ministro da Imigração apresentou seu relatório com os níveis imigratórios esperados para 2016, os quais aumentarão em 7.4% em comparação aos números de 2015. Isso mostra que o Canadá receberá entre 280.000 e 305.000 novos imigrantes.
Segundo McCallum esta será uma das taxas mais altas em várias décadas. “Estamos com capacidade de receber mais pessoas no Canadá”, disse o Ministro, esclarecendo que este ano estará focado em “ajudar” aos mais necessitados, principalmente por meio de reunião familiar e refugiados. “A reunificação familiar gera benefícios econômicos de grande ajuda para nossa sociedade”, disse.
Normalmente o plano de imigração deve ser apresentado durante o outono. No entanto, as últimas eleições federais obrigaram o adiamento.
Reunificação
Embora os chamados novos imigrantes “econômico” seguem representando a maioria dos novos residentes, os liberais reduzirão o número de trabalhadores qualificados que chegarão este ano, passando de 181.300, que era o objetivo de 2015, para 160.600 em 2016.
Para superar a barreira dos 300.000 imigrantes em um ano, o Governo Federal está aumentando os níveis nos Programas de Reunificação Familiar e de Refugiados.
Em 2016 se espera que cheguem mais de 80.000 pessoas por meio da Reunificação Familiar, seja Pais e Avós ou Filhos e Cônjuges. Em 2015 este número foi de 68.000.
Já falando sobre os refugiados, o Canadá está mais que duplicando suas expectativas, passando dos 24.800 que esperava receber em 2015 por meio desses programas, para 55.800 em 2016.
Este número está sendo impulsionado, principalmente, pelos refugiados sírios.
Programas Econômicos
Os 160.000 imigrantes provenientes de programas econômicos, que o Canadá espera receber em 2016 se divide em:
Trabalhadores Qualificados: 58.400
Caregivers: 22.000
Programas de Empresários e Investidores: 800
Programas de Nomeação Provincial: 47.800
Trabalhadores Qualificados de Quebec: 26.200
Programa de Empresários de Quebec: 5.400
Reunificação Familiar
No caso dos programas de Sponsorship de Familiares, os objetivos do Ministro da Imigração são:
Cônjuge e Filhos: 60.000
Pais e Avós: 20.000
Refugiados
O número de refugiados que o país esperar receber em 2016 são:
Pessoas com status de proteção e de seus familiares:11.000
Reassentamento de refugiados: 44.800
Refugiados admitidos por razões humanitárias: 3.600
O que mais diz o relatório?
O Governo Liberal parece estar de acordo com o Sistema Express Entry que introduziu o antigo governo conservador. No entanto, dizem que “seguirão trabalhando para estarem seguros que todos os prazos de processamento sejam cumpridos”, os quais devem ser, no máximo, de até 6 meses.
Segundo os números da imigração de 2014, a maiora dos imigrantes vieram dos seguintes países:
Filipinas
India
China
Irã
Paquistão
Estados Unidos
Reino Unido e suas colônias
França
México
Coreia do Sul
Entre esses 10 países a soma foi de 60% de todos os imigrantes que chegaram no Canadá em 2014.
A igualdade de gênero parece também estar sendo alcançada em termos de imigração. Em 2004 o número de mulheres aplicantes principais foi de 16.776, enquanto homens somaram 38.405. Já em 2014, o número de mulheres passou para 34.842 e já os homens, 43.250.
O relatório também mostra que a intenção do Governo Federal de solucionar os problemas para o sponsor de cônjuges, que atualmente pode levar vários anos, é de tomar medidas tão logo para reduzir estes prazos de espera.
Texto e Tradução: Immi Canada – É proibida a cópia e/ou divulgação sem prévia autorização;
Fonte: http://nmnoticias.ca/163947/cifras-inmigracion-canada-2016-john-mccallum/
O ministro da Imigração, Refugiados e Cidadania, John McCallum, anunciou hoje, 08 de Março de 2016, que o Canadá vai acolher um maior número de imigrantes em 2016, com ênfase especial na reunião familiar (Family Class Programs).
O Governo do Canadá tem um ambicioso plano para trazer entre 280.000 e 305.000 novos residentes permanentes em 2016. “O Canadá irá reunir famílias, oferecer um lugar de refúgio para aqueles que sofrem algum tipo de perseguição e apoiar a longo prazo o crescimento econômico do país”, disse o Ministro.
Por meio do Relatório Anual do Parlamento sobre Imigração, que inclui os planos para 2016, o governo descreveu como ele irá aumentar os níveis de imigração nos programas Family Class, onde dará destaque ao atraso dessas aplicações e a intenção de realizar mais rapidamente os processos de reunião familiar.
O governo diz que irá cumprir os seus compromissos para acolher mais refugiados no Canadá, e no processo, isso irá ajudar a diversificar a economia canadense e criar um crescimento sustentável.
Tradução: Immi Canada – É proibida a divulgação e/ou reprodução sem autorização prévia.
Fonte oficial: http://news.gc.ca/web/article-en.do?nid=1038729
Seja em busca de novas oportunidades, seja para melhorar a qualidade de vida ou então para seguir um sonho, muitas pessoas desejam imigrar para o Canadá. Os motivos? Bem, o Canadá é o segundo melhor país do mundo em matéria de qualidade de vida, sustentabilidade, segurança, empreendedorismo, dentre outros tantos fatores. Também está entre os 10 países menos corruptos do mundo, possui uma rica cultura formada por imigrantes de todo o mundo, sua natureza é maravilhosa… então como fazer para imigrar para o Canadá?
Antes de mais nada, é importante levar em conta que imigração é uma aventura que pode ser bastante demorada e exigir muita paciência. O governo canadense leva em média de 6 a 15 meses para processar a aplicação, sem contar o prazo que é preciso dar para a reunião e tradução dos vários documentos necessários antes de enviar de fato a aplicação para o Canadá. São vários os passos envolvidos num processo de imigração, e, no final, você vai ter reunido uma pilha enorme de documentos que você nem sabia que podiam ser importantes, como, por exemplo, os carimbos dos seus passaportes que já nem estão mais válidos.
Mas vamos por partes.
Uma das principais informações que os futuros imigrantes precisam saber é que existem muitos programas diferentes e muitas opções para quem deseja começar uma vida nova no Canadá. A mídia fala bastante a respeito do Express Entry, um programa de imigração bastante popular que entrou em vigor no ano passado, e, como consequência, muitas pessoas pensam que essa é a única porta de entrada para o país. Na verdade, existem programas federais, programas provinciais, imigração através de estudos, imigração através de experiência de trabalho, sponsorships… as oportunidades são muitas.
