Vistos aprovados, passagens compradas, aquele sorriso no rosto e então, chega o momento crítico de tomar mais uma decisão importante: já devo alugar um apartamento/casa em Vancouver ainda estando no Brasil? Fazendo as contas, pagar um aluguel é certamente mais econômico do que bancar os gastos de um hotel ou outro tipo de acomodação temporária para recém-chegados; por isso, a ideia de já tentar alugar um lugar ainda no Brasil pode parecer muito atrativa. No entanto, essa pode não ser a melhor solução e nem o melhor custo-benefício.
Primeiramente, não será muito fácil fechar um contrato de aluguel sem estar na cidade, pois isso não dependerá somente da sua decisão. Não basta apenas você querer alugar o local, o administrador do prédio (conhecido como manager, que é, muitas vezes, contratado de uma empresa terceirizada) precisa aceitar ou escolher você, dentre outros interessados, como locatário; e para isso é fundamental que o manager lhe conheça pessoalmente.
Seria difícil sim, mas não posso dizer seria impossível alugar um lugar ainda estando no Brasil. Então vamos dizer que você conseguiu quebrar essa primeira barreira e tem a oportunidade de fechar um contrato de aluguel em um site como o Craigslist, por exemplo. E aí você se pergunta: existem bons negócios ou golpes no Craigslist? SIM para a primeira opção e SIM também para a segunda opção! E é exatamente por isso que eu não recomendaria fechar um contrato de aluguel por um site desses sem antes ao menos visitar o local. É preciso verificar se o local existe de fato, se as fotos do anúncio correspondem à realidade e as condições em que o apartamento/casa se encontra. Vale ressaltar ainda que sites como o Craigslist não se responsabilizam por nenhum tipo de negocio fechado entre os usuários. Então sem a chance de poder conferir se as informações de aluguel são verdadeiras e sem a quem recorrer no caso de um golpe, seria arriscado fechar um negócio ainda no Brasil.
O que fazer então?
Minha sugestão é incluir no seu planejamento o custo de uma moradia temporária para os seus 15 à 30 primeiros dias no Canadá. Você pode escolher um hotel, hostel, ficar com uma host family ou alugar um quarto pelo Airbnb (site de aluguel temporário de quartos/casas); enfim, o que quer que agrade seu gosto e seu bolso!
Vou contar um pouco da minha experiência nesse processo do primeiro aluguel, que foi uma experiência com pontos positivos e alguns aprendizados pelo caminho. Então vamos lá...
Ainda no Brasil
Eu e meu esposo optamos por alugar um basement, com quarto e banheiro privado, pelo Airbnb, incialmente por 10 dias para que pudéssemos visitar alguns apartamentos e então fechar um contrato de aluguel. Um dos pontos positivos dessa escolha é que nos sentimos muito seguros em fechar o quarto ainda estando no Brasil, já que o pagamento só é liberado pelo site após a sua chegada no local. Além disso, foi excelente ser recebido em Vancouver por uma família canadense, que para nossa sorte era uma família muito bacana. Eles nos deram muitas dicas sobre o que fazer em Vancouver, as melhores áreas para se morar e até sobre entrevistas de trabalho.
Explorando Vancouver
Durante esse período de 10 dias, nós aproveitamos para conhecer bem a cidade; explorar o que cada bairro de Vancouver oferece em relação à serviços, lazer, e transporte público e assim poder decidir em qual área gostaríamos de morar. Por mais que você leia sobre Vancouver, só mesmo estando aqui para sentir qual bairro preenche suas expectativas e necessidades.
A casa da família onde estávamos hospedados ficava em uma região mais afastada do centro, um local só de casas, bem tranquilo e seguro. Apesar de achar o lugar maravilho assim que chegamos, em pouco tempo percebemos que aquela região não funcionaria para nós, pois não pretendíamos comprar um carro tão cedo e somos um casal que gosta de sair à noite, de ir em restaurantes e fazer programas sem muito planejamento, o que ficava muito difícil em uma área mais residencial onde tudo fecha relativamente cedo. Percebemos então que mesmo tendo um custo mais elevado, o ideal para nós seria morar na área de Downtown.
Procurando o Apartamento Ideal
Limitando a área de Vancouver na qual você gostaria de morar, torna tudo um pouco mais fácil e objetivo. Agora sim, a partir desse momento os sites de busca de aluguel se tornam úteis. Nós utilizamos tanto o Craigslist como também sites de empresas de aluguel, por exemplo a Hollyburn Properties ou Gateway, para agendar visitas nos locais desejados. Mas preciso confessar que o método mais eficiente que encontramos foi andando pelos bairros e ligando nas placas de anúncio de aluguel que estão fixadas nos prédios.
Uma realidade importante a ser falada aqui é que essa procura pode não ser tão simples assim. Nós enfrentamos algumas dificuldades durante esse processo de busca do apartamento, o que fez com que tivéssemos que renovar nossa estadia na casa da família para mais alguns dias. Uma das dificuldades foi em encontrar apartamentos disponíveis devido a época do ano em chegamos; era o final do verão e início do ano letivo, então a procura por aluguel nesse período estava bem alta, o que fez com que algumas de nossas visitas fossem desmarcadas pelo motivo do local já ter sido alugado. Além disso, o fato de que ainda não estávamos empregados acabou sendo decisivo para alguns locais não aceitarem nossa aplicação.
Fechando Contrato
Se você ainda não tiver um emprego, alguns apartamentos podem fazer um acordo de um pagamento de aluguel adiantado como garantia, mais o pagamento do aluguel do mês e o depósito de segurança. Esse depósito de segurança, normalmente no valor da metade do aluguel, é pago apenas uma vez e devolvido no final do contrato, caso não haja danificação do imóvel. A maioria dos contratos tem a duração de um ano e caso o locatário queira quebrar o contrato antes do tempo, existe uma multa a ser paga. Fora isso, não tem muita burocracia para conseguir fechar um contrato de aluguel em Vancouver, e foi exatamente assim que fechamos nosso primeiro aluguel.
Dicas
Vou deixar aqui algumas dicas básicas para quem está nesse processo da procura de um lugar para alugar:
- Conheça os bairros antes de fechar qualquer contrato, lembre-se que você terá que se comprometer com um contrato de um ano. Certifique-se de que aquela é uma região boa para você e sua família. Se você não pretende comprar um carro, é importante morar perto de supermercados, farmácias, centro comerciais e com fácil acesso ao transporte público. Leve isso em consideração também e não apenas o valor do aluguel.
