Olá leitores da Immi Canadá, meu nome é Maíra e eu sou completamente apaixonada pelo Canadá e considero esse país minha casa, por isso estou muito feliz em fazer parte do Projeto Apaixonadas pelo Canadá. Serei uma das correspondentes de Toronto e espero passar muitas informações e dicas úteis a vocês, sobre essa cidade que chamo de minha, há quase 4 anos.
Minha história com Toronto começou em 2009. Tinha terminado a faculdade e estava meio perdida sem saber o que fazer, e precisando renovar as energias. E nada melhor do que viajar, não é mesmo?
Confesso que Toronto não foi a minha primeira opção. Tinha uma amiga em Vancouver e ela estava tentando me convencer a ir para lá. Até dei uma pesquisada sobre Vancouver, mas não achei que a cidade tivesse muito a ver comigo. Pesquisei muito sobre outras cidades no Canadá (sou a pessoa das pesquisas) e decidi que viria para Toronto estudar inglês. E quer saber? Foi a melhor decisão que já fiz na minha vida.
Toronto é a capital da província de Ontário e a maior cidade do Canadá, com uma população de mais de 2 milhões e meio de habitantes, o que faz dela a quarta cidade mais populosa da América do Norte. Apesar de ser uma metrópole, Toronto é considerada uma das melhores cidades do mundo para se viver, aparecendo constantemente no topo de listas quando o assunto é qualidade de vida. Este ano ela foi eleita pelo The Economist a quarta cidade mais habitável do mundo.
Na minha opinião, a maior qualidade de Toronto são seus habitantes. Com uma diversidade incrível de raça, religião e língua, Toronto é uma das cidades mais multiculturais do planeta, onde mais de 180 línguas são faladas. Metade dos residentes de Toronto não nasceram no Canadá. Se você não conhece a cidade e lê essa informação, pode até pensar que aqui deve ser uma bagunça e que ninguém se entende, muito pelo contrário, a diversidade cultural de Toronto é algo fascinante. Surpreende-me como uma cidade com tanta gente de lugares diferentes consegue viver em harmonia e fazer dessa cidade um lugar tão organizado e seguro.
Viver em uma metrópole como Toronto, desfrutar de suas qualidades e ao mesmo tempo poder passear tranquilamente à noite pelas ruas, andar de ônibus, de metrô, sem medo, é algo impagável.
Apesar de ter escolhido Toronto por sua diversidade cultural, um outro fator que influenciou a minha escolha, foi a proximidade da cidade a outros destinos canadenses mais conhecidas, como Ottawa, Montreal, Quebec e Niagara Falls; sem contar a sua proximidade com cidades americanas como New York e Chicago. A proximidade com outras cidades, faz de Toronto um ótimo destino para quem decide vir ao Canadá por um período mais curto e deseja aproveitar ao máximo a viagem.
Vim estudar inglês, a princípio por 6 meses, mas acabei estendendo o meu visto de estudante por mais 3 meses, por ter me apaixonado (não somente pela cidade) e queria passar mais tempo aqui. Como comentei antes, minha história com Toronto começou em 2009, lá se vão 6 anos de altos e baixos, idas e vindas, namoro e casamento, college e trabalhos. Como a história é longa e o espaço é pouco, continuarei nos próximos posts. Acompanhe 🙂
Refugiados de quase todos os países tem vindo para o Canadá ao longo dos anos. E muitas vezes os países de onde estas pessoas são prevenientes refletem a história de crises internacionais, como a da Síria e do Iraque hoje, ou Chile e Bangladesh na década de 1970, e Sri Lanka e Haiti, mais recentemente.
Ao longo dos últimos 10 anos, cerca de 26.000 refugiados chegaram ao Canadá anualmente, de acordo com números do Citizenship and Immigration Canada (CIC).
Desse número, uma média de 11.000 eram refugiados que vieram para o Canadá e obtiveram resposta positiva quanto à sua solicitação e 4.000 eram seus dependentes. Sete mil refugiados receberam ajuda do governo canadense e 4.000 foram patrocínio privado.
Em 2014, 23.285 refugiados foram admitidos no Canadá. Nos últimos anos, os refugiados foram responsáveis por pouco menos de 10% de todos os imigrantes que chegam ao país.
O governo federal anunciou recentemente planos para reassentar 10.000 refugiados sírios (com assistência do governo ou patrocínio privado) ao longo do próximo ano, um pouco menos do que os 12.310 refugiados de todos os países que se estabeleceram no Canadá em 2014.