Com o Express Entry (EE) você pode ser elegível para um de três programas de imigração que, a partir de janeiro de 2015, foram englobados pelo EE: Federal Skilled Worker, Federal Skilled Trades e Canadian Experience Class.
O Federal Skilled Worker Program é um programa que busca atrair profissionais qualificados que desejam fazer sua vida no Canadá. Para isso, é preciso que essas pessoas tenham pelo menos um ano de experiência de trabalho remunerada, em tempo integral, em uma profissão que se encaixe nas categorias NOC 0, A ou B. NOC é a sigla para National Occupational Classification, em que as profissões recebem um código de acordo com o nível de treinamento e experiência que exigem dos profissionais. Assim, NOC 0 seriam cargos de management (ex. gerente de hospitalidade), NOC A seriam cargos profissionais que exigem um grau universitário (ex. arquiteto), e NOC B seriam cargos técnicos e tecnólogos (ex. chef de cuisine). O sistema NOC também oferece a descrição de cada tipo de cargo, e essa descrição é utilizada no momento da avaliação da sua aplicação para confirmar que você tem experiência dentro daquelas atividades que estão apontadas ali.
O Federal Skilled Trades Program funciona de maneira similar ao anterior, mas é focado em cargos técnicos e tecnólogos, portanto cargos NOC B. Aqui, será preciso possuir pelo menos 2 anos de experiência de trabalho remunerada, em tempo integral, e possuir uma oferta de emprego ou certificação de qualificação para aquela profissão, desde que concedida por uma província ou território canadense.
O Canadian Experience Class Program é focado em pessoas que já têm experiência de trabalho no Canadá, de no mínimo 12 meses em tempo integral, sendo que o programa só irá considerar candidatos que trabalharam dentro do que era permitido de acordo com o seu visto de trabalho. Trabalho autônomo e trabalho realizado enquanto o candidato também era estudante em tempo integral não irão contar. Aqui também valem as categorias NOC 0, A e B somente.
Com o Express Entry, no entanto, o processo funciona da seguinte forma: primeiro, o candidato preenche um perfil junto ao site da imigração. Através desse perfil é preciso informar experiência de trabalho, idade, nível educacional, nível de proficiência no idioma, dentre outros dados. O perfil pode ser modificado a qualquer momento pelo candidato, isto é, até que ele seja convidado a participar de um dos três programas de imigração descritos acima. Quem decide qual será o programa adequado é a imigração canadense, de acordo com as informações do perfil do candidato. Sendo aceito para participar do EE, o candidato entra para o que é chamado de Express Entry pool of candidates. Aqui, os pontos começarão a fazer a diferença, e os candidatos também são encorajados a buscar empregos no Canadá, pois uma oferta de emprego pode contar valiosos pontos para o EE. A próxima fase diz respeito ao ITA, ou Invitation to Apply. Aqui é o momento de apresentar toda a documentação.
Quais documentos são necessários para imigrar?
A grande maioria dos documentos necessários são aqueles que você já imagina: certidão de nascimento e/ou casamento, certidões federais, estaduais e municipais de antecedentes criminais, fotos, passaportes (atual e antigos, se houver), prova de proficiência em inglês ou francês, diplomas, cartas de referência de empregadores, documentos de comprovação financeira, dentre outros documentos que podem ser diferentes de acordo com o processo de imigração escolhido.
Mas a lista não acaba por aí. Quem irá analisar a sua aplicação dentro do Canadá será um oficial de imigração do governo canadense. Por conta disso, todos os documentos precisam ser em uma das duas línguas oficiais do Canadá (inglês ou francês) traduzidas com o auxílio de um tradutor juramentado, que é uma forma segura de comprovar que aquele documento foi traduzido sem omissão ou adição de nenhuma informação. Além disso, para que o oficial possa compreender com exatidão o seu histórico escolar, será também necessário fazer uma equivalência de diploma, que basicamente é usada para comparar o seu nível educacional ao que seria equivalente no Canadá. Com isso é possível saber se o seu bacharelado do Brasil é equivalente a um bacharelado no Canadá, por exemplo.
Cada programa de imigração possui uma série de formulários que precisam ser preenchidos corretamente, onde o candidato irá informar datas, instituições de ensino, empregos, nomes e endereços de familiares, etc.
Por último, mas não menos importante, vem a prova de proficiência em inglês ou francês. Geralmente não é necessário saber as duas línguas, embora falar vários idiomas possa ser uma vantagem competitiva para um mercado de trabalho globalizado. Mas para fins de imigração, a proficiência na segunda língua oficial do país pode ser uma vantagem para alguns programas, mas para outros não fará diferença.
Quais são os outros jeitos de imigrar?
Além do Express Entry que falamos acima, existem várias outras maneiras de imigrar para o Canadá. Vamos dar uma olhada em algumas das mais conhecidas:
Family Sponsorship: para esse tipo de programa é necessário que o sponsor, ou patrocinador, já seja um cidadão canadense ou residente permanente, e também é necessário comprovar que possui os meios financeiros necessários para manter a pessoa (ou as pessoas) que irá patrocinar, para que elas não necessitem de nenhum auxílio financeiro do governo. Existem alguns tipos diferentes de sponsorship. Os dois principais são o sponsorship para a família direta, ou seja, cônjuge e/ou filhos, e o sponsorship para pais e avós.
Imigração através de estudos: o Post Graduation Work Permit é um programa para o qual o candidato pode aplicar somente uma vez na vida. Tendo estudado em tempo integral no Canadá em uma instituição pós-secundária por no mínimo 8 meses, o candidato pode receber permissão para continuar no Canadá, com um work permit, por um tempo determinado. Se estudou por 8 meses, poderá receber um PGWP de 8 meses de duração; se estudou 2 anos ou mais, poderá receber um PGWP de até 3 anos de duração. Isso pode, no futuro, ser considerado para a imigração através do Canadian Experience Class, por sua vez através do Express Entry.
Provincial Nominee Programs (PNP): aqui estamos falando de imigração em nível provincial, e não mais em nível federal. No Canadá, cada província tem liberdade para criar seus próprios programas de imigração para fortalecer sua economia. Existem programas que funcionam através de “braços” (streams) do Express Entry, e existem programas para os quais se aplica diretamente. É preciso pesquisar junto à província de interesse quais são os programas existentes e os requerimentos, mas um componente importante desse tipo de processo é a expressão da vontade de morar e trabalhar naquela província específica.