- Na sua visita ao local, converse bastante com o manager para que ele possa conhecer um pouco sobre você e suas intenções como morador, isso pode te ajudar a ser escolhido caso tenham outras pessoas interessadas no local. Em algumas visitas, nos perguntaram se daríamos festas ou se receberíamos muita gente em casa; depois disso, passei a deixar claro que estávamos aqui para trabalhar e estudar e que não nos enquadrávamos nesse tipo de “moradores festeiros”.
- Para comprovar que você pode bancar o aluguel mesmo ainda não tendo emprego fixo, mostre extratos bancários, e no caso dos estudantes, inclua a carta de aceitação do College. Alguns lugares pedem referência do último local em que você morou, no nosso caso, incluímos como referência a família com quem passamos as primeiras semanas aqui e foi um ponto positivo poder ter essa referência canadense.
Boa sorte para todos que estão fechando o primeiro aluguel e sejam muito bem-vindos à Vancouver!
Maythe Panar
Para quem ainda não foi a cidade de Edmonton, uma informação rápida: ela é cortada ao meio por um rio (Saskatchewan River). O centro fica ao norte do rio, enquanto a boêmia Whyte Avenue, uma das ruas mais badaladas, cheias de lojas, bares e restaurantes, fica na parte sul da cidade. Agora, uma pergunta: qual a melhor maneira de ir do centro à Whyte Avenue? De bondinho, ora essa!
A cidade de Edmonton conta com um simpático sistema de bondinhos à moda antiga que faz o trajeto Downtown – Strathcona (o bairro onde fica a tal Whyte Avenue) diariamente, entre a primavera e o outono (mais precisamente, ele começa em maio e segue até outubro). É um passeio rápido, de cerca de 15 minutos, mas cheio de charme. Quem já andou em bondinho, sabe: é gostoso demais!
Aqui a frota tem três carros, o mais antigo sendo de 1912. Sim, são carros bem ao estilo retrô mesmo, uma graça! Saindo do centro, o bonde segue pelos trilhos acima da ponte que corta o rio, passando por áreas naturais deslumbrantes e nos presenteando com uma vista linda da cidade e do Saskatchewan River (preparem as câmeras nessa hora e torçam para o dia estar bonito! É garantia de foto digna de Instagram). Em determinado momento, chega até mesmo a passar bem no meio das árvores, deixando que o verde cubra toda a vista das janelas. Como eu já falei em um texto anterior aqui no blog, Edmonton tem natureza por toda parte.
Um fato interessante é que a operação desses streetcars é mantida pela Edmonton Radial Railway Society, que funciona principalmente a base de doações e de voluntariado. Qualquer entusiasta pelo sistema ferroviário pode se tornar um membro, através de uma taxa anual, e ajudar a associação com trabalhos voluntários. Pode ser na condução dos bondinhos, na manutenção, como guia dentro dos carros, contando a história e respondendo perguntas dos passageiros, ou até mesmo ajudando a manter o site oficial. Claro, a associação também tem patrocinadores, como a própria prefeitura, mas é muito bacana pensar que esse lindo e singelo passeio é possível graças aos apoiadores que dedicam seu tempo voluntário ao projeto. É muito amor, gente!
E se você quiser entrar mesmo de cabeça na história do passeio de bonde pela cidade de Edmonton, ainda pode visitar o Strathcona Streetcar Barn & Museum, um pequeno museu com artefatos, fotos e um pouco da história da associação e do modelo ferroviário de modo geral. A entrada é gratuita, e fica em Strathcona, bem pertinho da estação final. Ou seja, dá até pra combinar a visita com o passeio e fazer um dia turístico temático!
A viagem de streetcar é paga na hora, para o condutor. Com direito a ida e volta (round trip fare), e crianças de até cinco anos não pagam passagem. Os horários são rígidos, e é bom ficar atento para não perder a condução. No site oficial, que vou deixar aqui no final do texto, tem todas essas informações, além de contar com mais detalhes a história de cada um dos carros e da própria Railway Society.
E você, também curte andar de bonde? Não se esqueça de incluir o passeio na sua visita à Edmonton e boa viagem!
Conheça o site da Edmonton Radial Railway Society clicando aqui.
Espalhados pela cidade de Toronto existem edifícios e diversos espaços incríveis! Entre uma arquitetura ultramoderna e outra do século passado (muitas vezes estão literalmente lado a lado), muita gente que anda pelas movimentadas ruas, ao avistar um prédio imponente deve se perguntar: “o que será que tem lá dentro?”. Para matar essa curiosidade, acontece o evento “Doors Open”, nos dias 28 e 29 de maio.
Existe ainda um importante detalhe nesta programação: a entrada é gratuita, inclusive nos locais que normalmente o acesso tem um custo, como museus e teatros. Assim, por aqui centenas de portas de diferentes lugares estarão abertas para receber um público cheio de curiosidade e expectativas. Então anote na sua agenda o compromisso de conferir essa tradicional ação que valoriza a história, a cultura e a memória.
O que pode ser visitado?
A lista de espaços é grande e sempre tem uma novidade a ser contemplada. Na verdade, ao todo são 130 edifícios de Toronto, sendo que mais de 30 deles foram incluídos este ano. Portanto, quem foi em edições anteriores, pode ir de novo. Desta vez o tema central terá como foco as questões voltadas a um novo olhar, a reutilizar, revisitar, revisar. Assim, será possível conhecer mais detalhes, por exemplo, sobre a evolução da arquitetura ao longo do tempo.
Somente para se ter uma pequena ideia, entre os lugares que podem fazer parte de um roteiro durante os dois dias de Doors Open (é super difícil escolher, diante de tantas opções) estão:
O City Hall (em que está localizada a sede da prefeitura de Toronto), Museu Bata Shoe, Aeroporto Billy Bishop, Vila Black Creek, Casa Campbell, Casa Gibson, Canada Life (deste prédio dá para se ter uma linda vista da cidade!), Sony Centre, Osgood Hall, Assembleia Legislativa de Ontário, Catedral de St. James, Arquivos da Cidade de Toronto, City & OMNI TV (inclusive os estúdios), campus de universidades, e por aí vai.
Pela primeira vez, a programação incluiu a participação do designer Karim Rashid, que em seu portfólio conta com mais de três mil projetos e já conquistou cerca de 300 prêmios. O renomado profissional irá fazer uma palestra um dia antes da abertura do evento, em 27 de maio, no Museu “Design Exchange” (no número 234 da Bay St.).
Você sabia?
A origem desses dias de acesso à arquitetura, cultura e muita diversão vem do “Doors Open Day”, que nasceu na França em 1984 e depois se espalhou por diversos outros países. A iniciativa chegou a Toronto no ano 2000, quando houve o primeiro evento desta natureza na América do Norte. Desde então a ação ganhou projeção em toda a província de Ontário e continuou crescendo para outras regiões.