Sírios também estão vindo para o Canadá e apresentando pedidos de asilo, que são quase todos aprovados. Esse foi o caso de 678 sírios em 2014.
Colômbia é o 1º em número de refugiados
A agência de refugiados das Nações Unidas, UNHCR - United Nations Refugee Agency, fornece dados para os países onde os refugiados tem procurado asilo com sucesso. Durante os 10 anos de 2005 a 2014, cerca de 150.000 refugiados e seus dependentes se tornaram residentes permanentes do Canadá.
Refugiados de oito países respondem por metade do total, com a Colômbia no topo da lista com 17.381.
Conflito interno tomou conta Colômbia nas últimas cinco décadas, diz professor da Universidade de British Columbia (UBC) Pilar Riano-Alcala, e os civis tem sido um dos principais alvos das forças armadas, as guerrilhas de esquerda e os paramilitares de direita.
"Uma das estratégias-chave de todos os “atores armados”, em termos de guerra, é o deslocamento forçado da população civil", diz Riano, um dos mais importantes especialistas sobre refugiados colombianos, responsável por investigações para a Comissão de Memória Histórica na Colômbia.
O UNHCR estima que existam 360.000 refugiados colombianos e seis milhões de pessoas dentro da Colômbia que foram forçadas a deixar suas casas.
O Canadá tem sido um importante destino para refugiados colombianos, ajudado por uma política canadense que permite que os colombianos para solicitar asilo ainda na Colômbia, diz Riano.
China, Sri Lanka, Paquistão e Haiti seguem atrás da Colômbia na lista do UNHCR referente ao início de 2014.
O UNHCR reconhece as pessoas como refugiados se eles fugiram de seus próprios países, tem um receio fundado de perseguição devido à sua raça, religião, nacionalidade, grupo social ou política e são incapazes ou não dispostos a receber proteção contra o seu governo, caso retornem.
Iraque foi o país que mais enviou refugiados em 2014
Uma lista diferente emergiu em 2014, olhando para todos os refugiados admitidos, independentemente da categoria.
Iraque foi o número 1, seguido por Eritreia, Irã, Congo e Somália. Síria está em sexto lugar. Os oito países foram responsáveis por metade de todos os refugiados admitidos.
O Iraque também foi o país melhor classificado para os refugiados assistida pelo governo admitidos em 2014. O Irã, Congo, Somália e Eritreia também classificar entre os cinco primeiros, que respondem por 2/3 de todos os refugiados assistidos pelo governo canadense.
Eritreia ocupa o primeiro lugar para os refugiados com patrocínio privado, seguido de Síria, Somália, Iraque e Afeganistão. Esses cinco países respondem por 3/4 dos refugiados por patrocínio privado admitidos no Canadá em 2014.
Durante os cinco anos de 2010 a 2014, mais de 17.000 iraquianos foram reassentados no Canadá.
Haiti, Colômbia, Afeganistão e Somália também se classificaram perto do topo da lista dos refugiados admitidos durante esses cinco anos.
Os dados do CIC mostram que os iraquianos estão no topo da lista para o número de refugiados assistidas pelo governo e admitidos entre 2010 e 2014, com exceção de 2012, quando ficou em segundo lugar por sete refugiados, atrás do Butão. Os iraquianos também lideraram a lista com o número de refugiados com patrocínio privado admitidos entre 2010 e 2013.
México ficou em primeiro lugar para os refugiados que haviam sido concedido asilo no Canadá e, em seguida, recebeu seu status de imigrante permanente (residência permanente) em 2014. Haiti, Paquistão, China e Nigéria se classificaram próximo, talvez refletindo o intervalo de tempo entre quando um refugiado é aceito no Canadá e recebe status de imigrante legalizado. Haiti ficou em primeiro lugar entre 2011 e 2013.
China número 1 em refugiados aceitos pelo IRB
Solicitações de refúgios são enviadas ao Immigration and Refugee Board (IRB) do Canadá. O conselho pode aceitar ou rejeitar a afirmação de um refugiado, ou o requerente pode retirar ou abandonar uma reivindicação.
Durante os 10 anos entre 2005 e 2014, o IRB recebeu quase 100 mil pedidos de refúgio, com uma taxa de aceitação global de 41% . O conselho rejeitou um pouco mais de candidatos que aceito, mostram os números do IRB.
Em 2014, a taxa de aceitação foi de 49%, a maior desde 1995.
Nos primeiros seis meses de 2015, os dados fornecidos pelo IRB mostra o conselho aceitou 5.006 pedidos e rejeitou 3.091. A taxa de aceitação aumentou em 56%. A taxa de rejeição foi de 35%, abaixo dos 43% nos últimos 10 anos.