Além desses programas existem outros mais, como o self-employed, o investor, e o caregiver, por exemplo.
Com tantas opções, como saber qual é a melhor?
A grande verdade é que não existe uma resposta certa que funcione para todo mundo. É fato que muitos dos nossos clientes aplicam para os seus processos de imigração através do Express Entry, mas também temos muitos outros clientes cujo perfil se encaixa melhor para os programas provinciais, ou então cuja melhor forma de imigrar seria mesmo através de estudos.
Tudo começa com a avaliação do seu perfil e um conhecimento avançado dos diversos programas de imigração. Informações importantes que devem ser levadas em consideração são: seu histórico educacional, sua experiência profissional, sua idade, seus objetivos, se deseja imigrar em breve ou daqui a 1, 2, 3 anos, se é solteiro ou casado, se tem filhos, se quer imigrar somente com os filhos (caso seja divorciado, por exemplo, porque precisa de autorização do outro pai), se possui oferta de emprego no Canadá, se possui oportunidade de ser transferido para o Canadá através da empresa onde trabalha, e, claro, se fala fluentemente inglês ou francês.
A pontuação que você terá com base em cada uma dessas frentes irá variar bastante de acordo com o programa escolhido. Por exemplo, para o Express Entry, a idade pode fazer a diferença entre conseguir somar os pontos necessários ou não (o ideal é imigrar até os 29 anos de idade; após isso perde-se pontos a cada aniversário), enquanto que para alguns programas provinciais, por exemplo, a idade pode não fazer diferença nenhuma. Da mesma forma, geralmente os casais que aplicam juntos para o Express Entry têm menos pontos do que uma pessoa que aplica sozinha como solteira, mas para programas de sponsorship, ser casado e ter uma história juntos que possa ser comprovada através de fotos, testemunhos de amigos e parentes, etc., é essencial.
Aqui você também tem a oportunidade de consultar um profissional para te ajudar com todo esse processo. Isso porque, além de toda a documentação necessária e de todos os formulários exigidos, um profissional poderá orientar você sobre o tempo necessário, sobre detalhes a respeito da vida no Canadá, além de fornecer informações mais pontuais, por exemplo, o que falar na hora da entrevista com o oficial da imigração assim que desembarcar no Canadá.
Saiba mais sobre os nossos serviços de consultoria de imigração, revisão de pontuação para o EE e assessoria para equivalência de diploma!
Presente em 382 cidades ao redor do mundo, a Uber apresenta para o Canadá uma alternativa ao sistema tradicional de táxis das cidades, uma novidade que, ao que tudo indica, vem para ficar.
Com seu quartel-general na cidade norte-americana de San Francisco, na Califórnia, a empresa Uber Technologies Inc. oferece serviços de transporte que, em comparação com as empresas tradicionais de táxi, oferecem benefícios aos motoristas e aos passageiros. Através de um aplicativo, os consumidores podem enviar uma “chamada” , que então é redirecionada para os motoristas Uber, que dirigem seus próprios carros. Os motoristas, livres para dedicarem quanto tempo desejarem para essa atividade, não precisam se preocupar em receber dinheiro diretamente dos consumidores, já que o valor total da corrida é cobrado diretamente através do aplicativo, tendo o cliente fornecido seu cartão de crédito. Os motoristas recebem seu salário semanalmente.
O que faz o sistema Uber diferente dos sistemas convencionais de táxi é a forma única como os motoristas e os clientes participam desse novo tipo de empreendedorismo. Como um trabalho autônomo, os motoristas têm liberdade para planejar seus horários da maneira que desejarem, e, através do aplicativo, os clientes podem verificar com exatidão o tempo que será preciso esperar até que o motorista chegue para iniciar a corrida. O aplicativo, ainda, mostra ao cliente quem é o motorista, qual é o carro que está dirigindo, a placa do carro, e também a avaliação do motorista, de 1 a 5 estrelas, que é feita por usuários. Por sua vez, os motoristas também podem avaliar o cliente, contribuindo assim para o melhor desenvolvimento da indústria.
Com a possibilidade de que mais pessoas possam participar dessa oportunidade, como motoristas autônomos, o sistema ganhou popularidade pela qualidade dos seus serviços. Ainda há controvérsias, principalmente promovidas pela indústria de táxis tradicionais, a respeito da segurança e dos preços das corridas com o serviço que a Uber proporciona, mas a própria empresa fornece a segurança de que os passageiros precisam. Todos os motoristas, ao se inscrevem, passam por um background check, uma checagem de seus antecedentes criminais. Todos precisam ter seguro contra acidentes, e precisam demonstrar que possuem permissão para dirigir. Os carros, por sua vez, não podem ser mais velhos do que 10 anos contados em retrocesso a partir do momento presente. Além disso, o sistema de avaliação fornecido pelo aplicativo faz com que todos os clientes possam avaliar seus motoristas, contribuindo para a segurança dos próximos passageiros, que podem, com isso, ter uma melhor ideia a respeito daquela pessoa.
No Canadá, a Uber começou a operar em 2012, em Toronto, gerando controvérsias desde o início. Como resultado, Vancouver e Calgary fecharam as portas para a iniciativa, que ainda encontra obstáculos por superar, muito embora mais de 70% dos canadenses aprove a ideia de ter uma opção a mais de transporte, mais amigável, por assim dizer, em comparação aos táxis.
Segundo uma pesquisa realizada pelo Angus Reid Institute, a maioria dos canadenses não é a favor de banir os serviços da Uber, mas é a favor, no entanto, de que esses serviços sejam regulados, assim como são regulados os serviços dos táxis tradicionais. A questão da regulamentação, em parte provocada pelos taxistas das cidades onde a Uber é liberada, tem a ver com o fato de que motoristas Uber não estão sujeitos às mesmas taxas e leis a que os taxistas tradicionais estão, fazendo com que a competição, aos olhos destes, não seja leal. Defensores da Uber, em contrapartida, apontam para a qualidade dos serviços, a agilidade dos motoristas e a facilidade geral para chamada e pagamento (e também avaliação) oferecida pelo aplicativo como pontos essenciais, observando que a indústria tradicional de táxis parece não ter evoluído para incorporar tecnologias novas e também mudanças em seu público, em uma era em que a maior parte do sucesso das empresas depende da satisfação (e da comunicação dessa satisfação) de seus clientes.