Algumas dicas úteis para aproveitar a programação
Vista uma roupa bem confortável e prepara-se para andar! Os dois dias de programação levam milhares de pessoas para as ruas, causando em alguns lugares filas enormes. Portanto, confira algumas dicas que podem facilitar a sua vida:
Se informe sobre todas as atividades - além da visitação aos edifícios e a palestra do famoso designer citado nesta matéria, existem outras ações que fazem parte da agenda. Vale citar, por exemplo, que haverá uma competição chamada “Unlock the City”, em que os participantes previamente inscritos percorrem a cidade, cumprem algumas regras do jogo e concorrem a prêmios.
Faça um roteiro - pode gravar no celular, no papel ou na cabeça, mas não saia de casa sem ter alguns espaços que pretende conhecer previamente selecionados. Quem fica andando por determinada região e procurando aleatoriamente, pode perder mais tempo e aproveitar menos. Se uma localidade for o alvo, como por exemplo, a região do centro da cidade, faça um plano A e um B, pois às vezes justo na hora que você chegar tem uma fila imensa e poderá ter que ir conferir como está um outro local.
Converse com os voluntários - pessoas de todo o mundo estão envolvidas no “Doors Open” fazendo o trabalho voluntário de ajudar os visitantes. Alguns prédios proporcionam trajetos guiados e outros não. Quando tiver alguma dúvida basta perguntar para aqueles que estarão identificados como facilitadores. Este é um exercício bacana também para quem quer treinar o inglês.
Vale mesmo muito a pena conferir!
Trata-se realmente de uma programação de sucesso garantido. Este ano chega por aqui comemorando a 17ª edição e está sob responsabilidade da instituição Ontario Heritage Trust. E vale lembrar que recentemente, o evento já passou por Peterborough, Whitby, Hamilton e prossegue, sempre proporcionando lazer e cultura. Por isso, se você estiver em alguma outra cidade da província da Ontário, confira a agenda que de repente dá tempo de também prestigiar o “Doors Open”.
Saiba mais detalhes deste evento na cidade acessando o site toronto.ca/doorsopen.
Imagine a cena: você está vivendo no Canadá, quer visitar a sua família no Brasil e percebeu que o seu passaporte irá vencer em breve. Pode até ser que no primeiro momento venha a vontade de chorar, depois de chamar a polícia ou os bombeiros (que aliás, por aqui tem uma unidade em cada esquina!). Mas se parar por um minuto, respirar e iniciar uma pesquisa rápida na internet, verá como resultado a indicação de que deve procurar a Embaixada ou o Consulado Brasileiro em território canadense.
Claro que este exercício de imaginação é apenas uma brincadeira. Mas serve para ilustrar que situações como esta com certeza são comuns entre aqueles que estão fora de sua terra natal. Outras dúvidas recorrentes são a respeito de quais os documentos oficiais que podem ser emitidos mesmo estando em outro país.
Se você já esteve diante de algumas dessas questões, fique tranquilo que não é a única pessoa e também não será a última. Por isso, é muito importante saber quais os atendimentos que são disponibilizados pela Embaixada e os Consulados Brasileiros que existem no Canadá. Desta forma, é possível inclusive se antecipar, por exemplo, solicitando um novo passaporte meses antes de seu vencimento.
Como regra geral...
Os Consulados e as Embaixadas são as representações do governo brasileiro diante das autoridades locais do país o qual se encontram, bem como prestam assistência a todos os seus cidadãos que ali estão. Ambos os órgãos fazem parte do Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) da administração pública federal.
Diante disso, dá para entender quando alguns afirmam que temos um “território brasileiro fora do Brasil”. É isso mesmo! Mas você sabe quais são exatamente os serviços e atendimentos relacionados ao seu país de nascimento, que podem ser acessados, mesmo estando no exterior? Nós fizemos essa pesquisa e explicaremos melhor na sequência.
Qual é a função da Embaixada?
De acordo com o site www.brasil.gov.br, a definição exata é que “a Embaixada é a presença oficial de uma nação instalada dentro do território de outra nação”. Trata-se de uma representação diplomática de grandes questões nos campos políticos, econômicos, culturais e científicos relacionados ao Brasil diante do governo local.
A Embaixada Brasileira no Canadá está localizada na cidade de Ottawa, a capital canadense, na Província de Ontário. Esta instituição responde por assuntos de interesse entre as duas nações e é representado pela figura do Embaixador que é nomeado pelo Presidente da República com aprovação do Senado Federal. Vale informar que a Embaixada Brasileira em Ottawa também possui um setor consular, assim, ele presta os atendimentos, serviços e atribuições dos Consulados.
Os serviços prestados pelos Consulados
A assistência aos cidadãos fora de seu país, considerando tanto as pessoas físicas quanto jurídicas, faz parte das responsabilidades consulares. Portanto, além da Embaixada, as pessoas que deixam o Brasil rumo ao Canadá podem ser atendidas pelo Consulado-Geral do Brasil que possui sedes nas cidades de Toronto, Vancouver e em Montreal. Cada localidade tem a figura do cônsul como o responsável.
Essa repartição também é uma representação do governo diante das autoridades locais, bem como deve apoiar a comunidade brasileira. No Consulado é possível emitir muitos documentos oficiais e entre os serviços que são possíveis realizar estão:
- Expedir documentos brasileiros, entre eles o Passaporte, o Certificado de Alistamento Militar / Dispensa de Incorporação, encaminhamento de pedido e a transferência de título de eleitor (leia mais sobre o tema na matéria “Como votar no Exterior”), receber e encaminhar as solicitações de CPF (Cadastro de Pessoas Físicas), entre outros.
- Serviços notariais (como a legalização de documentos, reconhecimento de firma, autenticação de cópias, procurações, autorização de viagem de menor brasileiro, carta de doação).
- Emissão de certidões (de nascimento, casamento, óbito, vida, homologação de divórcio). Vale informar que no caso de Certidão de Antecedentes Criminais não há emissão, somente a legalização do documento.
- Legalização da CNH, a Carteira Nacional de Habilitação brasileira, para quem pretende tirar a carteira de habilitação canadense (e não deixe de conferir a matéria especial sobre "Como dirigir no Canadá").
- Emite o Atestado de Residência no Exterior
- Tem o setor específico para “achados e perdidos”, voltado aos brasileiros que perderam algum documento no Canadá
- Há emissão de visto para estrangeiros que desejam viajar para o Brasil
- Assistência em casos de emergências ocorridas com brasileiros que estejam no Canadá, como por exemplo, morte, acidente grave e prisão.