Refugiados provenientes da China tiveram o maior número de pedidos aceitos, seguido por Paquistão, Hungria, Iraque e Síria.
94% dos candidatos sírios aceitos
Analisando apenas as aplicações de refugiados provenientes dos 42 países para os quais o IRB tem finalizado 50 ou mais casos durante os primeiros seis meses de 2015, a Síria teve a maior taxa de aceitação, de 94%.
De 2006 a 2011, a taxa de aceitação de refugiados sírios é em média de 5%. Desde 2013, essa taxa tem sido maior que 90%.
No dia 18 de setembro, o IRB começou a avaliar reivindicações de refugiados sírios que já estão no Canadá, no âmbito de um processo acelerado. Isso significa que em algumas reivindicações não serão necessárias audiências.
Após a Síria, os demais países com maiores taxas de aceitação são Eritreia, Iraque, Líbia e Egito.
Os norte-coreanos não tinham aplicações de refugiados aceitos pelo IRB e obtiveram 26 rejeitadas. Isso significa que eles tinham a menor taxa de aceitação entre os 42 países, seguidos pela Romênia (1,4%), os EUA (2,8%), Croácia (22,3%) e Guiné (34,5%) seguinte.
O IRB aceitou pedidos de refugiados de 121 países nos seis primeiros meses de 2015.
Fonte: https://ca.news.yahoo.com/canadas-refugees-where-come-numbers-090000774.html
Muitas pessoas não sabem da diferença entre um Consultor de Imigração e um Despachante, até mesmo porque as informações sobre esse tema são bastante escassas. Por isso, a Immi Canada veio esclarecer esta questão.
Então vamos começar falando sobre a Lei?
O Projeto de Lei Bill C-35, que considera crime o envolvimento, em qualquer fase ou processo, de pessoas que não sejam representantes autorizados pelo Governo Canadense para a aplicação de visto para o Canadá. As consultorias pagas, tanto na fase pré-aplicação quanto na pós-aplicação, devem ser feitas por um agente especializado e autorizado, de acordo com o ato identificado na seção 91 desta lei.
São considerados representantes legais os advogados em plena atividade nas províncias e em seus territórios e, também, os membros do ICCRC (Immigration Consultants of Canada Regulatory Council), órgão que regula os consultores de imigração no Canadá.
Existe penalização para quem oferece o serviços sem possuir a licença? Sim!
Os acusados de violar a Bill C-35, exercendo a função de forma ilegal, terão de pagar uma multa valor de CAD$100.000 e/ou um mandado de prisão pelo período de até dois anos, estando depois em liberdade condicional. Já quando o Governo Federal do Canadá julga o caso como infração leve, a multa é de CAD$20.000 e/ou prisão por até seis meses sem direito de defesa.
Então vamos entender a diferença?
Despachante
Normalmente o despachante é aquela pessoa que realiza processos de vistos para vários países, sem possuir uma licença do governo daquele país para oferecer este serviço e/ou ser expert no assunto.
Falando sobre Canadá, para que se possa auxiliar e representar (e cobrar) alguém no processo de visto e imigração é necessário que o profissional tenha um licença do governo local para tal. Sendo assim, o tão conhecido no Brasil como despachante, ele não pode representar o aplicante, ele não pode falar pelo aplicante ou entrar em contato com o consulado solicitando qualquer notificação a respeito.
Resumindo, um despachante irá reunir seus documentos, preencher os formulários e enviar à imigração. Normalmente cobram valores bem inferiores ao cobrado pelo um Consultor de Imigração.
Consultor de Imigração
Regulados e membros do ICCRC (Immigration Consultants of Canada Regulatory Council), os consultores de imigração no Canadá, antes de possuírem a licença do órgão, eles necessitam realizar o curso de formação em Immigration Consultant, com duração média de 1 ano. Terminado o curso, o consultor irá realizar o exame de qualificação do ICCRC, onde aprovado receberá a licença para exercer a função de Immigration Consultant.
O Consultor de Imigração ele é especialista no assunto, está sempre passando por cursos de reciclagem, importantes para mantê-lo sempre informados sobre as mudanças nas leis e programas. Ele poderá ser o seu representante perante à imigração, entrando em contato, solicitando notificações, informações, além de auxiliar em todo o processo, seja ele de Visto ou Imigratório.
O mais importante é que, se sentindo lesado, você possui o ICCRC por atrás deste consultor, que poderá te respaldar sobre o caso apresentado. Ou seja, o aplicante ele poderá se sentir mais seguro. O Consultor também é obrigado a sempre prestar contas ao órgão, que está sempre preocupado com a qualidade do serviço prestado pelos seus membros.