Em BC, o ministro dos transportes Todd Stone declarou, em matéria publicada em janeiro no site de notícias CBC News, que é apenas uma questão de tempo para que a Uber chegue na província, sendo que, segundo o gerente geral da Uber Canada, Ian Black, cerca de 100.000 vancouverites fizeram o download do aplicativo, mostrando que muitas pessoas estão abertas a um novo meio de transporte na cidade. De acordo com a matéria, as principais questões que precisam ser endereçadas para que a Uber possa operar livremente em BC são: seguro contra acidentes, checagem de antecedentes criminais, acessibilidade para pessoas com deficiência e inspeções dos veículos.
De acordo com uma matéria publicada em dezembro do ano passado no jornal The Globe and Mail, a popularidade dos serviços da Uber, que conta com 20.000 motoristas somente no Canadá, reflete um fenômeno conhecido como gig economy, ou seja, o aumento da oferta de serviços por profissionais autônomos, serviços que podem ser contratados online. O ponto negativo de tudo isso é somente que, como autônomos, esses profissionais não contam com direitos e benefícios com que a maioria dos canadenses conta: salário mínimo, seguro empregatício e benefícios adicionais, como contribuições para o Canada Pension Plan, o plano governamental de aposentadoria.
As mudanças na economia e na forma como os consumidores se relacionam com produtos e serviços está acontecendo a todo vapor. É hora, portanto, como afirma o economista Thomas Kochan, de revisar e modificar as leis e a estrutura das relações tradicionais de emprego para acomodar as novidades.
Isso já está acontecendo em Edmonton, de acordo com uma matéria publicada em janeiro no site do jornal National Post. A cidade é a primeira a aprovar uma bylaw favorável à iniciativa Uber, que irá oferecer aos motoristas um seguro aprovado pela própria província de Alberta.
Muita gente já ouviu falar na crise do petróleo que está afetando diretamente a economia de vários países, incluindo o Canadá. Com o que está sendo considerada por especialistas como a maior crise dos últimos anos na indústria de petróleo e gás, a província de Alberta já conta com 19.600 empregos perdidos em 2015, desde 1980. Para fins de comparação, durante a crise de 2009 a província perdeu cerca de 17.200 empregos. Ainda assim, nada comparado aos gritantes 45.000 durante a recessão de 1982.
Qual é o impacto desses números na vida dos canadenses em geral e dos residentes de Alberta, em particular? Basicamente o que o Canadá está vendo nesse momento é uma espécie de êxodo, já que as pessoas que dependiam da indústria petroleira para fins empregatícios estão precisando sair da província, cujo foco da economia é o petróleo, em busca de empregos em outras indústrias e em outras cidades. Isso faz com que esses trabalhadores procurem por novas fontes de renda, muitas vezes aceitando pay cuts, ou diminuição de salário, em troca de um emprego mais estável. Para alguns psicólogos e orientadores profissionais canadenses, a crise do petróleo pode ser vista, na verdade, como uma ótima oportunidade para que os trabalhadores que estão sendo demitidos procurem fazer a transição para uma carreira que seja mais adequada de acordo com seus planos de vida e seus objetivos pessoais. Para alguns, é uma oportunidade para recomeçar e realizar os sonhos profissionais.
Para outros, no entanto, a crise do petróleo está provando ser bastante amarga. São geralmente pessoas que não estão mais em início de carreira, e que, embora possuam bastante experiência profissional, frequentemente encontram essa experiência focada apenas na indústria onde trabalharam durante tantos anos. Isso pode fazer com que, na busca por novos empregos, acabem não tendo tantas chances quanto as pessoas mais jovens ou então que contam com qualificações específicas de outras indústrias.
Entre os empregos perdidos estão desde cargos de operação de máquinas até cargos de gerência e executivos. Com menos funcionários, as empresas também estão procurando escritórios menores e com aluguéis mais baratos, e, somando isso à saída dos recém-demitidos funcionários em busca de novos empregos em outros lugares, a indústria imobiliária em Alberta também sofre. De certa forma, a economia é sempre dependente de várias indústrias que exercem maior ou menor influência umas nas outras, e, com isso, uma crise em uma dessas indústrias inevitavelmente acaba afetando a economia como um todo. É o caso também da indústria de hospitalidade, incluindo a famosa Calgary Stampede, que também contou com demissões de funcionários para 2016 devido à diminuição de público. Com menos empregos e frente à necessidade de economizar, as pessoas tendem a gastar menos com turismo e artigos que não são de primeira necessidade, impactando também os lucros de lojas e restaurantes em geral.
Para atrair consumidores, surgem as promoções e os descontos, e também uma curiosa maior facilidade em se conseguir empréstimos, o que faz com que residentes adquiram ou aumentem consideravelmente suas dívidas.
Ao contrário do que aconteceu nas crises do passado, alguns economistas (como por exemplo Peter Tertzakian, de acordo com este artigo) especulam que a volta ao normal a partir da crise mais recente não será tão positiva, principalmente pelo fato de que contamos hoje com uma pressão para diminuir as emissões de CO2 na atmosfera. E emissões de CO2, claro, podem ser interpretadas como efeitos colaterais diretos da produção e consumo do petróleo e seus derivados. Com isso, o caminho está aberto para a renovação da indústria de produção de energia, com fontes mais sustentáveis e menos dependentes dos combustíveis fósseis.
A longo prazo, essa renovação, se vier a acontecer da forma como alguns entendidos do assunto estão prevendo, pode ser responsável pela criação de muitos novos empregos. A curto prazo, no entanto, resta ao Canadá esperar a turbulência passar e reconstruir seus alicerces.
Não é nenhum segredo que o Canadá oferece planos de saúde governamentais para seus cidadãos e residentes permanentes. O que muitas vezes não fica claro é a cobertura desses planos: que tipos de serviços estão inclusos? Quem tem direito? O que é preciso fazer para se inscrever?
No texto de hoje vamos falar um pouco sobre todos esses aspectos.
De acordo com o site oficial do governo canadense, o país conta com um plano de saúde universal, o qual os cidadãos e residentes permanentes não precisam pagar, já que os custos do sistema são cobertos pelos impostos que a população paga no dia a dia.
Como o Canadá possui um sistema de governo em que cada província possui autonomia relativa às suas próprias decisões, e sendo os planos de saúde administrados por cada província para seus cidadãos e residentes permanentes, cada província pode oferecer uma cobertura ligeiramente diferente da outra, o que faz com que seja necessário pesquisar a fundo cada tipo de plano. Além disso, se cidadãos ou residentes de uma província buscam tratamento médico em outra província, pode ser cobrada uma taxa.