Nos sites oficiais de cada Consulado ainda há os programas e projetos específicos de cada província, bem como orientações diversas. Inclusive encontram-se dados de serviços públicos que não são diretamente realizados na repartição.
Existem também setores para assuntos específicos, como o Setor de Promoção Comercial e Investimento (SECOM). Esta divisão tem como foco os assuntos ligados a exportações brasileiras, Turismo e assistência a empresas canadenses interessadas no mercado brasileiro e vice-versa.
Fique sabendo!
Se um cidadão estiver no Brasil e precisar solicitar ajuda para um brasileiro que está no exterior, deve procurar o Núcleo de Assistência a Brasileiros (NAB), que está localizado em Brasília. Este departamento é responsável por encaminhar as solicitações para as Embaixadas e os Consulados específicos dos diferentes países.
E quem quiser acessar a Ouvidoria Consular do Ministério das Relações Exteriores, que é responsável por receber as sugestões, comentários, elogios e as críticas sobre o trabalho consular das repartições brasileiras em qualquer lugar do mundo, pode enviar por intermédio do site oficial “Portal Consular”.
Conheçam os endereço e site oficiais da Embaixada e de cada Consulado-Geral Brasileiro no Canadá
Embaixada do Brasil em Ottawa
Endereço: 450, Wilbrod Street - Ottawa - Ontário
Site oficial: ottawa.itamaraty.gov.br
Consulado-Geral do Brasil em Toronto - províncias de Ontário (exceto Ottawa), Manitoba e o território de Nunavut
Endereço: 77, Bloor Street West - suite 1109 - Toronto - Ontário
Site oficial: toronto.itamaraty.gov.br/
Consulado-Geral do Brasil em Vancouver - Colúmbia Britânica, Alberta, Saskatchewan, Yukon e Territórios do Noroeste
Endereço: 666, Burrard Street, suite 2020 - Vancouver - BC
Site oficial: vancouver.itamaraty.gov.br
Consulado-Geral do Brasil em Montreal - Quebec, Novo Brunswick, Ilha do Príncipe Eduardo, Terra Nova/Labrador e Nova Escócia
Endereço: 1, Westmount Square, suite 1700 - Montreal - Quebec
Site oficial: montreal.itamaraty.gov.br
Um novo ranking, desta vez especializado em educação, coloca o Canadá em uma ótima posição. Segundo o QS Higher Education System Strengh Rankings, o país possui o quinto melhor sistema de educação superior do mundo, graças a força do sistema em si, ao acesso, a quantidade de universidades que figuram entre as melhores do planeta e o contexto econômico da nação.
O ranking que foi divulgado na última semana, destaca que no Canadá os estudantes tem a possibilidade de viver experiências diversas, tanto culturais como naturai, ressaltando ao mesmo tempo os benefícios de cidades como Toronto, Montreal, Vancouver e a Cidade de Quebec.
Para os especialista do QS essas áreas são conhecidas por serem amigáveis, tolerantes e multiculturais. Igualmente os criadores deste ranking destacam as belezas naturais que caracterizam o Canada e seu status bilíngue entre o Francês e o Inglês.
Quando se fala de Educação de Nível Superior, os especialistas explicam que no país os programas de estudo tem duração média entre três e quatro anos, dependendo da área de estudo, com uma grande variedade de opções de acordo com as exigências e preferencias do estudante. Desta maneira, os que queiram ir ao Canadá para realizarem um curso de nível superior, o paí conta com Instituições tipo Colleges, Técnicos, De Artes Aplicadas ou de Ciências Aplicadas ou com Universidades que recebem estudantes dos primeiro, segundo e terceiro ciclos.
Na lista é mencionado a questão que no Canadá a educação está regida pelas províncias e, assim, pode haver diferença entre os sistemas de cada região.
Além destas realidades, o Canadá conta com várias Universidades reconhecidas por estarem também em rankings internacionais como as melhores do mundo. As que tem as melhores posições são na Universidade MacGill e a Universidade de Toronto, que ocuparam as posições 24 e 24 da QS World University Rankings 2015/16. Outras Universidades que aparecem na lista das melhores 300 instituições de ensino do Mundo são a Universidade da Colúmbia Britânica (UBC), a Universidade de Montreal, a de Calgary e de Waterloo, entre outras.
Na América Latina
Argentina é o primeiro pais latino-americano que aparece no ranking, mais especificadamente na posição 18, seguido do Brasil e Chile, nas posições 22 e 31, respectivamente.
México e Colômbia são os outros dois países que aparecem no top 50 dos países com melhores sistemas de educação superior, nas posições 33 e 34.
O ranking dos 50 países com melhor sistema de educação superior no mundo ficou da seguinte maneira:
1. Estados Unidos
2. Reino Unido
3. Alemanha
4. Austrália
5. Canadá
6. França
7. Holanda
8. China
9. Coreia do Sul
10. Japão
11. Espanha
12. Suíça
13. Itália
14. Suécia
15. Bélgica
16. Nova Zelândia
17. Taiwan
18. Argentina
19. Finlândia
20. Hong Kong
21. Cingapura
22. Brasil
23. Dinamarca
24. Índia
25. Irlanda
26. Rússia
27. Malásia
28. Israel
29. A Áustria
30. África do Sul
31. Chile
32. Noruega
33. México
34. Colômbia
35. Portugal
36. Arábia Saudita
37. Tailândia
38. República Checa
39. Turquia
40. Cazaquistão
41. Grécia
42. Indonésia
43. Poland
44. Líbano
45. Ucrânia
46. Filipinas
47. Egito
48. Emirados Árabes Unidos
49. Estónia
50. Paquistão
Acesse o ranking completo Aqui.
Tradução e adaptação: Immi Canada – Está proibida a cópia ou reprodução deste conteúdo sem prévia autorização;
Fonte: http://nmnoticias.ca/168123/canada-top-10qs-higher-education-system-strengh-rankings-educacion-superior-listado-2016/
Transporte público - Parte 2
E aí você vem para Toronto e descobre que vai ficar um bom tempo utilizando o transporte público. Ok, tudo bem. Não é difícil se locomover pela cidade com o TTC, a sigla de “Toronto Transit Commission”, o sistema que é composto pelo metrô (subway), ônibus (bus) e os charmosos bondinhos (streetcar).
Aproveito para lembrar que na matéria “Transporte público - Parte 1” há mais informações sobre as tarifas, como funciona o “Metropass” e as demais formas de pagamento das passagens. Se você ainda não leu o texto, terminando esse aqui não deixe de conferir!
Mas desta vez foram selecionadas algumas curiosidades e diferenças com relação ao transporte público que conhecemos no Brasil. Você sabe qual o sinal que é preciso fazer para o ônibus parar? O seu bichinho de estimação pode ir junto? Saiba mais sobre essas e outras questões agora:
Na hora de pagar...