Como saber se o Consultor é devidadamente registrado?
Bem fácil, você pode acessar o site oficial do Immigration Consultants of Canada Regulatory Council: https://www.iccrc-crcic.ca/home.cfm e procurar o consultor pelo nome, região ou número da licença, que possui a letra R e seis(06) números.
Vale lembrar que independente de realizar um processo com um Despachante, Consultor de Imigração ou até mesmo sozinho, o prazo de processamento e a resposta final é de única e inteira responsabilidade da Imigração Canadense. Nenhum profissional ou agência poderá garantir a aprovação do seu visto ou um resultado mais rápido.
Desafio da Immi Canadá aceito! A partir destas linhas compartilho o que ocorreu desde maio de 2014, mês e ano em que eu e meu marido deixamos a cidade de Jundiaí (São Paulo) e embarcamos com destino a Toronto, no Canadá. Trouxemos na bagagem uma única certeza: nossas vidas nunca mais seriam as mesmas. Nosso primeiro objetivo era estudar durante seis meses, assim os dois "trintões" resolveram encarar um intercâmbio.
Antes de entrarmos naquele avião da Air Canada, confesso que o processo de decisão de partir ou não foi até rápido, e optamos por investir nossas economias neste projeto de melhorar o segundo idioma e mergulhar numa outra cultura, e aqui especificamente, em muitas delas. Portanto, este cenário era composto por dois profissionais com o nível superior concluído, trabalhando, sem filhos, cansados da rotina (e da violência, do trânsito, etc) que se encorajaram a deixar o país por um tempo.
Não foi uma tarefa fácil! Eu comecei a sentir saudades antes mesmo de me despedir da família e dos amigos. Mas ao mesmo tempo, por amar viajar, estava querendo conhecer logo essa cidade a qual somente imaginava por ler materiais das agências do segmento, e também por blogs de pessoas que compartilharam suas experiências (assim como estou fazendo agora!).
Havia ainda uma referência positiva do Canadá, pois meu irmão fez o intercâmbio por quatro meses em Vancouver e adorou. Mesmo assim, o lado urbano de Toronto e como diz o meu marido o jeito “de uma São Paulo menor e mais organizada”, foi determinante na escolha. E uma programação que duraria seis meses teve início quando desembarcamos em terras canadenses naquele mês de maio.
“Mônica, não quero mais voltar!”
Acreditem, a intenção de “ficar” estava na frase que escutei do meu marido praticamente no momento que chegamos. Claro que achei um exagero, mas os meses foram passando, o curso fluindo, passeios, novos amigos e a vontade de permanecer mais um pouquinho aumentou.
Da dupla eu sempre fui a mais indecisa entre parar ou prosseguir, principalmente por sentir saudades da minha família. Mas essa sensação de viver livre de muitos medos e enxergar oportunidades, além da força que recebi nas sessões online de incentivos principalmente vindos dos meus pais, me encorajou a estender esse período e ir me apaixonando por Toronto.
Como assim?!
No início falei que o planejamento era de seis meses, certo? Pois bem, até o ano passado existia o programa em que era permitido estudar inglês e trabalhar legalmente por algumas horas, ou seja, com work permit. Infelizmente, agora este formato não existe mais, e em princípio foi o que nos ajudou a começar a ganhar a chamada "experiência canadense".
Para prolongamos nossa estadia, estudamos todas as possibilidades. A opção que melhor nos atendeu foi o curso de pós-graduação. Assim, como eu já sou pós-graduada, meu marido fez a aplicação e por isso eu adquiri o direito de acompanhá-lo e ter a permissão de trabalho no país.
Hoje tenho alguns relatos de aventuras, e continuo aprendendo nesses muitos meses extras por estas terras, o que não tem preço. A vida fora do nosso país se revela um desafio diário, principalmente para quem veio pensando em logo voltar e foi ficando, ficando...
Ufa! Desta forma acredito que expliquei um pouco sobre como tudo começou por aqui. Descobri que cada pessoa que sai do Brasil trilha uma trajetória diferente, mas com muita coisa em comum, portanto o objetivo meu e de minhas companheiras deste blog é compartilhar histórias que com certeza em algum momento acabam se esbarrando. Estamos falando de luta, coragem, dificuldade, conquista... e de experiências inesquecíveis.