Em BC, o Medical Services Plan cobre serviços médicos necessários confome recomendados pelo médico ou outro profissional da saúde que realiza o atendimento do paciente. Em BC, residentes devem contribuir com uma quantia mensal para terem acesso ao plano, sendo que essa quantia é calculada com base na quantidade de pessoas por família e na renda familiar, de acordo com esta tabela.
Para residentes da província, de acordo com o Medicare Protection Act, a participação no plano é obrigatória, tanto para o residente em si quanto para seus dependentes. Um residente é uma pessoa que mora em BC, sendo cidadão ou residente permanente, e que está fisicamente presente na província durante 6 meses no ano. São considerados dependentes: cônjuge e filhos.
O cônjuge deve também ser cidadão canadense ou residente permanente, devendo morar junto com o aplicante principal. Filhos devem ser economicamente dependentes dos pais, com idade de 18 anos ou menos, ou então com idade entre 19 e 24 anos, desde que estejam estudando em tempo integral.
Por fim, se o cônjuge ou os filhos ainda não forem residentes permanentes, desde que tenham aplicado para residência permanente (e desde que o processo esteja ativo junto ao órgão do governo canadense), serão considerados elegíveis para serem dependentes e receberem os benefícios do MSP juntamente com o aplicante principal.
No caso de pessoas que possuam visto de estudos ou de trabalho e que não se encaixam na categoria de residentes permanentes, podem ser elegíveis em circunstâncias especiais, ou seja, caso seus permits sejam válidos por 6 meses ou mais.
Visitantes (turistas) não têm direito a cobertura pelo MSP. É recomendado, no entanto, que possuam um seguro de viagem, que pode cobrir eventuais emergências médicas, como acidentes, por exemplo.
Cobertura
Os serviços que são cobertos pelo MSP incluem atendimentos médicos que são considerados necessários, fornecidos por médicos ou parteiras (midwives), cirurgias odontológicas realizadas em hospital, exames oftalmológicos, se necessários, e alguns serviços de ortodontia. Além disso, o MSP também cobre exames diagnósticos, incluindo raios X.
Em suma, existem dois tipos diferentes de serviços de saúde cobertos pelo MSP: os serviços médicos e os serviços de saúde adicionais. Vamos ver mais a fundo:
Os serviços médicos incluem:
Alguns serviços de saúde adicionais, tais como acupuntura, quiropraxia, massoterapia, naturopatia, fisioterapia e podologia não cirúrgica, podem ser cobertos pelo MSP em condições especiais, para pacientes que se encaixam em pelo menos uma condição pré-estabelecida, por exemplo, residentes de instituições que fornecem cuidados de longa duração (long-term care facilities). É possível verificar aqui as categorias de pacientes que têm direito a esses benefícios adicionais, para os quais o plano de saúde irá cobrir CAD$23 por consulta, sendo permitido um total de 10 visitas ao ano.
Exames oftalmológicos são cobertos, desde que sejam medicamente necessários (como no caso de acidentes ou doenças que possam causar dano à saúde dos olhos, como diabetes). Para pacientes de até 18 anos de idade, e também para pacientes acima dos 65 anos de idade, exames de rotina são permitidos.
Você pode checar no link a seguir os serviços que não são cobertos pelo MSP.
Para ambulâncias, embora o serviço não seja coberto inteiramente pelo MSP, o valor total do serviço pode ser reduzido para quem possui o plano da província, de acordo com o BC Emergency Health Services.
O PharmaCare é um conjunto de planos especiais que cobrem vários medicamentos e aparelhos médicos que sejam prescritos por um profissional da saúde como medicamente necessários. Esses planos são recomendados (mas não obrigatórios) para os residentes de BC, sendo que o mais popular dentre eles é o Fair PharmaCare, baseado na renda familiar.
Em BC, alguns empregadores oferecem aos funcionários planos de saúde particulares, que fazem parte dos benefícios oferecidos pela empresa. Não é uma regra, no entanto, e cada empregador é livre para escolher o plano e a cobertura que deseja oferecer. Esses planos de saúde empresariais não excluem a necessidade do MSP, que é obrigatório para todos os residentes de BC. São, no entanto, considerados um benefício adicional que a pessoa pode ter. É muito importante checar com a empresa a respeito da cobertura do plano em questão, pois alguns podem cobrir vários serviços adicionais (incluindo medicamentos prescritos pelo médico) que o MSP não necessariamente cobre.
Cobertura do MSP fora de BC
Para residentes de BC que estão fora do Canadá (ou em Québec), desde que sejam considerados elegíveis, o MSP pode reembolsar gastos médicos (com apresentação de documentos comprobatórios), desde que sejam referentes a atendimentos medicamente necessários realizados por médicos licenciados, e que normalmente seriam cobertos pelo MSP caso o paciente estivesse em BC. No entanto, o MSP cobrirá somente o valor que for compatível com o que os mesmos serviços médicos custariam em BC, sendo que qualquer valor acima disso que for cobrado em outra província ou outro país deverá ser pago pelo próprio paciente.
Caso o paciente precise de cuidados médicos de emergência enquanto visita outra província no Canadá, a maioria dos médicos em todas as províncias (exceto Québec) tem como prática contatar as autoridades de saúde da província onde praticam, desde que o paciente apresente o seu BC Services Card. As províncias então se responsabilizam por realizar a troca dos fundos referentes ao tratamento em questão.
Mesmo com esses potenciais benefícios, é fortemente recomendado pelas autoridades de BC que viajantes que pretendam visitar outras províncias ou países façam um seguro de saúde para cobrir eventuais gastos que não estejam presentes em acordos interprovinciais.
Assim como ocorre com todas as profissões regulamentadas no Canadá, cada província possui uma série de requisitos que devem ser atendidos para que o profissional possa se qualificar para obter a licença. Nosso objetivo com essa nova série é informar alguns desses requisitos, para oferecer uma ideia geral sobre como se dá a prática profissional.
A Immi Canada aconselha você a buscar as informações completas a respeito do processo de registro na província onde pretende atuar diretamente com o órgão regulador, através dos links que sempre oferecemos ao final do post!
A Canadian Organization of Paramedic Regulators é um órgão nacional que engloba os órgãos provinciais reguladores para os paramédicos.
Colúmbia Britânica
Na Colúmbia Britânica, a Emergency Medical Licensing Board é o órgão responsável por conferir licenças de atuação para os paramédicos. O órgão denomina Emergency Medical Assistants (EMAs) todos os profissionais que trabalham com cuidados de emergência, incluindo first responders.