Se precisar ir de ônibus ou de streetcar, por favor, esqueça a simpática figura do nosso amigo cobrador ou trocador, nome que muda dependendo da região do Brasil, pois ele simplesmente não existe aqui. Como pagamento basta mostrar para o motorista o “Metropass” do mês ou da semana (ou o “transfer”, o “Day Pass”, entre outras opções).
Vale também colocar um “token”, que é uma pequena moeda, na caixinha metálica que você logo verá ao entrar no veículo. Se esta for a sua opção, é preciso comprar as moedinhas nas cabines ao lado das catracas de acesso do metrô, em máquinas de venda nas estações, bem como em alguns locais autorizados na cidade.
Caso queira pagar em dinheiro, sem problemas. Mas lembre-se de ter o valor exato da passagem e colocá-lo também na caixa de metal: a pessoa que dirige não toca no dinheiro e não pode dar troco. Nunca se esqueça disso!
Embarque e desembarque
Chegando aqui já é bom saber que não é necessário sinalizar com a mão para o ônibus ou streetcar parar, pois bastar ficar no ponto correto da linha que deseja embarcar, que o motorista com certeza não vai ter deixar para trás. Durante o trajeto, você vai escutar e ver nos painéis de LED o nome das ruas, um recurso super útil! Quando quiser descer indique acionando as cordinhas amarelas e botões dos veículos.
O desembarque pode ser feito usando qualquer uma das portas e uma luz verde acende indicando que está destravada, sendo que em alguns ônibus ela se abre automaticamente. Porém, em muitos deles, o passageiro é quem deve empurrá-la e nos bondinhos antigos, é preciso pisar em um dos degraus no sentido da saída.
Segurança e facilidades
Graças a um sistema hidráulico, o ônibus abaixa para facilitar a entrada de uma pessoa com cadeira de rodas, um carrinho de bebê ou até mesmo com muitas sacolas... simples assim. O ar condicionado garante o conforto e há câmeras por todos os lados, por isso mesmo que não tenha ninguém na catraca do metrô, por exemplo, sorria e mostre o ticket ou “Metropass”.
Muitas estações de metrô já tem internet via “WiFi” que está disponível gratuitamente durante uma hora e o acesso é bem prático, sem precisar preencher longos cadastros. Assim, se quiser ficar conectado de graça basta ir até a Wellesley, Union, Queen's Park, St George, Main Street, High Park, Ossington, entre outras.
Veículo público na porta de casa!
O “Wheel-Trans” é um serviço muito útil deixado à disposição das pessoas que possuem algum tipo de limitação física. Há micro-ônibus, vans e carros acessíveis que buscam os passageiros na porta de casa ou em outro local solicitado. É preciso estar cadastrado e atender alguns critérios específicos como condições de mobilidade e renda, para contar com este benefício pagando o preço regular da passagem.
Bichinho de estimação e bicicletas a bordo
Vai passear com o seu animal de estimação? Sim, ele pode ser levado nos veículos disponíveis no transporte público local. Porém, existem algumas regras, como por exemplo, o trajeto durante os dias na semana deve ser realizado antes das 6h30am e também entre as 10am às 3h30pm, bem como após as 7 horas da noite.
Esses intervalos correspondem aos períodos considerados fora do horário de pico, ou seja, de maior movimento. Mas claro, as determinações são diferentes se for um cão guia. Há critérios e incentivos também para levar bicicletas, aliás, o TTC possui um programa específico inclusive com pontos de reparos para a sua companheira de duas rodas.
Confira todos os dados oficiais e regras para um transporte seguro tanto do seu pet, quanto outros aspectos do que pode ou não levar no sistema TTC, no link abaixo:
Até a próxima!
Muitas estações de metrô tem internet via “WiFi” grátis!
O ônibus abaixa para facilitar a entrada dos passageiros
Um café quentinho feito na hora é bom demais, não é mesmo? Nós brasileiros sabemos bem disso. Beber café faz parte da nossa cultura e até da nossa história. Não é a toa que o nosso país é o maior exportador de café do mundo (apesar de estar longe de ser o maior consumidor, perdendo feio para alguns países europeus).
E se você é chegado num cafézinho, vai se sentir em casa no Canadá. Ô país para ter cafeteria, viu? Aqui a vida é movida à cafeína. De manhã até de noite, os canadenses adoram fazer uma pausa para o café. Está aí o Tim Hortons que não me deixa mentir. Essa cadeia canadense tem nada menos do que 3.665 unidades espalhadas por todo o país. Até na longínqua província de Nunavut, lá no norte do Canadá, tem uma loja Tim Hortons servindo café. E olha que é raro ver uma cafeteria da marca vazia, heim?
Em Edmonton, você encontra um Tim Hortons em cada esquina, concorrente direto do americano Starbucks, que já fincou seus pézinhos por aqui. Como atual funcionária de um dos Starbucks mais cheios da cidade, posso afirmar sem medo: canadense gosta de um café. Pode ser um latte, um moccha ou um simples brewed coffed. Não importa: se tem café sendo servido, vai ter fila de gente querendo comprar.
Outra rede que faz sucesso por essas bandas é o Second Cup, versão bem menos famosa que o Starbucks, mas que segue o mesmo padrão. Oferece drinques cafeinados customizados, bebidas quentes e geladas, e salgados, doces e sandubas para acompanhar. Assim como o Tim Hortons, o Second Cup é orgulhosamente canadense e também tem franquia em tudo que é canto da cidade.
E aqui nem importa o clima. Está aquele frio de lascar? Bora tomar um café para esquentar! O verão chegou e a temperatura subiu? Partiu um café gelado para espantar o calor! No Canadá não tem tempo ruim quando o assunto é café.
Agora, se você quer fugir das redes clichês (nem vou entrar no mérito do McCafé, do McDonalds, que também tem lá o seu menu de bebidas a base de espresso), Edmonton é um prato cheio. Sabe aqueles pequenos cafés charmosos, com cadeiras na rua, ambiente aconchegante e biscoitos delicados? Aqui tem de sobra. Dá para passar o dia inteiro só falando disso.
Mas como o tempo urge e o espaço é limitado, vou dar minhas pequenas dicas de onde tomar um café de qualidade nos cantinhos que só quem mora aqui conhece.
Para começar, o Remedy Cafe. São três unidades na cidade (Downtown, 124 St. E Whyte Ave.), todas com aquele clima “paz e amor” que a gente ama encontrar numa cafeteria mais casual. Influência indiana, decoração fofinha e colorida e opções de lanches vegetarianos. Esse é o delicioso Remedy Cafe, lugar mais do que perfeito para tardes preguiçosas onde você quer fugir do tumulto das grandes redes.