Talvez tenha sido pela minha filha. Talvez pelo caos de São Paulo. Ou pelo medo da violência. Talvez tenha sido só aquela comichão para conhecer um novo lugar, uma nova cultura, pessoas diferentes. Talvez tenha sido tudo isso junto.
Meu nome é Aline, tenho 34 anos. Nasci em Campinas (perto de São Paulo) e hoje moro em Oakville, uma linda cidadezinha, muito tranquila, próxima à Toronto. Sou casada , tenho uma filha de três anos, a Letícia, e há um ano atrás tomei a decisão, junto com o meu marido, de sair do Brasil e viver no Canadá.
A ideia na verdade é mais antiga. Desde 2007 tenho pesquisado sobre o Canadá e os diversos processos de imigração, college e intercâmbio. Naquela época o plano era Vancouver para não passar tanto frio. No final daquele ano me formei. Uma coisa puxou a outra, consegui um emprego em São Paulo e acabei me mudando pra lá. Através deste emprego acabei me mudando para a Colômbia em 2008, depois foi a vez do México em 2009 e em 2010 voltei para o Brasil.
Para algumas pessoas, morar fora do Brasil parece despertar algum monstrinho dentro da gente que estava adormecido. A impressão que tenho é de que ele nunca mais volta a dormir. É um click! Te faz pensar que há vida fora da caixinha, muitos lugares para explorar e outras culturas para conhecer.
O tempo passou, a Letícia nasceu e foi aí que comecei a repensar sobre a vida de novo. O que seria melhor pra ela? Crescer no Brasil? Perto dos avós e dos tios? Ou ter uma vida mais segura e com melhores oportunidades em outro lugar? Um outro lugar onde não há tanta violência, as crianças brincam nas ruas igualzinho fazíamos quando éramos pequenos no interior de São Paulo.
No final de 2012, com a Letícia pequena, resolvemos visitar o Canadá após recebermos um convite de nossos amigos brasileiros que moravam aqui. Foi um teste sem compromisso mas eu queria conhecer a neve e o temível inverno que todos falam por aqui. Ok, não foi tão ruim como eu pensava. Foram 15 dias conhecendo algumas coisas por aqui mesmo em Oakville.
De volta ao Brasil, entramos em 2013. Um ano difícil. Muito trabalho, muito trânsito, fiquei muito doente e estressada. Quase não via minha filha de tanto que trabalhava.
Em 2014 o monstrinho inquieto voltou a aparecer: “temos que fazer alguma coisa, temos que mudar essa situação.” Foi então que decidimos dar entrada ao processo de imigração. Pensamos então “se formos aprovados daqui há alguns anos a gente resolve o que faz.” Mas, na prática, foi tudo muito rápido. Processo recebido pelo governo canadense em dezembro de 2014. Aprovação do processo no final de maio de 2015. Embarque em 08 de julho de 2015. E aqui chegamos!
A partida foi muito difícil. Vender todas as coisas, doar muita coisa e a pior parte: dizer “tchau!”. A maioria das pessoas não entende o que você está fazendo. Elas não acreditam que você é capaz de deixar tudo para trás para tentar uma vida melhor. Elas não entendem que você vai deixar toda a sua família lá para fazer com que a sua família seja feliz aqui. Como podem largar tudo para ir para um lugar desconhecido, sem emprego?
Na verdade, muitas dúvidas sem respostas. É simples, temos esperança e queremos agir agora por um futuro melhor. Assim como nossos bisavós, que saíram da Itália e de Portugal e subiram em um navio há mais de 100 anos rumo ao desconhecido. Sem nada! Sem dinheiro, sem Skype, sem a possibilidade de poder voltar. Apenas em busca de uma vida melhor.
“Paulo foi quem me viu nascer e me criou dentro de sua imensa casa
Dizia ele que aquela casa era também toda minha, mas
Paulo era violento e me cercava de medo por todos os lados
Dizia ele que eu era livre para fazer o que quisesse, mas
Paulo era controlador e abusivo, tirava de mim tudo que podia
Meu dinheiro, minha alegrias e até as horas do meu dia
Dizia ele que me oferecia tudo que eu (achava) que queria
Eram presentes, cinema, teatro e jantares
E por isso muitos diziam que eu era ingrata e
Paulo, um Santo
Até que um dia, com muita coragem, eu disse:
Adeus São Paulo! “
- (Maythe Panar, 2014)
Esse é um trecho de um poema escrito por mim ao deixar São Paulo, cidade onde nasci, cresci e vivi até um pouco mais de um ano atrás, antes de me mudar para Vancouver no Canadá. O poema traduz um pouco das frustrações que não mais me permitiam amar incondicionalmente (como já o fiz um dia) aquele lugar. Frustrações que felizmente me fizeram questionar quase que todas as escolhas que estava vivendo naquele momento.