Existem hoje 6 categorias de licença para os paramédicos nessa província. O profissional pode ter somente uma licença de cada vez, mas é possível galgar as categorias e adquirir, com experiência profissional, outros níveis de licença.
A respeito das categorias, são elas:
Para obter a licença de atuação na Colúmbia Britânica, é preciso passar por 3 passos:
No caso de aplicantes internacionais, profissionais que trabalham como paramédicos fora do Canadá que desejem atuar na Colúmbia Britânica precisam passar por um processo de revisão de seu treinamento e de sua experiência profissional. Essa revisão é realizada pelo próprio EMA Licensing Branch.
O primeiro passo é verificar qual seria a categoria mais adequada, baseando-se em suas experiências profissionais e em seu treinamento. Em seguida, é preciso preencher um formulário de aplicação, e enviar alguns documentos para o LMA Licensing Branch. Esses documentos devem ser originais. São eles:
Todos os formulários estão disponíveis no site do órgão regulador da província: EMA Licensing Branch.
De acordo com cada caso, é possível que seja recomendado que o candidato realize provas teóricas ou práticas.
Uma curiosidade a respeito dessa província é que é possível obter a licença antes de ser maior de idade, que na Colúmbia Britânica é de 19 anos. É possível ser um paramédico já aos 16 anos de idade, mas somente na condição de que o jovem profissional deve ser supervisionado por um EMA que possua a licença plena para atuação, na mesma categoria ou em uma categoria mais abrangente do que a que o jovem profissional esteja buscando. Ao fazer 19 anos, essa condição não é mais necessária.
Alberta
O Alberta College of Paramedics é o órgão regulador para essa província.
Existem registration policies que o candidato deve levar em consideração antes de submeter sua aplicação para Alberta. Tratam-se de regras a respeito de educação continuada e, principalmente, a respeito de regras gerais para o exercício da profissão.
Além disso, o College disponibiliza uma seção de perguntas frequentes, que pode ser bastante útil para quem está interessado em praticar essa profissão.
No caso de profissionais que já atuam como paramédicos em outros países, para atuar em Alberta será necessário realizar um processo de equivalência. Também é possível passar por esse mesmo processo caso o profissional seja formado em outra profissão da área da saúde, que tenha interface com o escopo dos paramédicos.
É possível ter uma boa ideia a respeito da equivalência visualizando o flowchart apresentado pelo College.
Em primeiro lugar, é preciso obter um relatório de avaliação das credenciais e realizar uma prova de proficiência em inglês. A partir disso é possível reunir os documentos necessários, que deverão ser submetidos ao College para revisão. Revisando o formulário de aplicação para a equivalência é possível verificar quais documentos serão necessários. É bom notar que serão necessárias cartas de recomendação de pessoas que possam atestar quanto à boa conduta profissional do candidato.
Também será necessário autorizar um background check, o que é bastante comum no caso das profissões regulamentadas.
Demais documentos:
É interessante notar que existe uma prova provincial que o candidato deve completar antes de poder receber a licença para atuação na profissão. Caso o candidato reprove por 3 vezes, será necessário completar um novo programa de estudos antes de poder realizar a prova novamente.
Ontário
O Ontario Emergency Health Branch é o órgão responsável pelo registro dos paramédicos nessa província.
No caso de profissionais que não realizaram seu curso de graduação em Ontário, existe um caminho que é possível traçar, conhecido como Ontario Paramedic Equivalency Process.
O processo de equivalência possui duas fases, que são a avaliação da educação e da experiência de trabalho, e a realização das provas de qualificação. O curso preparatório em Ontário leva em consideração uma série de matérias que o candidato deve ter em seu histórico acadêmico a fim de poder completar a equivalência. Essas matérias incluem, por exemplo, psicologia, farmacologia, anatomia e fisiologia, dentre outras.
É interessante notar que a proficiência na língua inglesa será avaliada no decorrer dos testes referentes às avaliações qualificatórias. Essas avaliações devem ser completadas em 24 meses a partir da data do relatório de equivalência da fase 1, mencionada acima. Existem também provas práticas, que incluem tomada rápida de decisão em simulações de casos de emergência médica.
Uma seção de perguntas frequentes é disponibilizada para que os candidatos possam tirar suas dúvidas com relação à profissão como é praticada na província.
Manitoba
O Manitoba Health – Emergency Medical Services é o órgão regulador para essa província.
Assim como é muito comum para as profissões regulamentadas, em Manitoba é preciso fornecer um criminal records check, assim como um child abuse registry check. Esses certificados são essenciais para profissionais que pretendem trabalhar em contato direto com o público, na área da saúde. Também será preciso fornecer o comprovante de conclusão de um curso de treinamento como paramédico, que seja reconhecido como equivalente no Canadá.
Para aplicar para a licença, será necessário passar por uma prova provincial composta por duas partes: uma prova teórica, de múltipla escolha, e uma prova prática, a fim de avaliar as competências do candidato em uma situação de emergência simulada.
É possível encontrar uma lista de formulários de aplicação para as várias classes de especialidades.
Órgãos reguladores e informações para contato:
Canadian Organization of Paramedic Regulators
P.O. Box 456
Ladysmith
British Columbia
V9G 1A3
EMA Licensing Branch - British Columbia
Ministry of Health
1515 Blanshard Street, 1st Floor
Victoria BC V8W 3C8
Phone: 250 952-1211 or 1-877-952-1211
Email: emalbgeneral@gov.bc.ca
Alberta College of Paramedics
#220 - 2755 Broadmoor Boulevard
Sherwood Park, Alberta T8H 2W7
Directions Telephone: 780-449-3114
Toll Free: 1-877-351-2267 (Alberta only)
Email: acp@collegeofparamedics.org
Emergency Health Services Branch
5700 Yonge Street, 6th Floor
Toronto, Ontario
M2M 4K5
Tel : 1-800-461-6431 (Toll-free in Ontario only)
Fax : 416-327-7911
Email : ehs.websitecontact@sdsx.moh.gov.on.ca
Manitoba Health, Healthy Living and Seniors - Emergency Medical Services
Unit #7 - 1680 Ellice Avenue
Winnipeg MB R3H 0Z2
E-mail: emergserv@gov.mb.ca
Phone: 204-945-5300
A TPP, sigla para Trans-Pacific Partnership, ou, em português, Parceria Transpacífico, é um acordo de livre comércio realizado entre 12 países1 da região conhecida como Pacific Rim (países que são banhados pelo oceano Pacífico).