Se a sua pegada é algo mais discreto e elegante, a pedida é o Credo Cafe. Sabe aquela aura de ambiente profissional, clean e reservado? O Credo é assim. Tão reservado, aliás, que a unidade da 124 Street fica no subsolo, longe do barulho da rua. Ótimo para estudar e fazer seus trabalhos sem a algazarra das cafeterias mais populares, e com drinques e comidas de primeiríssima qualidade. O Credo inclusive já foi eleito como o melhor Coffee Shop de Edmonton!
E por fim, mas não menos importante, a delicinha da Duchess Bake Shop. Um lindo bistrô francês de encher os olhos de tão elegante que é. O forte aqui são os doces, que fazem um par perfeito com os cafés. A variedade de drinques pode ser menor, mas se você curte o bom e velho cafezinho, o Duchess vai agradar em cheio. Principalmente se você decidir pedir um dos seus maravilhosos macarons, típico doce francês, para acompanhar.
E você, também gosta de um café? Deixe seu comentario aqui embaixo e até a próxima!
Quem já visitou o Canadá e já foi passear em um parque canadense talvez já tenha levado uma buzinada de um ou mais ciclistas passando a toda velocidade pela ciclovia. Passeando pela cidade, você viu uma cena diferente do que vemos no Brasil: ciclistas pedalando na rua mesmo, entre os carros, e - o mais impressionante de tudo - sem que os carros estejam buzinando ou contornando o ciclista em questão com manobras perigosas. Aí você pensa: como assim? O que acontece no Canadá que os ciclistas podem ir e vir como bem entendem?
A bicicleta como meio de transporte
Em muitas cidades do Canadá, da mesma forma como funciona para muitos lugares nos Estados Unidos, o terreno é plano, sem muitas subidas ou descidas como temos no Brasil. Dessa forma, andar de bicicleta fica fácil... a não ser na neve, é claro.
As principais cidades canadenses têm vários séculos de história; Toronto, por exemplo, quando ainda se chamava Town of York no século 18, era composta por apenas 10 quadras, ou quarteirões, que hoje formam a parte da cidade que é conhecida como Old Town Neighbourhood. E é dessa época que vem o conceito que muitas cidades canadenses trazem da colonização europeia: quadras pequenas (no centro da cidade) e com muitas opções de comércio a apenas alguns passos de distância umas das outras, e também a apenas algumas quadras de regiões residenciais. O mesmo ocorre com Vancouver, em que a parte central, ou downtown Vancouver propriamente dita, é tão compacta que é possível andar de Yaletown até Waterfront ou até West End em pouco mais de 20 minutos a um passo confortável.
Bicicletas são popularmente conhecidas como meios de transporte também na Europa, onde as cidades também tendem a ser compactas, seguindo a evolução do planejamento original de ruas e bairros, o mesmo planejamento que, em séculos anteriores, foi especialmente projetado para facilitar o ir e vir das pessoas em um mundo onde não existiam carros. Então a cultura da bicicleta como transporte já vem dessa época, estando presente nos dias de hoje depois de ter passado por um período crítico no meio do século passado - quando sobreviveu à chegada dos carros em grande escala - e é interessante observar como isso é retratado em alguns filmes que foram lançados recentemente: A Teoria de Tudo e O Jogo da Imitação, por exemplo.
Levando tudo isso em consideração, e também tendo em mente que as ruas no centro das cidades costumam ser mais estreitas, e que os estacionamentos costumam ser consideravelmente mais caros do que em regiões mais afastadas, podemos entender o porquê de a bicicleta ser um meio de transporte tão apreciado por aqui.
Outro ponto a favor das bicicletas é que os canadenses em geral costumam ser muito antenados com o meio ambiente. Prova disso são os esforços que o primeiro-ministro Justin Trudeau tem feito quanto a estabelecer planos para o Canadá na luta contra a mudança climática. Quem prefere ir para o trabalho de bicicleta usa menos o carro. Menos carros nas ruas = menos poluição. Andar de bicicleta também é um ótimo exercício físico, e muitos locais de trabalho no Canadá possuem vestiários (seja do escritório ou do prédio) que podem ser usados para um banho rápido e uma troca de roupa. Muitos escritórios e prédios comerciais também possuem armários especiais para guardar bicicletas.
As regras de trânsito para os ciclistas
O Canadá é repleto de ciclovias e ciclofaixas. Como regra geral, ciclovias são “ruas” especialmente construídas para bicicletas, que contam com algum tipo de separação física entre as pistas para pedestres nos parques ou as calçadas nas cidades, e também entre as ruas destinadas aos carros. Já ciclofaixas são delimitadas por pinturas na pista que é “compartilhada” com os carros. Embora sejam apenas pintadas, as ciclofaixas são respeitadas por aqui. Motoristas “invadem” as ciclofaixas apenas quando pretendem fazer uma curva na próxima esquina e precisam atravessar a ciclofaixa para chegar à pista da direita. Sim, nem sempre as ciclofaixas são a última coisa que acontece à direita da pista.
No Canadá bicicletas são consideradas veículos de transporte, estando na mesma categoria que os carros e as motos. Portanto, em algumas cidades chega a ser ilegal andar de bicicleta nas calçadas, como é o caso de Vancouver. Bicicletas devem ter o seu lugar na rua, juntamente com os demais veículos. As regras de trânsito variam de cidade para cidade, mas não muito: em Vancouver é obrigatório usar capacete, em Toronto não (desde que você tenha mais de 18 anos, caso contrário é obrigatório). Em todos os lugares as bicicletas devem ficar à direita dos carros, e devem viajar na mesma direção que o restante do trágefo.
Caso queira entender melhor como funciona as regras de transito para os ciclistas no Brasil, clique aqui.
BC
Em British Columbia, o governo da província oferece o Bike Sense, um manual especialmente destinado a todo mundo que pretende andar de bicicleta por aqui. Também é destinado aos motoristas que querem entender melhor como funcionam as leis e o que é certo ou errado em termos de condutas no trânsito.
BC possui um ato de lei conhecido como Motor Vehicle Act que diz que os ciclistas têm os mesmos direitos e deveres que os motoristas.
O Bike Sense possui não somente informações a respeito de leis de trânsito e de código de conduta, mas também informações a respeito dos diferentes tipos de bicicleta existentes, das partes que formam uma bicicleta e, como se não bastasse, informações sobre como verificar as condições das partes da sua bicicleta.