Acredito que muitas vezes a gente vive na inércia da vida, deixando o tempo lentamente nos carregar nas costas e permitindo que as expectativas alheias (da família, amigos, e sociedade) disfarçadas de escolhas, definam quais são nossos próprios objetivos. Qual faculdade vai fazer? Qual empresa vai trabalhar? Comprou um carro? E o apartamento na planta? Quando é o casamento? Quando vêm os filhos? – Se você tem uma resposta para todas essas questões, e ainda nessa exata ordem, talvez seja hora de rever se seus objetivos foram mesmo escolhidos POR você (se sim, ótimo!) ou eles foram escolhidos PARA você e na estrada da vida você foi os recolhendo.
Em algum momento dentro da minha teimosa e inquieta mente capricorniana, percebi que talvez eu estivesse seguindo nessa mesma longa e entediante estrada, até que de repente, como se eu despertasse em um reflexo certeiro, peguei a primeira saída à direita e fui seguir em qualquer outra direção. Eu ainda não sabia, mas aquela direção apontava diretamente para o Norte, e a nova estrada me levava até o Canadá.
Os questionamentos, que outros e também nós mesmos nos fazemos, não acabam jamais. Porém, uma vez quebrada a expectativa “faculdade-trabalho-casamento-filho” as perguntas passam a ser finalmente sobre suas próprias vontades e sonhos . O que você vai fazer em outro país? Você quer morar ai para sempre? Como você se sente longe de todos? Por que você escolheu o Canadá? Mas, e por que Vancouver?
A última questão é certamente a mais fácil e gostosa de ser respondida. E por que Vancouver? Curiosamente, a cada vez que me faziam essa pergunta, ao longo do primeiro ano vivendo aqui, a resposta foi ficando mais longa e longa, como se cada estação do ano me desse mais um motivo para ser adicionado naquela lista de coisas fascinantes.
Já imaginou, algum dia, se apaixonar por uma estação do ano? Pois é, foi assim que a cidade roubou meu coração no primeiro minuto em que pisei em terras Canadenses. Foi avassalador, e eu completamente apaixonada, cega de amor pelo lindo Outono de Vancouver. Eram alaranjadas, amarelas e vermelhas folhas de Maple cobrindo árvores e calçadas, formando um magico tapete de cores dignas de um pôr do sol.
É realmente encantador como em Vancouver as quatro estações do ano são bem bem definidas; dá para sentir cada uma delas nascer, viver e adormecer em seu tempo certo. O inverno não é rigoroso, mas com possibilidade de inesperados flocos de neve em algumas noites mais frias. Tulipas são cuidadosamente plantadas pela cidade para celebrar a entrada da primavera, e o verão? Aqui se torna quase que nosso país tropical: tem calor, tem sol e tem praia!
Agora deixando um pouco esse romantismo de lado, o principal motivo pelo qual decidi que Vancouver seria a estrada da vida em que eu queria caminhar (e bem devagar), foi o que todos nós buscamos: qualidade de vida! É importante lembrar que esse termo “qualidade de vida”é muito subjetivo; o que atende minhas necessidades como o tal, pode não ser o mesmo para você.
Qualidade de vida, para mim, é viver em um lugar que proporciona segurança, oportunidades, respeito e igualdade entre as pessoas que ali vivem, contato com a natureza, com opções de lazer diversificado e acessível a todos; e essa é, ainda que superficialmente, a descrição de Vancouver.
Enfim, essa foi a cidade me conquistou, me inspirou, acolheu e me adotou. E entre tantos questionamentos, todas as respostas levavam até um só caminho: Vancouver!
Quão caras são as principais cidades do Canadá? Segundo o UBS Group, Toronto e Montreal estão entre as 20 cidades mais caras do mundo.
Isso é o que mostra a tradicional pesquisa Price & Earnings Study a qual é publicada a cada três anos pelo Banco localizado na Suíça e que analisa vários indicadores econômicos para medir os mais variados fatores das principais cidades do mundo, como salários, custos dos produtos, assim como horas de trabalho e dias de ferias.
Esta pesquisa permite através dos anos determinar o poder de consumo de índices como “Índice Big Mac”, que demonstra quanto tempo é requerido em uma cidade para comprar o tradicional hambúrguer do McDonald’s.
Nos últimos anos se escutou sobre as custosas cidades ao Oeste do Canada, como Vancouver e Calgary. No entanto, o estudo do UBS inclui somente Toronto e Montreal, o que surpreendeu algumas pessoas.