Com a ideia central de promoção de crescimento econômico para todos os países envolvidos, incluindo, com isso, a criação e retenção de empregos, inovação tecnológica e elevação dos padrões de vida, dentre outros benefícios, a TPP foi assinada na Nova Zelândia no dia 4 de fevereiro de 2016, estando o Canadá representado pela ministra do comércio Chrystia Freeland. O projeto, ainda não ratificado e, portanto, ainda não em vigor, conta com muitas críticas e protestos realizados principalmente por especialistas em saúde, ambientalistas, sindicatos diversos e mesmo políticos.
É importante notar que as negocioações se estendem já por mais de cinco anos entre os países envolvidos, tendo sido mantidas “em segredo” pela maior parte desse tempo. O documento original do tratado, onde podem ser encontradas todas as cláusulas, é bastante extenso, contando também com cláusulas e cartas adicionais, fazendo com que a leitura pelo cidadão comum seja dificultada. Muitas especulações estão sendo realizadas, tanto por partidários do projeto quanto por críticos, mas é preciso ter em mente que, até o momento, não existe um consenso a respeito dos reais benefícios e riscos impostos pela TPP.
De acordo com matéria publicada no dia 4 de fevereiro pela CBC News, a TPP é considerada como sendo o mais amplo acordo de livre comércio já feito. O pacto, assinado por 12 países da região do Pacific Rim, representa um acordo sobre 40% da economia mundial total. No Canadá, um dos críticos mais fervorosos a respeito das negociações é o ex-CEO adjunto da Blackberry, Jim Balsillie. Para Jim, a assinatura da TPP representa, para o Canadá, a pior jogada em termos de política externa de todos os tempos.
De acordo com Jim, a TPP faz com que as desvantagens competitivas do Canadá quanto à economia da inovação sejam bloqueadas indefinidamente, uma vez que o país não contou com nenhuma estratégia de inovação, segundo termo utilizado pelo ex-CEO, durante os últimos 40 anos.
A chamada economia da inovação, ou economia do conhecimento, segundo Jim, parte do princípio de que a maneira de se conseguir prosperidade no século 21 é através de bens não trangíveis, ou seja, conhecimento e ideias. Para ele, o Canadá não possui um sistema que funcione de acordo com esse princípio, permitindo que o país enriqueça através do conhecimento - propriedade intelectual -, e esse seria o principal ponto negativo do novo acordo, que passa então a favorecer países cujos sistemas de governo já contam com tradições específicas para isso, criadas nas últimas décadas. De acordo com essas ideias, o Canadá baseia sua economia fundamentalmente em bens tangíveis, em recursos de uma economia tradicional.
Essa questão, claro, levanta a seguinte pergunta: qual será o impacto da TPP sobre a criação e a manutenção de empregos, e terá algum peso sobre as políticas de imigração?
De acordo com este artigo publicado pelo jornal The Globe and Mail, o fato de a TPP levar em conta países menos favorecidos economicamente, tais como o Vietnã, pode significar uma diminuição no número de vagas de trabalho nos países mais desenvolvidos, como o Canadá, por exemplo, já que a mão de obra poderia em teoria ser deslocada para esses outros países por motivo de redução de custos, tendo os trabalhadores uma menor proteção contra a exploração no trabalho. Por outro lado, existem artigos no acordo que explicitamente impedem o trabalho infantil e enfatizam a importância da proteção dos direitos dos trabalhadores.
Quanto aos consumidores, o novo acordo poderá permitir uma diminuição nos preços atuais dos bens de consumo, como veículos, por exemplo, devido à redução das tarifas de importação e também devido à redução da porcentagem de partes automotivas que devem ter fabricação local (a NAFTA exige que 62.5% das partes automotivas sejam provenientes da América do Norte, enquanto que a TPP exigiria o mesmo para apenas 45% da partes, para o Canadá).
Quanto aos exportadores canadenses, estes contarão com redução de tarifas de exportação também, podendo ganhar vantagens competitivas em relação a empresas de países que não fazem parte do acordo. Com isso, a exportação de produtos canadenses pode aumentar, criando uma vantagem econômica em si, possivelmente gerando mais empregos e salários, e principalmente inserindo o Canadá com maior ênfase no mercado asiático através do Japão. Quanto a negociações no comércio internacional, os aliados da TPP podem oferecer benefícios mútuos na resolução de eventuais disputas, principalmente com grandes economias ao redor do mundo.
Segundo um artigo publicado no dia 10 de fevereiro pelo jornal The Huffington Post, a diminuição das exigências a respeito da origem de partes automotivas, por exemplo, pode significar uma ameaça para 20.000 empregos no setor automotivo. O acordo também faria com que ficasse mais fácil para as empresas relocarem seus funcionários entre os países que são alvo do acordo. Essas empresas, em teoria, não se preocupariam com certificações e demais regras de trabalho para o cargo do funcionário em questão, enquanto que os trabalhadores estrangeiros em si continuariam a ter seu caminho bloqueado para uma cidadania. No entanto, ainda não foram divulgadas maiores informações a respeito do peso que (e se) a TPP poderia ter nas políticas de imigração.
Segundo artigo publicado pelo jornal National Post, em 4 de fevereiro, uma pesquisa realizada pelo Angus Reid Institute revela que falta clareza entre os canadenses a respeito dos detalhes da TPP, sendo que cerca de metade dos cidadãos confessam não possuir informações suficientes a respeito do acordo a fim de poderem emitir uma opinião a respeito. Ainda assim, a pesquisa afirma que os canadenses consideram que a TPP terá um impacto positivo no país.
Com tudo isso levado em consideração, as negociações da TPP ainda não foram ratificadas pelo Canadá. A ministra do comércio Chrystia Freeland informou, quando da assinatura da TPP, que tal assinatura foi mera formalidade, necessária antes que o acordo possa ser levado para o Parlamento para debate. Também é preciso lembrar que as negociações originais a respeito da TPP foram feitas ainda sob Stephen Harper, como lembra este artigo, e cabe agora ao governo de Justin Trudeau avaliar a viabilidade da rartificação, através de debates na Câmara dos Comuns.
1Singapura, Brunei, Nova Zelândia, Chile, Estados Unidos, Austrália, Peru, Vietnã, Malásia, México, Canadá e Japão.