Sobre o uso de capacetes, trata-se de um assunto polêmico, com muitas pessoas defendendo sua importância, e também com muitas pessoas desejando que o uso fosse opcional. Mas fatos são fatos: além de ser lei, andar em meio aos carros pode ser perigoso. Você como ciclista pode não estar em uma velocidade tão alta, mas se um motorista perder o controle do carro ou se você for atingido em um acidente, ou então se você cair da bicicleta em direção aos carros, o capacete pode sim fazer a diferença, salvando a sua vida ou prevenindo contra ferimentos que podem deixar sequelas irreparáveis. Os capacetes em BC devem ser apropriados para o uso por ciclistas, ou seja, não pode ser um capacete qualquer. Eles podem ser comprados ou alugados em qualquer loja que venda ou alugue artigos para bicicletas, incluindo os grandes supermercados.
Para andar à noite, os ciclistas devem obrigatoriamente instalar luzes abaixo do celim e na frente do guidão. Do ponto de vista de um carro, um ciclista é um objeto pequeno, então quanto mais chamativo ele for (inclusive é encorajado o uso de refletores e de roupas com cores fortes e coletes com material reflexivo), mais seguro estará, fazendo com que os motoristas o vejam e desviem dele com a devida antecedência.
Algumas coisas que são proibidas para os ciclistas em BC:
Curiosidades:
Ontário
O governo de Ontário disponibiliza para os seus ciclistas um guia chamado Cycling Skills, que contém tudo o que os ciclistas precisam saber a respeito de leis, deveres e direitos.
Toronto, em particular, conta com um serviço que os Vancouverites talvez não vejam por um bom tempo ainda: os bicycle renting stands. Como não é obrigatório usar capacetes por lá, algumas empresas oferecem esse serviço em que as bicicletas, todas iguais, ficam presas a um suporte em um lugar público, geralmente perto de um parque. Você escolhe quanto tempo deseja pedalar, paga com cartão de crédito, e uma das bicicletas será liberada para você. E pronto, é só começar a pedalar. O legal é que a bicicleta que você alugou pode ser devolvida em qualquer renting stand da mesma companhia, desde que haja um espaço para ela. Isso não é viável em Vancouver por conta da lei sobre a obrigatoriedade dos capacetes em BC. Dito isso, é possível alugar bicicletas em várias lojas especializadas.
Capacetes são obrigatórios para os ciclistas de Ontário que têm menos de 18 anos de idade. A multa para quem não usa é de $75.
O guia Cycling Skills de Ontário fornece informações sobre como calcular as dimensões da bicicleta, logo na primeira página. Para quem não conhece muito sobre o assunto, bicicletas vêm em vários tamanhos, não sendo somente o tamanho “criança” e o tamanho “adulto”. Assim, é preciso levar em conta a altura de quem pedala para se ter uma bicicleta que seja confortável tanto para as pernas quanto para os braços, e também para as costas. Isso tudo é possível ajustar, fazendo modificações na altura do celim e no tipo de guidão, por exemplo, mas o primeiro passo é conseguir uma bike com o quadro do tamanho certo.
Quanto às regras propriamente ditas, vale o mesmo para todas as regiões do Canadá: bicicletas vão à direita das pistas dos carros, e é preciso fazer sinal com os braços sempre que for fazer uma curva ou parar. Para pedalar à noite, é preciso ter luzes e refletores instalados na bike.
Curiosidades:
Para saber mais algumas curiosidades e informações interessantes sobre o Canadá, leia o nosso texto Imigrando para o Canadá: Adaptação!
Quando se fala em teste para avaliar a proficiência no idioma Inglês, um dos primeiros a ser lembrado com certeza é o IELTS (International English Language Testing System), o mais popular do mundo, que é aplicado em cerca de 140 países. Mas desta vez vamos falar especificamente sobre um outro exame que pode ser somente realizado e utilizado no Canadá: o Celpip, o Canadian Exam Language Proficiency Index Program.
Esta avaliação é aceita pelo órgão canadense CIC (Citizenship and Immigration Canada) para fins de imigração, bem como em algumas instituições de ensino superior do país, exclusivamente. Isto significa que os resultados não podem ser utilizados para nenhum órgão de outro país.
É também uma característica deste exame o fato de ser realizado via computador, sem haver a interação direta com um examinador. Existem diferentes versões da prova canadense, de acordo com a finalidade, sendo elas:
Celpip General
O teste CELPIP General, ou traduzindo, o “geral”, pode ser feito por quem tem o objetivo de imigrar ou estudar no Canadá, pois a pontuação é aceita no Express Entry e em alguns cursos do ensino superior, substituindo assim, neste caso, o IELTS. Ele é baseado no inglês canadense e são avaliadas as competências de Listening, Reading, Writing e Speaking (escutar, leitura, escrita e fala, respectivamente).
A prova tem duração máxima de três horas, sendo que o avaliado fica em frente ao computador, com um fone de ouvido, concentrado em responder todas as questões apresentadas. Nesta dinâmica, estará interagindo somente com a máquina durante todo o período da prova.
Segundo informações oficiais dos organizadores do exame, entre as facilidades está um contador de palavras super útil na hora da redação. Logo, não é preciso perder tempo quando chegar na parte de escrever: o recurso garante que será respeitada uma das métricas impostas, relativas ao tamanho do texto.
Celpip General LS (Listening e Speaking)
Este é o teste que deve ser realizado por pessoas entre 14 a 64 anos de idade que se candidatam para obter a cidadania canadense. O CELPIP Geral LS é a prova que avalia a proficiência de ouvir e falar o idioma inglês. É aceito pelo IRCC (Immigration, Refugees and Citizenship Canada) como uma medida da capacidade exigida para os candidatos se tornarem oficialmente um cidadão do país.
Celpip Academic
Na verdade, muitas fontes de pesquisas ainda indicam como sendo este uma terceira opção de teste, porém na verdade, o último exame do CELPIP Acadêmico foi realizado em agosto de 2015. A partir desta data, o órgão responsável não o realiza mais. Ele indica para as pessoas interessadas em uma prova similar, devem fazer a avaliação chamada CAEL (Canadian Academic English Language).
O material de estudo
As avaliações são aplicadas pelo Paragon Testing Enterprises que é uma subsidiária da Universidade de British Columbia (UBC). A instituição disponibiliza uma série de materiais para que as pessoas que desejam aplicar possam estudar com exatidão os conteúdos que são exigidos por eles.
Portanto, são vendidos livros com testes para se treinar as diferentes competências, contando com as versões impressas e também as digitais. Uma dica importante é procurar nas bibliotecas públicas canadenses esses títulos: geralmente eles são muito concorridos e chegam a ter uma lista de espera. Há ainda unidades em que se pode fazer a consulta no local, sem a possiblidade de levar para a casa.