Toronto é a 12ª cidade mais cara do mundo, quando se exclui os custos de aluguel. Montreal não fica muito longe disso e se encontra na 15ª posição. Veja a lista abaixo:
1.Zurique,Suíça
2. Genebra, Suíça
3. Nova Iorque, EUA
4. Oslo, Noruega
5. Copenhague, na Dinamarca
6. Londres, Reino Unido
7. Chicago, Estados Unidos
8. Tóquio, Japão
9. Auckland, Nova Zelândia
10. Sydney, Austrália
11. Seoul, Coréia do Sul
12. Toronto
13. Milão, Itália
14. Estocolmo, Suécia
15. Montreal, Canadá
16. Miami, Estados Unidos
17. Los Angeles, Estados Unidos
18. Helsinki, Finlândia
19. Hong Kong
20. Paris, França
O interessante é quando se mede os custos de uma cidade, incluindo o custo de aluguel. No caso canadense, o custo de aluguel parece ser baixo, quando comparado com outras metrópoles.
Ao incluir aluguel, Toronto passa da colocação de número 12 para 19, enquanto Montreal passa da 15ª à 26ª da lista.
Outro ponto interessante do estudo feito pela empresa Suíça, está relacionado aos salários e o poder de compra de seus cidadãos, levando em consideração o custo dos produtos básicos (e não tão básicos).
Sobre receita líquida (Salário Líquido), Montreal surpreendeu sua cidade vizinha (E as vezes rival) ao conseguir a 10ª posição, assim como a 11ª no quesito Salário Bruto. Ao contrário, Toronto conseguiu as posições 14 e 15, respectivamente.
Isso provoca um impacto nos índices de poder de compra, onde Montreal se qualificou entre as 20 melhores cidades. A metrópole de Quebec alcançou a 11ª posição com relação ao poder de compra, enquanto a vizinha de Ontário chegou apenas à 16ª.
Tudo isto reflete em alguns indicadores da vida cotidiana. Por exemplo, em Montreal são necessárias 32 horas de trabalho para poder comprar um Iphone 6 de 16gb. Já em Toronto, pelo contrário, se necessitam 37,2 horas de trabalho para comprar o mesmo produto.
Já em Zurique, que conta com o maior índice de poder de compra, são necessárias apenas 20,6 horas de trabalho para comprar o popular telefone da Apple.
A UBS destaca que este estudo foi realizado entre Março e Abril de 2015, analisando os preços de 122 produtos e serviços, os salários de 15 profissões diferentes em 71 cidades do mundo.
Durante o seu estudo, a UBS explica que em princípio analisaram 72 cidades, mas tiveram que retirar Caracas (Venezuela), por conta da complexa situação política e econômica do país, com grandes flutuações da inflação e taxa de câmbio. Sendo assim, os resultados não representariam as circunstâncias atuais.
Acesse ao estudo completo aqui (Arquivo em PDF): ubs-pricesandearnings-2015-en
Em vigor desde Janeiro de 2015, o Express Entry cumpriu no último mês (Julho) seis meses em ação. O Citizenship and Immigration Canada (CIC) divulgou um relatório informando os números mais relevantes, como a quantidade de convites emitidos desde o lançamento do Express Entry, bem como dados sobre os candidatos que estão na piscina do EE.
Veja o infográfico abaixo:
A maioria das províncias e territórios canadenses pode nominar imigrantes através do Programa de Nominação Provincial, (Provincial Nominee Program, ou PNP). Tais imigrantes devem ter as habilidades, escolaridade e experiência profissional específicos de modo a contribuir com a economia daquela província ou território, e devem também querer residir nela.
Cada província e território* tem seus próprios “canais” (programas imigratórios que são voltados para certos grupos) e critérios para seu PNP. Por exemplo, em um certo canal, as províncias e territórios podem ser voltados para estudantes, pessoas de negócios, trabalhadores qualificados ou trabalhadores semi-qualificados.
Desde 1o de Janeiro de 2015, muitas províncias e territórios lançaram novos canais através do Express Entry. Confira os websites de cada uma delas para se atualizar a respeito dos programas correntes.
*A província de Quebec não dispõe do programa PNP.
Avalie se você é elegível
Os requerimentos de eligibilidade dos canais de PNP (provincial ou territorial), podem mudar sem aviso prévio. Confira os websites de cada província ou território para saber mais sobre suas respectivas informações atualizadas a respeito do programa.