Tomar medicamentos faz parte da nossa rotina, de certa forma. De remédios para dor até antibióticos, os brasileiros tomam com bastante regularidade uma série de remédios para os mais diversos males, tais como diabetes, pressão alta, hipo ou hipertireoidismo, e não podemos esquecer da pílula anticoncepcional.
A dúvida é: como levar medicamentos de uso contínuo para o Canadá? Sobre os medicamentos comuns, de venda livre: compensa levar do Brasil ou é possível encontrar facilmente no Canadá?
Em primeito lugar, é muito importante lembrar que alguns medicamentos e princípios ativos são de venda proibida no Canadá, como é o caso da nossa famosa Neosaldina, que contém dipirona, um composto considerado tóxico a longo prazo pelas autoridades farmacêuticas canadenses. Outro fator importante a ser levado em consideração é a questão de que alguns medicamentos que são de venda livre no Brasil, como, por exemplo, alguns tipos de hormônios (anticoncepcional e medicamentos para hipotireoidismo) são de venda controlada no Canadá e precisam de receita.
Por último, um terceiro fator muito importante é que alguns medicamentos simplesmente são diferentes (novamente, alguns tipos de pílula anticoncepcional), o que faz com que nem sempre o paciente encontre aqui o medicamento com o qual estava acostumado no Brasil.
Medicamentos de uso controlado
Se você toma medicamentos de uso contínuo, mesmo que não sejam controlados (com retenção de receita médica) no Brasil, é preciso pedir para o seu médico uma receita que explique o motivo da necessidade daquele medicamento, o nome comercial e o nome dos princípios ativos, assim como a quantidade receitada para que o paciente leve em viagem. Se possível, é recomendado que o paciente leve consigo a receita original, em português, e também uma tradução, ou, caso o médico fale inglês, uma receita escrita pelo próprio médico, em inglês.
Como estabelece o governo do Canadá, é permitido para quem entra no país trazer consigo medicamentos que já esteja utilizando, mas somente em quantidade suficiente para durar até o final do tratamento ou então em quantidade suficiente para durar até 90 dias, o que for menor. Isso vale tanto para residentes temporários (turistas, estudantes e trabalhadores) quanto para residentes permanentes que já estejam em curso de tratamento.
O medicamento em questão deve ser destinado para uso da pessoa que o leva consigo, ou então a um menor de idade que está sob responsabilidade daquela pessoa. Sendo assim, não é permitido trazer para o Canadá remédios controlados que sejam destinados a outras pessoas. Além disso, o medicamento deve estar em sua embalagem original, para que o oficial da imigração possa, caso necessário, identificar o que é e para que é recomendado.
É possível enviar medicamentos pelo correio para pessoas que estejam morando no Canadá em caráter temporário. Estamos falando de turistas, estudantes e trabalhadores temporários. Essas pessoas podem receber medicamentos pelo correio que estejam em caixas originais, lacrados, acompanhados de documentação que indique serem destinados à pessoa em questão. A pessoa, por sua vez, no momento do recebimento do medicamento, deverá fornecer documentos que comprovem o seu status legal no país: carimbos no passaporte, work permit, study permit.
No caso de residentes permanentes ou cidadãos canadenses, não é permitido que recebam medicamentos de outros países pelo correio. Isso porque tanto residentes permanentes quanto cidadãos têm fácil acesso a consultas médicas no Canadá através dos planos de saúde dos governos das províncias, não possuindo justificativa para importar medicamentos.
Medicamentos de venda livre
Os medicamentos de venda livre aqui no Canadá podem ser conseguidos muito facilmente em farmácias e supermercados, e estão disponíveis em prateleiras como qualquer outro produto. Não é preciso falar com um farmacêutico para comprá-los.
Estamos falando de suplementos vitamínicos, remédios comuns para dor, alguns remédios para gripe e tosse, alguns tipos de colírios, além de remédios para indigestão e alguns tipos de pomadas cicatrizantes. Alguns desses medicamentos possuem o mesmo nome comercial que é usado no Brasil e são fáceis de reconhecer. Quando isso não acontece, é possível perguntar ao farmacêutico de plantão qual seria o medicamento recomendado para o tipo de sintoma que a pessoa está sentindo, e o profissional poderá auxiliar com a escolha do medicamento sem problema algum.
Esses medicamentos não são caros, embora os preços possam variar bastate de farmácia para farmácia. Assim como no Brasil, no Canadá também existem remédios de marcas conhecidas e remédios genéricos, que tendem a ser mais baratos.
Caso a pessoa deseje levar medicamentos de venda livre na mala, as regras a serem observadas serão as mesmas para os medicamentos controlados, mas sem a necessidade da receita médica. O medicamento deve ser suficiente para o término do tratamento ou para 90 dias, o que for menor, e deve estar em sua embalagem original.
Residentes permanentes
Como esclarecemos acima, residentes permanentes e cidadãos podem trazer medicamentos para o Canadá quando voltam após uma viagem para outro país, mas somente se já tiverem iniciado o tratamento no país que foram visitar. Caso sejam medicamentos controlados, precisarão de receita médica, sempre respeitando a quantidade máxima permitida: 90 dias ou o suficiente para um curso de tratamento, o que for menor.
Residentes permanentes devem se inscrever no plano de saúde fornecido pelo governo da província onde moram. Esse plano permitirá que realizem consultas médicas, em que poderão pedir um check-up de qualquer condição que possuam, além de uma receita médica para adquirir os medicamentos necessários para o tratamento.
Essas consultas são gratuitas, e alguns empregadores fornecem planos de benefícios adicionais que podem também cobrir parte do valor dos medicamentos necessários.
Para mulheres que utilizam pílulas anticoncepcionais, é válido lembrar que algumas marcas que existem no Brasil não são vendidas no Canadá, e vice-versa. Por isso, é bom se informar a respeito com o seu médico já no Brasil, e considerar a possibilidade de precisar realizar a troca para uma outra marca quando chegar no Canadá. Pílulas anticoncepcionais precisam de receita médica.
No Canadá existem walk-in clinics, clínicas que não exigem agendamento de horário, o que dá ao paciente a liberdade de ir ao médico quando for conveniente. Nesse caso, é comum que seja preciso esperar pelo atendimento. É preciso verificar se a clínica que você pretende ir aceita walk-ins, pois isso não é uma regra geral.
Para encontrar no Canadá os medicamentos que sejam equivalentes aos medicamentos brasileiros com os quais você está acostumado, basta conversar com um médico ou um farmacêutico, mencionando também os princípios ativos dos medicamentos em questão, lembrando que a automedicação é fortemente desaconselhada.