Treinamentos e canal online
Existem também cursos específicos para se preparar em unidades credenciadas pela empresa que oficialmente faz os testes, em aulas divididas por módulos. Desta forma, quem estiver no Canadá e disponibilizar de uma verba para esta finalidade, pode fazer todas as competências ou apenas focar na melhoria de aspectos na hora de escutar, ler, escrever ou falar inglês.
Está disponibilizado na página online do Celpip um teste gratuito. Ele pode servir como base para se ter uma ideia de como será o desempenho quando for realizar de real avaliação. Recentemente, foi aberto ainda um canal segmentado para futuros inscritos no Youtube, assim, ele serve de apoio para quem pretende fazer o teste.
Os níveis de proficiência e os resultados do teste
Os níveis de domínio são demonstrados a partir de uma pontuação que varia de M (0,1,2) considerada a proficiência mínima, e segue até o máximo de 12 pontos denominada como “conhecimento avançado” no idioma. As pessoas que optarem por fazer o Celpip terão as suas pontuações publicadas no ambiente online em oito dias úteis, isso após a data da realização do mesmo.
Depois que os dados aparecerem na internet, será encaminhado o relatório de forma individual por correspondência no endereço que devidamente cadastrado. Este custo de envio já está incluído no valor pago para a realização da prova, sem taxas adicionais.
Como se registrar para fazer o teste?
O site oficial do Celpip recomenda que o registro seja feito online, mas eles aceitam também via correspondência com o envio de um formulário específico ou ainda pessoalmente no escritório de Vancouver. Vale reforçar que não é possível se registrar pessoalmente nas unidades que realizam a avaliação, além desta única devidamente indicada no website.
Os valores do teste acabam variando um pouco de acordo com a província ou território canadense. Para se ter uma ideia, considerando como base o mês de maio de 2016, o preço para realizar a prova do CELPIP General está entre $265,00 a $365,00 e são acrescidos mais os impostos.
Como forma de pagamento a empresa responsável por aplicar o teste aceita na forma online os cartões VISA®, MasterCard® e American Express®, além do sistema PayPal®. Já se a opção for pagar via email, basta fazer uma “money order” seguindo as devidas orientações também do site oficial.
Locais para realizar o exame
No Canadá é possível realizar este teste em um dos 33 lugares disponibilizados. Os endereços estão divididos entre as províncias e territórios de Ontário, British Columbia, Alberta, Saskatchewan, Manitoba, Quebec, Nova Scotia, Newfoundland and Labrador, New Brunswick, Northwest Territories e Yukon Territory.
Fonte oficial
Ficou interessado e quer saber mais? Todas as informações desta matéria, os dados atualizados e outros possíveis questionamentos podem ser conferidos na página oficial do Celpip, que é www.celpiptest.ca.
“Pelo menos no Brasil nós temos esses luxos” – acreditem ou não, eu já escutei essa frase, e não foi só uma vez. Os tais “luxos” do Brasil que algumas pessoas se referem estão relacionados com uma questão que definitivamente não é mais tão econômica, mas sim de diferença cultural entre Canadá e Brasil.
Não vou entrar na discussão da questão socioeconômica do país e como isso faz com que a geração de certos empregos no Brasil seja necessária. Esse post é para mostrar as diferenças culturais de como os canadenses encaram atividades cotidianas em uma cultura de “faça você mesmo”.
Enquanto no Brasil é muito comum as famílias terceirizarem as tarefas domésticas contratando serviços de faxina ou diaristas, aqui no Canadá a história é outra. Claro que esses mesmos serviços também existem e estão disponíveis para contratação através de empresas especializadas, porém são considerados caros inclusive por famílias de classe média. De acordo com minhas pesquisas de preço, os serviços de faxina aqui em Vancouver variam de $30 à $85 CAD por hora, sendo que muitas empresas estipulam um mínimo de 2 horas ou até 3 horas para contratação do serviço. Normalmente a empresa é responsável por levar todos os produtos que serão utilizados na limpeza da casa, o que acaba sendo mais uma justificativa do alto valor cobrado.
Algum de vocês devem estar agora loucos para me fazer a seguinte pergunta: “e você acha que está barato pagar uma diarista hoje no Brasil? ” Não, não acho, sei que está caro e é exatamente nesse ponto mesmo que quero chegar. É aí que entra a diferença cultural. Parece que nós, brasileiros, acreditamos muito que vale a pena pagar por certos confortos, mesmo que isso custe-nos mais do que poderíamos gastar mensalmente. Já se tornou tão normal pagar por esses serviços que não cogitamos economizar o dinheiro e fazer nós mesmos, como é o pensamento muitos canadenses. Contratar um serviço de faxina no Canadá, é só para quem tem dinheiro sobrando mesmo, o que normalmente não é a realidade de imigrantes recém-chegados ou estudantes internacionais.
Quando digo que essa é uma questão cultural, é porque conseguimos observar outros exemplos da cultura “faça você mesmo” em diversos lugares. Vai abastecer seu carro no posto de gasolina? Nada de ficar esperando dentro do carro enquanto o frentista abastece, limpa seu vidro e ainda traz a maquininha do cartão para você pagar. No Canadá, frentista? Que profissão é essa? Assim como em diversos outros países, aqui você mesmo é o responsável por abastecer seu carro e efetuar o pagamento, muitas vezes sem ao menos ter contato com nenhum funcionário do local.
O mesmo pode acontecer em alguns supermercados e farmácias com o chamado self-checkout, onde você mesmo deve escanear o código de barras das suas compras, empacotá-las e pagar sem ajuda ou supervisão de nenhum funcionário do local. Sempre me pergunto se esse esquema funcionaria no Brasil; será?
E claro que não poderia faltar aqui o exemplo da minha querida Ikea, que nos faz acreditar que somos capazes de qualquer coisa após montar nossos próprios móveis de casa. Não sabe do que eu estou falando? Acesse esse post onde eu conto tudo sobre a Ikea https://www.immi-canada.com/?s=ikea
Agora respondendo aos colegas do discurso “pelo menos no Brasil nós temos esses luxos”, vocês certamente não entenderam nada sobre minha escolha de morar em outro país. A minha busca pessoal não é a busca desse seu “luxo”. Na minha opinião, luxo é ter saúde e educação pública de qualidade. É luxuosíssimo voltar a pé para casa as 2 horas da manhã sem se preocupar em sofrer alguma violência. E é ainda mais luxuoso ver o retorno social dos impostos que são pagos.
Me parece que o custo de esfregar minha privada, empacotar minhas compras e colocar a mão na massa para muitas coisas, é insignificante perto da dignidade que me é oferecida.
Maythê Panar