Se você for nominado fora do canal via Express Entry:
Se você foi nominado dentro do canal via Express Entry, você deve:
Você pode usar a ferramenta online do governo, Venha Para o Canada, para verificar sua eligibilidade. Caso você venha a ser convidado para uma residência permanente, você precisará submeter uma candidature online para o CIC.
Descubra mais a respeito da eligibilidade para o PNP.
Como parte do processo de candidatura em um programa de imigração canadense, a comprovação da experiência educacional através de uma formação acadêmica é feita a partir da equivalência do diploma do candidato. A equivalência – diferente da validação – é uma forma de encontrar uma relação entre o tempo de estudo do candidato em seu país de origem e um curso de duração e formato semelhantes no Canadá.
A definição de quais instituições são autorizadas a realizar o processo de equivalência é de responsabilidade da imigração canadense.
A equivalência pelo ICES – International Evaluation Credential Services
Uma das instituições autorizadas pela imigração canadense a emitir documentos que confirmem a equivalência do diploma é o British Columbia Institute of Technology (BCIT), localizado em Burnaby (BC). Nessa instituição o processo de equivalência é realizado pelo setor ICES (International Evaluation Credential Services). Para iniciar o processo de equivalência o candidato deve acessar o portal do ICES pelo link http://www.bcit.ca/ices/ e escolher a opção For immigration (Educational Credential Assessment) e, a partir daí, seguir as orientações internas do ICES para o envio dos documentos necessários para o processo.
Documentação
O candidato cujo diploma foi emitido por uma Universidade ou Faculdade brasileira deverá reunir os seguintes documentos:
- Cópia colorida frente e verso dos Diplomas (Bacharelado, Licenciatura, Mestrado ou Doutorado)
- Cópia colorida frente e verso do Histórico acadêmico (de cada uma das credenciais obtidas ao final de sua formação)
- Cópia colorida de um documento de identidade emitido em seu país de origem que contenha sua foto e data de nascimento (passaporte e CNH são válidos para esse quesito)
- Cópia das traduções juramentadas e literais dos diplomas, históricos e do documento de identidade.
Durante a reunião dos documentos citados o candidato deverá também preencher o formulário de aplicação no formato PDF, inserindo suas informações pessoais e de formação acadêmica, indicando ainda o formato de pagamento e o valor escolhido.
Valores e Pagamento
A equivalência de diploma pelo ICES BCIT tem dois valores diferentes, conforme listado abaixo:
- Standard Service: CAD$200 por cada diploma a ser feita a equivalência (inclui a emissão de dois certificados de equivalência originais – um para o candidato e um para submissão em seu processo de imigração junto ao Citizenship and Immigration Canada (CIC) -; permissão de acesso eletrônico pelo CIC; postagem e envio em carta normal).
- Rush Service: CAD$400 por cada diploma a ser feita a equivalência (inclui a emissão de dois certificados de equivalência originais – um para o candidato e um para submissão em seu processo de imigração junto ao Citizenship and Immigration Canada (CIC) -; permissão de acesso eletrônico pelo CIC; postagem e envio em carta normal).
A principal diferença entre os dois serviços é o tempo de processamento e emissão da equivalência, que é mais rápido no Rush Service.
O candidato poderá escolher entre as seguintes opções de pagamento: bank draft, money order ou cartões de crédito / débito nas bandeiras MasterCard, American Express ou Visa.
Envio de documentos
O formulário de aplicação deverá ser enviado antes dos documentos acadêmicos. Já as traduções e cópias dos diplomas, históricos e documentos de identificação pessoal deverão ser enviados dentro de um envelope timbrado, carimbado e assinado pela Universidade onde o candidato completou seus estudos; esse envelope não deverá conter o nome do candidato em seu campo de remetente e deverá ser enviado pela própria instituição de ensino que emitiu o diploma.
Envio de resultados
A cobrança do ICES para envio do resultado da equivalência é de CAD$26 (vinte e seis dólares canadenses) para endereços dentro do Canadá e CAD$75 (setenta e cinco dólares canadenses) para endereços fora do Canadá.
Tempo de processamento
Atualmente a emissão dos resultados da equivalência é de cerca de 8 semanas após o recebimento de toda a documentação, incluindo o formulário de aplicação e a confirmação do pagamento. Esse prazo poderá ser maior, a depender do volume de documentos que o ICES receber.
Para mais informações, é aconselhável entrar em contato com a instituição:
3700 Willingdon Avenue
Burnaby, British Columbia
Telephone: 604-432-8800 (Option 2, only available 8:30am-12:00pm PST.)
Email: icesinfo@bcit.ca
Toll Free within North America call 1-866-434-9197